quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Papa: Se a Igreja não levasse Jesus como Maria, seria uma Igreja morta


            VATICANO, 23 Out. 13 / 03:32 pm  
    Em sua catequese desta manhã na Praça de São Pedro diante de 90 mil pessoas, o Papa Francisco refletiu sobre a Virgem Maria como modelo da Igreja, que leva Jesus a todos. O Santo Padre disse que se a Igreja não fizer isto que faz a Mãe de Deus, então se converteria em uma "Igreja morta".
Maria como modelo da Igreja "na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo", segundo a definição do Concílio Vaticano II, foi o tema da catequese do Papa hoje.
O Papa disse que "Nossa Senhora quer trazer também a nós o grande presente que é Jesus e com Ele nos traz o seu amor, a sua paz, a sua alegria. Assim é a Igreja, é como Maria: a Igreja não é um negócio, não é uma agência humanitária, a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar Cristo e o seu Evangelho a todos; não leva a si mesma – se pequena, se grande, se forte, se frágil, a Igreja leva Jesus e deve ser como Maria quando foi visitar Isabel. O que levava Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igreja, levar Jesus! Se por hipótese, uma vez acontecesse que a Igreja não levasse Jesus, aquela seria uma Igreja morta! A Igreja deve levar a caridade de Jesus, o amor de Deus, a caridade de Jesus".
Maria é modelo de fé, não só porque como judia esperava de todo coração a redenção de seu povo, mas também porque com o "sim" que pronuncia na Anunciação se adere ao projeto de Deus "e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus... A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infinito de Deus".
A mãe de Cristo vive esta fé "na simplicidade das mil ocupações e preocupações cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a vestimenta, cuidar da casa… Justamente esta existência normal de Maria foi terreno onde se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre ela e Deus, entre ela e o seu Filho. O ‘sim’ de Maria, já perfeito desde o início, cresceu até o momento da Cruz. Ali a sua maternidade se espalhou abraçando cada um de nós... para nos guiar ao seu Filho. Maria viveu sempre imersa no mistério de Deus feito homem, como sua primeira e perfeita discípula, meditando cada coisa no seu coração à luz do Espírito Santo, para compreender e colocar em prática toda a vontade de Deus".
Para explicar o segundo aspecto, Maria, modelo de caridade, o Papa utilizou o relato evangélico da visita a Isabel, sua prima. "Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria plena... aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender".
Maria é também modelo de união com Cristo. "A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga… Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus".
Essa união, concluiu o Papa, "alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte".

Fonte:(ACI/EWTN Noticias)

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