quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Espanha recebeu 476 milhões de dólares com a JMJ Madri 2011

MADRI, 30 Nov. 11 / 07:41 pm (ACI)

Um estudo realizado pela firma PriceWaterhouseCoopers (PwC), informou que a Jornada Mundial da Juventude realizada em agosto em Madri (Espanha), significou um ingresso de 476 milhões de dólares, dos quais 37 milhões ingressaram ao Estado pelo conceito do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Segundo o relatório apresentado nesta quarta-feira, 30 de novembro, 90 por cento dos 476 milhões ficaram em Madri e o resto se dividiu entre as cidades que participaram do evento “Dias nas Dioceses”, realizado como preparação para a JMJ.

Os setores mais beneficiados foram hotelaria, o comércio varejista e o transporte terrestre. Além disto, a JMJ permitiu a criação de 4.589 empregos, 2.894 deles em Madri.

A PwC fundamentou seus cálculos no gasto direto realizado pela organização da JMJ e em cifras provenientes da contabilidade autonômica e nacional através do Instituto de Estatística da Comunidade de Madri e o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Do mesmo modo, informou-se que a JMJ terá um efeito positivo no longo e médio prazo na Espanha, pois 78,2 por cento dos estrangeiros nunca tinham visitado a Espanha e após o evento, 89,6 por cento deles manifestou sua intenção de voltar ao país europeu no futuro.

Além disso, o relatório indicou que todas as administrações públicas ficaram satisfeitas pelo êxito deste evento e "pela capacidade organizativa do país em segurança, atenção médica, logística, transporte, etc.; pela colaboração entre as diferentes administrações públicas e o setor privado; e para nossa projeção internacional".

Por sua parte, os fornecedores elogiaram as condições de prestação de serviços, o processo de pagamento de faturas e a facilidade de trato com a organização.

Segundo os organizadores da JMJ, de 16 a 21 de agosto participaram dos eventos mais multitudinários um público estimado de 1,3 a 1,5 milhões de pessoas; dos quais mais de 470.000 eram estrangeiros.

Também estiveram presentes 840 bispos e cardeais, e 4.935 jornalistas acreditados.

Para mais informação (em espanhol), visite:  http://www.archiMadri.es/

Ser testemunhas de oração constante e confiante a Deus, exorta o Papa

Vaticano, 30 Nov. 11 / 02:20 pm (ACI/EWTN Noticias)

Na audiência geral desta quarta-feira, em uma catequese dedicada à oração de Cristo, o Papa Bento XVI animou os católicos a serem testemunhas de oração constante e confiante a Deus.

Na Sala Paulo VI no Vaticano, Bento XVIexplicou que os cristãos estão chamados atualmente a "serem testemunhas de oração, exatamente porque o nosso mundo está muitas vezes fechado ao horizonte divino e à esperança que leva ao encontro com Deus".

"Na amizade profunda com Jesus e vivendo n'Ele e com Ele a relação filial com o Pai, através da nossa oração fiel e constante, possamos abrir janelas ao Céu de Deus. É mais, percorrendo a via da oração (...) ajudamos os demais a percorrê-la", disse o Papa.

Em espanhol, Bento XVI convidou os presentes "relação com Deus intensa, a uma oração que não seja ocasional, mas constantes, plena de confiança, capaz de iluminar a nossa vida, como ensina-nos Jesus. E peçamos a Ele o poder comunicar às pessoas que nos são próximas, àquelas que encontramos na nossa estrada, a alegria do encontro com o Senhor, luz para a existência".

O modelo do cristão, do católico para a oração é Cristo. Sua oração, disse o Papa, "atravessa toda a sua vida, como um canal secreto que irriga a existência, as relações, os gestos e que o guia, com progressiva firmeza, ao dom total de si, segundo o projeto de amor de Deus Pai. Ele é o Mestre também do nosso rezar; mais ainda, Ele é o sustento ativo e fraterno de todo o nosso dirigir-se ao Pai".
Bento XVI assinalou que um momento especialmente significativo é a oração que segue o batismo de Jesus no Jordão. Segundo a predicação de João, o batismo devia selar o abandono de toda conduta ligada ao pecado para iniciar uma vida nova. Neste contexto, cabe perguntar-se por que Jesus se submete a este batismo de penitência e conversão, posto que não tinha pecados nem necessidade de converter-se.

Daí o estupor de João Batista que lhe pergunta: "Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim". O Pontífice explicou que "descendo, portanto, ao Rio Jordão, Jesus, sem pecado, torna visível a sua solidariedade com aqueles que reconhecem os próprios pecados, escolhem arrepender-se e mudar de vida; faz compreender que ser parte do povo de Deus quer dizer entrar em uma ótica de novidade de vida, de vida segundo Deus". 

"Nesse gesto, Jesus antecipa a cruz, dá início à sua atividade tomando o lugar dos pecadores, assumindo sobres si o peso da culpa de toda a humanidade, cumprindo a vontade do Pai", precisou o Papa.

Orando depois do batismo, Cristo mostra sua íntima união com o Pai, "experimenta a sua paternidade, colhe a beleza exigente do seu amor, e no colóquio com Ele recebe a confirmação da sua missão" com as palavras que ressonam do Céu: "Tu és meu Filho, o amado", e com o Espírito Santo que descende sobre Ele.

"Na oração, Jesus vive um ininterrupto contato com o Pai para realizar até o fim o projeto de amor para os homens". E é nesta profunda união com o Pai que Jesus cumpre o passo da vida oculta de Nazaré ao seu ministério público.

A oração do Jesus tem suas raízes, como mostram as referências dos Evangelhos, em sua família, fortemente ligada à tradição religiosa do povo do Israel; mas sua origem "profunda e essencial" está no "seu ser o Filho de Deus, em sua relação única com Deus Pai".

Na narração evangélica, "as ambientações da oração de Jesus colocam-se sempre no cruzamento entre a inserção na tradição do seu povo e a novidade de uma relação pessoal única com Deus. "O lugar deserto" a que frequentemente se retira, "o monte" para onde sai a rezar, "a noite" que lhe permite a solidão recordam momentos do caminho da revelação de Deus no Antigo Testamento, indicando a continuidade do seu projeto salvífico".

"A oração de Jesus toca todas as fases do seu ministério e todos os seus dias. Os cansaços não a bloqueiam. Os Evangelhos, antes, deixam transparecer um costume de Jesus de transcorrer em oração parte da noite. (...) Quando as decisões se fazem urgentes e complexas, sua oração se faz mais prolongada e intensa".

Bento XVI afirmou que, contemplando o modo de orar de Cristo, devemos interrogar-nos sobre nossa própria oração e o tempo que dedicamos à relação com Deus.

Neste ponto, sublinhou a importância de "a leitura orante da Sagrada Escritura. Escutar, meditar, calar ante o Senhor que fala é uma arte que se aprende ao praticá-la com perseverança". A oração é um dom de Deus, mas exige "esforço e continuidade".

Para ver o vídeo com o resumo da catequese de hoje, visite nosso canal no youtube:http://www.youtube.com/watch?v=OjpxA7KiMyA

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fernanda Brum - MARIA



Primeira Leitura: Isaías 11, 1-10

I SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do advento I - ofício do dia)

Leitura do livro do profeta Isaías- Naqueles dias, 1Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. 2Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor. 3(Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor.) Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer; 4mas julgará os fracos com eqüidade, fará justiça aos pobres da terra, ferirá o homem impetuoso com uma sentença de sua boca, e com o sopro dos seus lábios fará morrer o ímpio. 5A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos.6Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá;7a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. 8A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. 9Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar.10Naquele tempo, o rebento de Jessé, posto como estandarte para os povos, será procurado pelas nações e gloriosa será a sua morada. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(71)

REFRÃO: Nos seus dias, a justiça florirá / e paz em abundância para sempre.
1. De Salomão. Ó Deus, confiai ao rei os vossos juízos. Entregai a justiça nas mãos do filho real, para que ele governe com justiça vosso povo, e reine sobre vossos humildes servos com equidade. - R.
2. Florescerá em seus dias a justiça, e a abundância da paz até que cesse a lua de brilhar. Ele dominará de um ao outro mar, desde o grande rio até os confins da terra. - R.
3. Porque ele livrará o infeliz que o invoca, e o miserável que não tem amparo. Ele se apiedará do pobre e do indigente, e salvará a vida dos necessitados. - R.
4. Seu nome será eternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. Nele serão abençoadas todas as tribos da terra, bem-aventurado o proclamarão todas as nações. - R.

Evangelho: Lucas 10, 21-24

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo,21Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado. 22Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23E voltou-se para os seus discípulos, e disse: Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, 24pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram. - Palavra da salvação.

Reflexão:

Reflexão - Lc 10, 21-24 Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação da graça divina e reconhecemos a presença de Jesus em nossas vidas. Felizes somos todos nós que aceitamos de bom coração esta presença e acolhemos Jesus. Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação do Espírito Santo de modo que, conduzidos por ele, renunciamos à sabedoria do mundo como um fim em si e aceitamos o mistério que nos abre para as realidades eternas e imutáveis. Felizes somos todos nós que somos amados por Deus que, a partir da revelação que nos vem por Jesus, nos permite viver conscientemente aqui na terra as realidades do céu.

Advento: Nossa Senhora sempre viveu na vigilância


O Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero, publicou nesta segunda-feira uma mensagem por ocasião do início do tempo do Advento. Abaixo, o texto, em sua íntegra:

Reverendos e estimados Sacerdotes,

Neste especial Tempo de graça, Maria Santíssima, Ícone e Modelo da Igreja, deseja introduzir-nos naquela que é a constante atitude do seu Coração Imaculado: a vigilância.

De fato, é na vigilância orante que a Virgem constantemente viveu. Na vigilância recebeu o Anúncio que transformou a história da humanidade. Na vigilância guardou e contemplou, mais do que qualquer outro, o Altíssimo que se fazia seu Filho. Na vigilância, informada por um amoroso e grato estupor, deu à luz a própria Luz e, juntamente com São José, fez-se discípula Daquele que dela nasceu, adorado pelos pastores e sábios, acolhido com exultação pelo velho Simeão e pela profetiza Ana, temido pelos doutores do templo, amado e seguido pelos discípulos, hostilizado e condenado pelo Seu povo. Na vigilância do seu Coração materno, seguiu a Cristo Jesus até a Cruz, onde, na imensa dor do seu coração traspassado, acolheu-nos a todos como seus novos filhos. Na vigilância esperou com firmeza a Ressurreição e foi assunta aos Céus.

Caríssimos amigos, Cristo guarda incessantemente a sua Igreja e a cada um de nós! A Santíssima Mãe de Jesus e nossa é constantemente vigilante e nos guarda! A atitude de vigilância à qual o Senhor nos chama é aquela apaixonada observação do real, que nos conduz a duas direções fundamentais: a memória do nosso encontro com Cristo e do grande mistério de sermos Seus sacerdotes, e a abertura à “categoria da possibilidade”.

De fato, a Virgem Maria “fazia memória”, ou seja, continuamente revivia no seu coração, o quanto Deus operou no seu ser e, na certeza desta realidade, vivia o ministério de ser Mãe do Altíssimo. O Coração Imaculado de Maria era constantemente disponível e aberto ao “possível”, a concretização da amorosa Vontade de Deus nas circunstâncias quotidianas e nas mais inesperadas. Também hoje, do Céu, a Virgem Maria guarda-nos na memória viva de Cristo e nos abre de par em par à possibilidade da divina Misericórdia.

Queridos irmãos, peçamos a Ela que nos dê um coração que seja capaz de reviver o Advento de Cristo na nossa própria vida, que seja capaz de contemplar o modo em que o Filho de Deus, no dia da nossa ordenação, de forma radical e definitiva, marcou toda a nossa existência, imergindo-a no Seu Coração sacerdotal, e como Ele nos renova quotidianamente, na Celebração Eucarística, transfiguração da nossa vida no Advento de Cristo pela humanidade.

Enfim, peçamos um coração atento e capaz de reconhecer os sinais do Advento de Jesus na vida de cada homem e, de modo particular, na vida dos jovens a nós confiados: os sinais daquele especialíssimo Advento, que é a Vocação ao sacerdócio.

A Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe dos Sacerdotes e Rainha dos Apóstolos, obtenha àqueles que lhe pedem humildemente, a paternidade sacerdotal necessária para acompanhar os jovens no alegre e entusiasmante seguimento de Cristo.

No “sim” da Anunciação somos encorajados à coerência com o “sim” da nossa ordenação. Na visita a Santa Isabel somos chamados a viver a intimidade divina para levar a presença aos demais e para traduzi-la num jubiloso serviço sem limites de tempo e de lugar. Ao contemplar a Santíssima Mãe que envolve em faixas o Menino Jesus, e O adora, aprendemos a tratar com inefável amor a Santíssima Eucaristia. Ao “guardar tudo no próprio coração”, aprendemos de Maria a dirigirmo-nos ao Único necessário.

Com estes sentimentos, asseguro a todos os caríssimos Sacerdotes, em todo o mundo, uma especial recordação na Celebração dos Santos Mistérios, e a cada um peço um “apoio orante” para o ministério que me foi confiado, implorando ao Senhor, diante do presépio, que nos ajude a tornarmo-nos, a cada dia, aquilo que somos!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

No Advento recordamos que nossa vida se orienta ao rosto de Deus, afirma o Papa

Vaticano, 27 Nov. 11 / 02:03 pm (ACI)

Em sua meditação prévia à oração do Angelus dominical, o Papa Bento XVI recordou que hoje –com o início do Advento- começa um novo Ano Litúrgico para a Igreja e pediu aos fiéis que esperem o nascimento de Cristo com a certeza de que toda a vida se orienta ao encontro com Deus.

“Hoje, iniciamos com toda a Igreja o novo Ano Litúrgico: um novo caminho de fé, a se viver unidos nas comunidades cristãs, mas também, como sempre, a se percorrer no interior da história do mundo, para abri-la ao mistério de Deus, à salvação que vem do seu amor. O Ano Litúrgico inicia com o Tempo do Advento: tempo estupendo em que se desperta nos corações a expectativa do retorno de Cristo e a memória da sua primeira vinda, quando se despojou da sua glória divina para assumir a nossa carne mortal”, afirmou o Papa em sua alocução deste domingo.

Do mesmo modo, o Santo Padre refletiu sobre o Evangelho de hoje. “‘"Vigiai!". Esse é o apelo de Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-o não somente aos seus discípulos, mas a todos: "Vigiai!" (Mc 13,37). É um apelo salutar a recordar-nos que a vida não tem somente a dimensão terrena, mas é projetada rumo a um "além", como uma muda que brota da terra e abre-se para o céu. Uma muda pensante, o homem, dotada de liberdade e responsabilidade, pelo que cada um de nós será chamado a dar conta de como viveu, de como utilizou as próprias capacidades: se as reteve para si ou as fez desfrutar para o bem dos irmãos”.

“Também Isaías, o profeta do Advento, nos faz refletir hoje com uma oração sincera, destinada a Deus em nome do povo. Ele reconhece as faltas do seu povo e, em certo ponto, diz: "Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados" (Is 64,6)”.
“Como não se sentir atingido por essa descrição? Parece refletir certos panoramas do mundo pós-moderno: as cidades onde a vida torna-se anônima e horizontal, onde Deus parece ausente e o homem o único patrão, como se fosse ele o artífice e o regente de tudo: as construções, o trabalho, a economia, os transportes, as ciências, a técnica, tudo parece depender somente do homem. E, às vezes, neste mundo que parece quase perfeito, acontecem coisas chocantes, ou na natureza, ou na sociedade, devido ao que nós pensamos que Deus tenha como que se retirado, tenha nos, por assim dizer, abandonado a nós mesmos”, afirmou.

O Papa recordou que “Na realidade, o verdadeiro "patrão" do mundo não é o homem, mas Deus. O Evangelho diz: "Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo" (Mc 13,35-36). O Tempo do Advento vem a cada ano recordar-nos isso, para que a nossa vida reencontre a sua justa orientação, em direção ao rosto de Deus. O rosto não de um "patrão", mas de um Pai e de um Amigo”.

“Com a Virgem Maria, que nos guia no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta. "Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos"”, conclui o Papa.

Ao final do Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa saudando com particular afeto aqueles peregrinos vindos de Lisboa e de Setúbal.

“O tempo do Advento convida-nos a fazer nossa a primeira vinda do Filho de Deus a fim de nos prepararmos para o seu regresso glorioso. Neste sentido, tomai por modelo e intercessora a Virgem Maria. E que Deus vos abençoe!”, desejou o Pontífice

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ex-pastor presbiteriano nos Estados Unidos e sua esposa


O seguinte testemunho foi publicado na edição especial da revista norte-americana "Sursum Corda!" de 1996 e traduzido e publicado em português pela revista "Pergunte e Responderemos" nº 419 de Abr./97.
  O caminho de Steve Wood para o Seminário Gordon-Conwell foi muito diferente do de Bill Bales e Marcus Grodi. Ele foi educado por pais fiéis e dignos presbiterianos, mas "não como uma criança dócil", dizia ele. "Eu lhes dei muita dor de cabeça. Fui ingrato, rebelde e teimoso". Após um par de anos muito desregrados na mais desregrada república da Universidade da Flórida, Steve desistiu de tudo, e entrou para a Marinha.
Pôs-se a procurar uma alternativa para o hedonismo ou a procura sistemática do prazer. Quando o seu navio estava no porto da baía da Virgínia, Steve empregou o seu templo livre no Edgar Cayce Institute, aprendendo misticismo e meditação orientais. Os seus companheiros da Marinha chamavam-no "o homem cósmico". Todavia um amigo guru insistiu em que Steve aprofundasse a sua própria religião, antes de procurar mais elevadas formas de consciência de si mesmo.
"Nada quero com o Cristianismo!", protestava Wood. Mas, diante da insistência do seu amigo, Wood comprou uma Bíblia.
"Eles vendem Bíblias no Cayce Institute de todos os tipos. Minha teologia foi fraca, de tal modo que eu não sabia a diferença entre aqueles que têm 'Evangelhos secretos perdidos' e aqueles que não os têm. Já que eu não tinha capacidade de discernir, eu continuava a proferir os meus Ohms, meus mantras diante da prateleira de Bíblias. Por graça de Deus, eu adquiri uma Bíblia autêntica".
Wood julgava que acharia a Bíblia árida e cheia de poeira. Surpreendeu-se, porém, porque a encontrou muito dinâmica. Logo ele se deixou persuadir da natureza divina e da missão de Jesus Cristo assim como da sua própria pecaminosidade. Ele passou assim por uma profunda e clássica conversão evangélica.
Wood sentiu-se atraído pela Capela do Calvário na Califórnia, santuário não-denominacional muito impregnado de significado bíblico, que era procurado por muitos jovens. Ele aprendeu a desprezar o Batismo que ele havia recebido como criança, julgando que o Batismo de crianças era um infeliz vestígio do Catolicismo Romano. Estudou hebraico e grego numa escola da Assembléia de Deus e exerceu sua atividade pastoral com a juventude na Capela do Calvário.
A seguir, retornou para a Flórida na esperança de acender nos jovens do lugar a fé muito viva que ele havia experimentado na Califórnia. Em 1978 foi ordenado por uma igreja carismática interdenominacional. Batizou de novo muitos católicos e protestantes. Entrementes encontrou-se com aquela que se tornou sua esposa Karen. Pouco depois, ele se matriculou no Gordon-Conwell Seminary.
Ficou muito surpreso ao aprender que muitos teólogos protestantes de bom nome aprovavam o Batismo de crianças. O casal Steve e Karen Wood estava à espera do seu primeiro filho, o que tornava urgente a solução da questão.
"Eu estava para ser o pai de uma criança chamada à vida eterna e eu queria estar seguro de proceder corretamente. Afinal concluí pela validade do Batismo de crianças - conclusão que me foi muito difícil. Não somente ela me levou a maior proximidade da Escritura, mas também me fez voltado para a história da Igreja".
Wood tornou-se pastor de uma igreja protestante nova em Venice, Fla., onde ele serviu durante quase dez anos. Continuava a estudar e a perguntar como Cristo queria que fosse a sua Igreja. Levou sua congregação a filiar-se à Igreja Presbiteriana da América, e pôs-se a ler sempre mais assiduamente os antigos Padres da Igreja. "Se você quer encontrar a Igreja, eis os seus sinais a ser descobertos: una, santa, católica e apostólica, como refere o Credo de Nicéia (325), pelo qual nós professamos a nossa fé. Os reformadores protestantes mudaram as notas de identidade da Igreja e, se você muda as notas, nunca encontrará a Igreja.
A Igreja é una. Mas um diagrama da Igreja Presbiteriana nos dois últimos séculos se parece com o desenho esquemático para uma placa de computador".
Wood meditou muito sobre a oração de Cristo na sua última ceia. Ele pediu em prol da unidade da Igreja. Wood estava convicto de que Cristo tinha em vista não apenas uma unidade espiritual dos crentes, mas sim uma unidade visível, tão perceptível que os não crentes a pudessem descobrir, como Jesus disse, a fim de acreditarem.
Ele pregou sobre essas notas num sermão datado de 1986. Disse aos seus fiéis que não compreendia como podia acontecer que essa oração de Cristo podia ficar sem resposta.
"A Igreja Católica ficava ainda fora de cogitação para mim. Você sabe que algumas vezes a verdade é identificada com uma pessoa para que o impensável se possa tornar pensável. Sim. Eu ouvi dizer que Scott Hahn era uma causa perdida. Mas eu pensei que era meu dever chamar Gerry Matatics e falar-lhe da Igreja".
Wood se esforçou. Ele se adentrou nos Padres da Igreja antiga. Ele conversou com sua esposa. A questão do governo da Igreja tornou-se obscura, não mais clara:
"Os apóstolos impuseram as mãos sobre homens, e os designaram como oficiais da Igreja".
Wood fora perturbado durante anos pela tese protestante referente ao vínculo matrimonial. Ele então estava chegando à conclusão de que Cristo o queria indissolúvel. Desanimado por causa da esterilidade de um ativismo em favor da vida que durara muitos anos, ele começou a perceber que somente a santidade do casamento podia oferecer uma fundamento sólido para se conceber a santidade da vida.
Ele preparou um sermão sobre Oséias, o profeta do Antigo Testamento cuja esposa se foi para tornar-se prostituta.
"Deus mandou a Oséias que trouxesse de novo a sua esposa para casa. E serviu-se do adultério dessa mulher para ilustrar a apostasia do povo de Israel. Como procederia eu para apresentar a lei de Cristo, que era também a da Igreja Católica, a uma assembléia protestante? Pior ainda: depois que terminei o sermão, tomei consciência de que não devia dar a comunhão a pessoas divorciadas e de novo casadas".
Ele se desculpou junto à congregação, pronunciou uma bênção e partiu para o seu escritório. Os mais antigos o seguiram e aceitaram a sua renúncia ao cargo.
Poucas semanas depois, Wood foi cumprir uma sentença que o condenava a sessenta dia de prisão por ter, numa Clínica, dissuadido alguém de abortar. Na prisão ele leu muito e pediu luzes a Deus para que descobrisse a verdadeira Igreja. Ele esperava receber uma inspiração. Em lugar disto, ele recebeu uma visita: a visita do Bispo de Venice.
Steve e Karen Wood foram recebidos na Igreja Católica em julho de 1990.

ALESSANDRO RICARDO LIMA


  Meu nome é Alessandro Ricardo Lima, sou analista de sistemas, casado, tenho um lindo filho chamado Lucas e moro em Brasília.
Sempre vivi uma busca pela Verdade e por Deus. Fui batizado na Igreja Católica Apostólica Romana, como a maioria das famílias fazem para cumprir uma obrigação social. Ainda na infância, através de minha irmã mais velha, comecei a frequentar a igreja Luterana; depois, passados alguns anos, minha irmã se casou e foi morar em Curitiba-PR e então me afastei desta igreja. Na adolescência, através de um amigo da escola, retornei ao Luteranismo e participei do grupo jovem. Ao fim do segundo grau novamente me afastei do Luteranismo.
Depois procurei estudar espiritismo, alquimia e magia. Tempos depois, através da mãe de uma namorada da época, abandonei todas estas coisas e comecei a ir à Igreja Católica. Eu neste tempo apreciava muito a leitura da Bíblia e comecei a desenvolver a seguinte idéia: as igrejas cristãs estão divididas porque não seguem todos os ensinamento da Bíblia. Procurei então saber o que a Bíblia ensinava e me tornei então um defensor do Evangelho de Cristo e lutava pela união de todas as igrejas cristãs.
Através da família de minha esposa, me tornei um fervoroso protestante e passei a ter abominação à Igreja Católica. Em 1998 navegando pela Internet achei o site católico "Agnus Dei" e, além de outros artigos, o primeiro parágrafo do artigo do prof. Carlos Ramalhete sobre a concordância bíblica dos sacramentos, me chamou muito atenção: "a Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe". Enviei um e-mail para o prof. Carlos Ramalhete e outro para Carlos Martins Nabeto, questionando-os sobre vários pontos que foram apresentados no site. E, através destes abençoados irmãos, conheci os escritos patrísticos (os escritos dos primeiros mestres e cristãos), vi que a Igreja Católica ensina hoje o mesmo que ensinava no início do Cristianismo.
O subjetivismo protestante e os escritos patrísticos me levaram - e tem levado muitos protestantes - ao caminho da Verdadeira Igreja. Desde então me converti fervorosamente ao Catolicismo e hoje, ao lado de meus irmãos apologistas, defendo a Verdade, que está na única e verdadeira Igreja de Cristo: a Igreja Católica Apostólica Romana.

EX-BISPO ANGLICANO DE LONDRES CONVERTE-SE AO CATOLICISMO


  Não é fato comum que o bispo anglicano de Londres se converta ao Catolicismo. Mas este é o caso de mons. Graham Leonard, que neste último fim de semana participou de um congresso realizado na capital espanhola pela Associação de Conversos ao Catolicismo "A Caminho de Roma". Em entrevista concedida à ultima edição do semanário "Católicos do Século XXI", revela os motivos que o levaram a dar este surpreendente passo:
    P: Qual é a origem da sua conversão?- Minha conversão ao Catolicismo vem de muito tempo, não foi de repente. Há muitos anos, experimentei uma grande preocupação ante aos acontecimentos que ocorriam naquela que era a minha Igreja, a Igreja Anglicana. Sempre defendi que a fé é um dom de Deus e que ela não é fruto das descobertas individuais que cada um pode fazer. Como membro da Igreja Anglicana, me preocupava muito em que nela se dava cada vez mais importância às interpretações particulares e individuais da fé. Interpretações que dependiam da situação, do ambiente, do que a Igreja tivera por bem decidir e opinar em certo momento.
    P: Essa queda para o subjetivismo, para o relativismo, o senhor percebeu apenas nos últimos anos ou chegou a dar conta de que o problema estava enraizado desde o nascimento da Igreja Anglicana?
    - Na realidade, sempre foi assim desde a Reforma do século XVI. Naquela época, quando nasceu a Igreja Anglicana, a fé foi expressa como uma tentativa de resposta para a situação política criada por Henrique VIII. O professor Powicke assim afirmou, com clareza: "O que pode-se dizer definitivamente da Reforma na Inglaterra é que esta foi um ato de Estado". A Igreja na Inglaterra encontrava-se à mercê e submissa aos objetivos políticos da monarquia Tudor. Para ele, deixou de ser a Igreja Católica na Inglaterra, passando a ser a Igreja da Inglaterra.
    P: Isto ocorreu outras vezes?
    - Na realidade, este processo de adaptação da fé às necessidades do momento vem se repetindo desde então. O conteúdo doutrinário da fé dependeu, durante muitos anos, da interpretação das fórmulas realizada pelos juristas. Nos últimos anos, tem dependido do Sínodo Geral. Segundo a Conferência de Lambeth - uma espécie de Sínodo de todas as igrejas anglicanas do mundo - cada Igreja em cada país está livre para determinar como deve entender a sua fé. Quando me dei conta disto tudo, compreendi também que já não poderia seguir exercendo meu ministério sacerdotal nestas condições.
    P: Foi determinante o fato da Igreja da Inglaterra aceitar o sacerdócio feminino?
    - Isso foi detonante, pois representou o estabelecimento de uma nova comunhão, segundo a qual se requer como necessário crer em algo que a Igreja jamais requereu como matéria de fé. Foi um passo adentro desse processo de subjetivismo, segundo o qual cada um é livre para crer no que quiser. Já ocorrera antes com a fé na ressurreição.
    P: O senhor é casado, como é costume no clero anglicano. Como a sua esposa acolheu a decisão de sua conversão, de que pretendia renuncia à uma vida confortável como bispo de Londres e passar para uma situação incerta?
    - Ainda antes de mim, ela queria ser católica, mas nunca me disse nada para não não pressionar-me, em razão da minha responsabilidade dentro do Anglicanismo. Ela, assim como eu, está muito feliz desde que optamos pelo Catolicismo.
    P: E seus filhos? Como acolheram tais decisões?
    - Temos dois filhos e cinco netos. Aceitaram a nossa decisão e a respeitaram; porém, permanecem como anglicanos.
    P: Sentem-se acolhidos na Igreja Católica?
    - Muito bem, sem dúvida alguma.
    P: E os sacerdotes anglicanos que, como o senhor, se converteram ao Catolicismo? Estão contentes?
    - Sim, sem dúvida. Não conheço nenhum que não esteja satisfeito.
    P: Em que trabalham após a conversão?
    - Fazemos o mesmo que qualquer outro sacerdote católico: nas paróquias, como capelães nas universidades, nos hospitais, como professores. Por exemplo, um deles, que era sacerdote da diocese de Londres quando eu era seu bispo, é agora vigário geral da diocese católica de Westminster. Em meu caso concreto, a nomeação de prelado honorífico que recebi de Sua Santidade tem sido vista pelos ex-anglicanos como sinal de aprovação do Santo Padre às boas-vindas que já tinha recebido localmente. Em meu ministério, concentro-me em realizar retiros espirituais com os clérigos diocesanos, a convite do bispo de Birmingham, por exemplo. Há algumas semanas, terminei um retiro com os beneditinos da Inglaterra.
    P: Alguns, inclusive na Igreja Católica, pedem para que o primado do Papa deixe de ser jurisdicional e passe a ser apenas um primado honorífico. Qual a sua opinião a respeito?
    - O essencial da primazia petrina não é a honra, mas a jurisdição. E isso porque se trata de defender a verdade, os direitos da verdade. O primado do Papa é essencial para a Igreja porque é de instituição divina. É essencial também para alcançar a verdadeira unidade entre as Igrejas.
    P: Por quê?
    Porque a unidade, para que seja autêntica, somente pode estar fundamentada na verdade. É responsabilidade do Papa assegurar esta unidade na verdade.
    P: O senhor crê que devam ser feitas concessões no diálogo ecumênico para se alcançar mais facilmente a unidade?
    - Não creio que se deva falar em concessões. A verdade não se descobre nas negociações, mas na obediência.
    P: Como o senhor enxerga a crise que passa a Igreja Católica?
    - Sobre a crise da Igreja Católica, depende do ponto de vista, pois nela existe muitas coisas positivas, como os novos movimentos e a revitalização que vêm fazendo nas paróquias. Basicamente, como crise oriunda dos poderes do mal, o que se tenta é difundir o subjetivismo como método para arruinar e destruir a autoridade divina. Eu confio totalmente e sempre no poder amoroso de Deus e em seus objetivos para a humanidade. Confio em Deus totalmente e porque creio em Deus, creio na Igreja que ele nos deu e por isso tenho esperança. É esta Igreja que deve dar cumprimento aos planos de Deus para a salvação do homem.

ex-judeu e ex-médico aborticionista responsável por mais de 75.000 abortos nos EUA

O dr. Bernard Nathanson, médico ginecologista e obstetra de Nova Iorque (EUA), durante muitos anos, foi chamado de "O Rei do Aborto". De fato, como ele mesmo declara, foi responsável por mais de 75.000 abortos, tendo dirigido, a partir de 1971, a maior clínica abortista do mundo onde, em apenas dois anos (1970-1972), foram realizados 60.000 abortos. Antes, disso, em 1969, fundara a Liga Nacional de Direito ao Aborto (NADAL) e participara de diversos eventos sempre defendendo sua posição pró-aborto. Ao tomar contato com as modernas e avançadas tecnologias da área de medicina, acabou por reconhecer que a vida começa a partir do momento da concepção e, reaproximando-se de Deus a partir de 1980, converteu-se ao Catolicismo, onde recebeu o batismo aos 09.12.1996. Atualmente, divulga por todo o mundo suas descobertas científicas contra o aborto, através de palestras, livros e filmes como "O Grito do Silencioso", "A Resposta" e "O Eclipse da Razão", sendo que este último chegou a ser apontado para o Oscar.
Transcrevemos, logo abaixo, a auto-apresentação do dr. Bernard Nathanson feita no Congresso Teológico-Pastoral do Riocentro (Rio de Janeiro-RJ), aos 03.10.1997, conforme se encontra publicado na revista "Pergunte e Responderemos" nº 429 (fev/98) e, a seguir, outras declarações do mesmo médico, publicadas na revista "Pergunte e Responderemos" nº 424 (set/97).


"Eis um testemunho e não uma apresentação sobre o aborto. Desculpas antecipadas, pois poderia parecer uma apresentação muito pessoal. Nasci na fé judia e de tradição hebraica. Por uma série de circunstâncias, que não menciono, perdi a fé completamente em minha infância e adolescência, a ponto de chegar a ser chamado de judeu ateu. Então, sem moral centrada em Deus, e impulsionado por firme dedicação a uma situação relativista e também uma moral relativista ou de situação, coloquei-me, imediatamente, a serviço do pior e mais completo dos males: o ataque à vida. Fui um dos organizadores do NARAL, nos Estados Unidos, que era um grupo cabalístico poderoso para lutar contra todas as leis que se opunham ao aborto. Percorri os Estados Unidos por inteiro e estive em outros países, nesta cruzada a favor do aborto. Simultaneamente fui Diretor da maior Clínica de abortos do mundo ocidental e durante dois anos fui totalmente responsável por 75.000 (setenta e cinco mil) abortos.
Falo-lhes, agora, de minha conversão à vida, médica e cientificamente, sem dúvida, uma conversão incompleta. Médica e cientificamente minha conversão à vida deu-se, de maneira clara, pela minha compreensão cada vez maior da vida das pessoas e, sobretudo, da vida e do ciclo da vida desse pequeno ser humano, tão pequeno e vulnerável que se encontra no ventre materno. No início dos anos 70, havia uma grande quantidade de informações que me foram convencendo de que se tratava de um ser humano em toda a extensão da palavra. Era alguém que tinha uma moral, uma dignidade, e que necessitava de proteção e intervenção. Contudo, não foi tanto a informação científica, mas a mão de Deus em mim, que me fez compreender essa informação. Eis o crucial; não apenas o acúmulo de informações, mas a capacidade de assumi-las e trabalhar com perspectivas novas, que alguns chamaram uma troca de paradigmas, de opinião, isto se deve a Deus, que me deu tal capacidade.
Com o passar do tempo, na década de 70, todas as razões sociais e médicas para o aborto, eu não as aceitava mais. Atualmente, creio que não há razões sociais, econômicas, médicas e psicológicas para o aborto; não há razão alguma. Tive, então, oportunidade de compreender minha missão como médico e doutor, através da leitura da Encíclica do Papa João Paulo II1 em que afirma que a missão de gerar a vida não deve estar exposta à vontade arbitrária do homem. Devem-se reconhecer os limites invioláveis do homem quanto ao seu corpo, que a ninguém é permitido ultrapassar.
Não se podem suprimir tais limites, por respeito à integridade do organismo humano e suas funções de acordo com os princípios anteriormente mencionados e conforme a compreensão correta do princípio da totalidade ilustrado pelo Papa Pio XII.
Minha conversão científica e médica à vida, moralmente incompleta, exigia dois elementos:
  1. Converter-me-ia em defensor da vida, publicamente, da mesma forma como antes participava de sua destruição.
  2. A busca da fé, em que poderia basear mais firmemente minhas convicções em favor da vida.
Não basta compreender que não devemos matar; sou contra toda forma de assassinato, pena de morte e guerra. Não matar é um mandamento, dom precioso de Deus; a sua criação perfeita é o homem.
Tornei-me porta-voz da defesa da vida; mas apresento-me aos senhores com o sangue de 75.000 (setenta e cinco mil) vidas inocentes em minhas mãos. Uma destas vidas é a de meu próprio filho.
Falhei também como esposo com vários casamentos falidos; falhei como pai, como médico. Lembro-me agora da passagem de São Mateus: "Ouviram-se em Ramá gritos, soluços e lamentos. Raquel não quer consolar-se porque chora seus filhos mortos".
E como diz o Eclesiastes: "Nada é útil, tudo é vaidade". Não podia suportar este peso moral intolerável, inimaginável, e continuar vivendo; cheguei a pensar seriamente no suicídio. Uma vez mais, porém, a mão de Deus ajudou-me, e um sacerdote amigo2 ajudou-me a sair do nada. Ele perguntou-me se gostaria de conversar com ele e eu aceitei. Nossas conversas duraram 5 (cinco) anos e me levaram a compreender que no sofrimento e no amor infinito de Cristo encontraria o que estava buscando: a fé, o perdão, a absolvição e a vida eterna.
A fé cristã me mostrou a posição primordial da morte no mundo dos homens e o ápice da perfeição humana: amar infinitamente. Mostrou-me também que o mundo não é como alguns cientistas seculares dizem: acontecimento de uma oportunidade insignificante; não somos uma espécie como segundo pensamento num mundo vazio. Os cientistas, sem dúvida, trabalham com a razão, mas esta deve aperfeiçoar-se com o auxílio da fé3. Sem Deus como seu centro, a teoria científica mais sofisticada, mais abstrata, em minha opinião, é nihilismo inigualável na história. Inclusive, o grande filósofo Bersgon, ao morrer, disse: "Todo bem que ocorre no mundo, ocorre desde que Cristo se fez presente nele". Assim creio.
A mão de Deus trabalha, uma vez mais, de maneira misteriosa. Quando na Universidade de Montreal, no Canadá, estudava Medicina, no fim dos anos 40, tinha como professor de psiquiatria Carl Stern, judeu de Viena, emigrado para o Canadá. Tornamo-nos bons amigos; eu era um de seus estudantes favoritos e tentou convencer-me a estudar Psiquiatria. Não sabia, entretanto, que o dr. Stern se estava convertendo ao Catolicismo, quando o conheci. Alguns anos depois, deparei-me com um livro que ele escreveu naquela época, em que falava de sua conversão. O último capítulo desse livro é uma longa carta ao seu irmão que estava em Israel. Seu irmão continuava sionista e Stern queria explicar-lhe sua conversão. A carta é longa, mas leio a última passagem, que fala de suas convicções. Diz ele:
    "Nunca esquecerei a manhã de minha Primeira Comunhão; como em qualquer outra manhã de dezembro, entrei na igrreja quando fora estava escuro. No interior havia muita gente como soi acontecer em qualquer igreja católica, tanto na periferia como no centro de uma grande cidade, homens e mulheres vindos de casas pequenas da área comercial. Alguns vinham à Missa depois de terem trabalhado à tarde. Nossas vidas, de minha esposa, de meus amigos, chegaram a um ponto convergente à daqueles desconhecidos que nos rodeavam; foi como se aí estivessem nossos pais e a Família Cohen, os judeus da Sinagoga de Canan, Jack Moretain e Dorothy Day e as piedosas solteironas de nossa juventude em Viena. Não havia dúvida alguma de que para Ele corríamos afastando-nos d'Ele. Porém, durante todo este tempo, Ele estava presente no centro de tudo.
Permitam-me concluir meu testemunho dizendo-lhes: o amor é o poder mais duradouro deste mundo. Esta força criadora tão formosamente exemplificada na vida de Cristo, é o instrumento mais poderoso de que dispomos para buscar a humanidade, a paz e a justiça."



Outras palavras do dr. Bernard Nathanson:

  • "A partir de 1971, dirigi a maior Clínica abortista do mundo. Tinha dez salas de operação e trinta e cinco médicos às minhas ordens. Realizávamos cento e trinta abortos por dia, mesmo aos domingos. Só não trabalhávamos no dia de Natal. Tenho de confessar que foram praticados, às minhas ordens, sessenta mil abortos. Eu, pessoalmente, fiz uns cinco mil".
  • "Ninguém tem mais experiência em abortamentos do que eu".
  • "Persistentemente, amorosamente, desinteressadamente [as pessoas contrárias ao aborto] rezavam por mim, e não tenho a menor dúvida de que tais orações foram atendidas. Pensando nas pessoas que o fizeram, muitas delas desconhecidas para mim, meus olhos enchem-se de lágrimas".
  • "Ele [o sacerdote John McCloskey] soube que eu estava me aproximando do Catolicismo. Procurou-me e pusemo-nos a conversar semanalmente. Veio à minha casa e trouxe-me material para ler. Guiou-me pelo caminho que me conduziu aonde estou agora. Devo a ele mais do que a qualquer pessoa".
  • "Fracassei em três casamentos e tenho um filho que é ressentido e desconfiado, ainda que brilhante na ciência dos computadores. Tenho uma bagagem moral tão pesada que, se a levasse para o outro mundo, eu me condenaria por toda a eternidade, talvez de maneira mais aterradora do que aquela que o poeta Dante descreve na sua Divina Comédia".
  • "Alguém morreu por meus pecados e minha maldade há dois mil anos. O Deus do Novo Testamento4 surgiu diante de mim como uma figura amável, magnâmica, incomparavelmente terna, em quem eu podia procurar e encontrar o perdão que tinha buscado tão desesperadamente durante tanto tempo".
  • "Quando aceitas Cristo, nada perdes. Eu continuo a ser judeu étnica e culturalmente. Orientando a minha vida para Cristo, não sinto sujeição a coisa alguma, nem a quero sentir. Havia convertido a minha vida num caos; ninguém podia ter procedido pior. Agora estou nas mãos de Deus".
  • "Ficarei livre do pecado. Pela primeira vez na vida, sentirei o refúgio e o calor da fé5".

ex-pastor pentecostal converte-se ao Catolicismo juntamente com sua família e comunidade religiosa

Quando o rev. Alex Jones prega, sua voz cheia de profunda sensibilidade ressoa fora do ambiente da cúpula branca da Igreja Cristã Maranatha, na avenida Oakman, no oeste de Detroit. Entretanto, assim não acontecerá mais por muito tempo: o espaçoso e formalmente ornado templo Ortodoxo Grego foi vendido. Isto porque a Congregação, predominantemente afro-americana, se reduziu de 200 para 80 nos últimos dois anos, pois o pastor Jones, 58 anos, trocou o culto Pentecostal por uma réplica da Missa Católica.
E no domingo, 4 de junho, celebrando a Unidade Cristã e a Ascensão do Senhor, a Congregação decidiu, por 39 votos a favor e 19 contra, os próximos passos necessários para se tornar Católica. Sua história é uma jornada de fé que está cheia de surpresas, angústias, dúvidas, amor e alegria.
» "ESTÁ MALUCO"?
"Eu pensava que algum espirito se apoderara dele", diz Linda Stewart sobre seu tio Alex, pastor da Igreja Maranatha (que em aramaico significa "o Senhor vem"). "Pensava que nessa procura pela verdade ele se extraviara e perdera a cabeça". A razão para a preocupação de Linda Stewart era que seu tio, tido como um pai por ela desde o falecimento de seu verdadeiro pai há alguns anos, trocara o estudo da Bíblia, realizado às quartas-feiras, pelo estudo dos primitivos Padres da Igreja. E gradualmente foi trocando o culto dominical por um definitivo retorno à Missa Católica: ajoelhar-se, Sinal da Cruz, Credo de Nicéia, celebração Eucarística - todos os nove passos."Tínhamos aprendido que a Igreja Católica era a grande prostituta", explicou Linda. "Tínhamos aprendido que o Papa era o anticristo... Maria? Maria? De modo algum! Éramos felizes e seguíamos em frente, seguíamos exatamente a Jesus e, então, lá ele veio e nos torceu com uma chave-inglesa. Eu estava triste" - disse Stewart - "e pensava: 'está maluco se julga que iremos cair nessa!'"
O princípio de tudo isso ocorrera há alguns anos, quando Jones assistira a um debate entre o anti-católico David Hunt e o apologista Karl Keating no show de rádio "Catholic Answers" (="Respostas Católicas").
Keating fizera uma pergunta profunda: "Em quem você acredita no caso de um acidente: naquele que ali estava como testemunha ocular ou naquele que apareceu após se passar anos?" Para aprender sobre a Primitiva Igreja Cristã, Keating acentuou que era necessário ler os Padres da Igreja Primitiva, que estavam lá desde o começo.
"Isso fazia sentido, mas eu ainda não estava maduro para mudar", diz rev. Jones. "Guardei isso no meu coração e ponderei; mas tudo não me fez sentido até que li os Padres e constatei uma Cristandade que não tínhamos na nossa igreja".
» A MUDANÇA
Rev. Jones estava começando... "Percebi que o centro do culto não era a pregação nem as celebrações dos dons do Espírito, mas a Eucaristia como o Corpo e Sangue de Cristo presente" - diz.
No começo do verão de 1998 o pastor Jones, com seu estudo da Bíblia nas quartas-feiras, decidiu reativar o culto da Igreja Primitiva. Um mês mais tarde, Jones passou a realizar uma celebração eucarística todos os domingos."Minha Congregação considerou isso ridículo" - ele recorda. "Eles julgavam que uma vez por mês era o suficiente. Reconheci que o povo queria soltar sua voz repleta de tristeza" - diz.
Somadas aos usos teológicos, havia diferenças raciais, culturais e sociais para que concordassem. "A única instituição negra afro-americana própria é a igreja" - diz Jones. "Quando você abre mão dela e vai para uma instituição própria branca, que é insensível às necessidades dos negros americanos, não fica fácil".
O livro "Cruzando o Tibet", de Steve Ray, professor de Bíblia em Milão, proporcionou a Jones ensinamentos das Escrituras sobre o Batismo e a Eucaristia. Jones reportou-se a Ray quando procurou o Seminário do Sagrado Coração e falou com Bil Riordan, anteriormente professor de teologia ali. Começou a se encontrar com Ray de forma regular e a dialogar quase diariamente por telefone ou e-mail. O estudo da Bíblia às quartas-feiras de Jones se tornou um estudo sobre os primitivos Padres da Igreja, sobre o Catecismo Católico, Maria, os santos, o purgatório, a teologia sacramental e o desenvolvimento da doutrina.
"Comecei a deixar de lado a Sola Scriptura (=somente a Bíblia), o coração e a alma da fé protestante" - diz Jones.
» O POVO COMEÇOU A SAIR
Até a sobrinha de Jones pensou assim. "Cada Domingo ia para casa e dizia: 'Este é o meu último Domingo. Vou sair e não voltar mais lá". Mas, diz Stewart, como confiava que seu tio era um homem de Deus, acabava retornando e gradualmente as coisas começaram a fazer sentido. No processo de trocar o serviço de culto da Maranatha, rev. Jones pensou: "Por que eu deveria recriar a roda?" Havia já uma igreja que fazia isso: a Igreja Católica!"
"Comecei por perceber que a igreja da sala superior era a Igreja Católica" - diz Jones. "Todas as demais tiveram uma data de começo e fundador posteriores. Eu encontrara a Igreja de Jesus Cristo e estava querendo perder tudo o mais".
Assim, foi ele testado...
» PERTURBAÇÃO NO FRONT DOMÉSTICO
"Primeiro pensara que ele fôra atraído pelo excitamento de fazer liturgia como os Primitivos Padres da Igreja" - diz Donna Jones, esposa de Alex, de 33 anos. "Isto parecia coisa temporária. Então, ele começou a trocar as coisas drasticamente e eu comecei a realmente ficar admirada do que estava levando adiante. Fiquei perturbada porque sentia que ele estava indo para o caminho errado".
Muitas vezes, afirma o pastor Jones, sua esposa e seus três filhos adultos, José, Benjamim e Marcos, eram completamente hostis às mudanças. Mas isso não era surpresa.
"Ele havia pregado que a Igreja Católica era cheia de adoração a ídolos" - diz Donna. "Assim, quando começou a abraçá-la, eu disse: 'Há alguma coisa errada aqui'. Ele me prensou na parede".
Alex e Dona começaram a discutir e a debater os usos, muitas vezes nas primeira horas da manhã.
"Eu comecei a estudar a Igreja Católica porque precisava refutar o que ele estava pregando" - explicou Donna. "Precisava de munição. Mas logo que eu comecei a ler sobre os Padres da Igreja, uma mudança começou a ter lugar no meu coração". No verão de 1998, Dennis Walters, diretor do RCIA (o Rito de Iniciação Cristã para Adultos) da paróquia de Cristo Rei, em Ann Arbor, se encontrou com os Jones na casa de Steve Ray.
"Decidi, antes de deixá-los afundar ou nadar por si mesmos" - diz Walters - "que ofereceria minha ajuda a eles". Walters forneceu-lhes, aos mais velhos e aos diáconos, Catecismos Católicos, e respondia a suas muitas perguntas sobre a doutrina católica. Desde março de 1999, Walters se encontrou com os Jones todas as terças-feiras por 4 ou 5 horas. "Levei a maioria do meu material da RCIA para eles" - diz.
Para Donna, que levantava sempre mais perguntas, "eu fazia as questões que trazia das ruas, para as quais me sentia mais desesperada por respostas, e falava ao Senhor Jesus como se tivesse uma conversa com outro ser humano no carro" - diz ela. "Meus lábios se moviam e eu não dava atenção a quem me via".
Ela lutou com a real possibilidade de que a admissão na Igreja Católica poderia significar a perda do emprego de seu marido. "Assim, eu disse: Senhor o que estou fazendo após 25 anos de ministério? O que há com minhas mãos? Eu não estou preparada para me tornar pedicure ou manicure" - ri. "Então o Espírito Santo me falou no coração: 'Eu não estou questionando sobre a sua concordância. Estou tratando da sua conformação com a imagem de Cristo". Exatamente 8 meses depois, Donna se dirigiu a seu marido numa tarde e anunciou: "Eu sou Católica".
» A CONDUTA CAUTELOSA DE ROMA
Mas o processo de admissão na Igreja não é de modo algum tão rápido. A Maranatha comunicou-se com a Arquidiocese de Detroit durante mais de um ano. A Arquidiocese está procedendo com cautela já que há muito a ser estudado, incluindo a RCIA, a situação dos re-casados e as posições do ministério católico adequadas para os ministros do Maranatha.
Ned McGrath, diretor de comunicações da Arquidiocese de Detroit, liberou a mudança à adoção do Credo. "No espirito do Grande Jubileu, o Cardeal Maida e a Arquidiocese se abriram ao questionamento de outros líderes cristãos e/ou suas congregações em perspectiva à possíveis mudanças para associações individuais à Igreja Católica Romana. Até agora esses diálogos podem e devem ser descritos como introdutórios, privados e inconclusivos".
Há algumas semanas, o bispo Moses Anderson, único bispo afro-americano de Detroit, realiza o culto nos domingos na Maranatha. Após o culto ele responde às perguntas e diz à Congregação que os bispos estão excitados com a situação ocorrida ali. "Ele diz que os bispos discutem tanto porque não querem parecer estar tirando vantagem da situação" - afirma Walters.
Por enquanto, há a possibilidade do pastor Jones entrar para o seminário e se tornar padre ou diácono católico. Pastores casados de outros credos têm feito exatamente isso: Steve Anderson, de White Lake, era padre numa igreja carismática episcopal antes de deixar sua igreja e presbiterato para se unir à Igreja Católica. Casado e pai de três jovens rapazes, Anderson recebeu a permissão de Roma para se tornar um padre católico e entrará no Seminário Maior do Sagrado Coração no outono, para começar três anos de estudos antes de ser ordenado para a Diocese de Lansing.
Ironicamente, Anderson encontrou Jones há alguns anos atrás, por ocasião de um encontro de pastores da área de Detroit, liderado pelos Guardas da Aliança. "Aconteceu que nós nos sentamos próximos um do outro" - diz Anderson. "Não estava planejando me tornar católico naquele tempo. Falamos acerca dos primitivos Padres da Igreja e nos tornamos bons amigos".
Rev. Jones não se perturba sobre seu futuro como ministro. Ele diz que está preparado para fazer o que o cardeal Adam Maida o aconselhe a fazer. "Posso sair e conseguir um emprego agora" - ri Jones. Ele foi professor da escola pública de Detroit por 28 anos, 17 dos quais conjugando esse estudo com seu trabalho pastoral.
» SER OU NÃO SER CATÓLICO
Tudo, finalmente, se decidiu com o voto de 4 de junho. A questão: "Você quer tomar os próximos passos necessários para admissão na Igreja Católica?" Logo que a Congregação entrou pelas grandes portas de madeira do Maranatha, todos começaram a colocar seus votos amarelos na urna. Não importava qual o resultado, a família Jones - incluindo os três rapazes e suas famílias - sabiam que continuariam sua caminhada em direção à Igreja Católica. Irromperam aplausos quando a decisão a favor de se tornar católica foi anunciada, mas a vitória foi agridoce.
Jones encorajava os 19 que votaram para não continuar na Congregação, já que ela continuaria com a mudança; mas ele já previra que alguns a deixariam. "Este é o aspecto mais penoso da coisa. Ver pessoas que você ama ir embora porque não entenderam" - diz Jones.
Até mesmo membros das igrejas vizinhas estavam transtornados. "É como se eu tivesse me unido ao inimigo, como se os tivesse traído. Teve gente me chamando de volta, dizendo: 'Eu o amo, estou rezando por você, mas não entendo o que está fazendo'. E não importava quão difícil era você tentar fazê-los entender: eles não queriam ouvir".
Entre esses 19 da Maranatha estava Leola Crittendon, 64 anos. "Sou uma das pioneiras" - ela diz. "É como a morte da igreja. É de cortar coração". Crittendon disse que nunca assistira às reuniões das tardes de quartas-feiras porque sabia que não se tornaria Católica. "Isso não era comigo". O Pastor Jones - diz ela - era como um irmão para ela e para sua família. "Nós o amamos ternamente; desejamos que fique bem e rezamos por ele diariamente; mas a família vai em busca de outra igreja" - diz Crittendon. "O Pastor Jones disse que essa era a vontade de Deus para ele, mas essa não é a vontade de Deus para mim e a minha família".
Para outros foi ocasião de festa: "Estou muito feliz" - diz a sobrinha de Jones, Linda Stewart. "Não posso esperar para entrar em comunhão plena com a Igreja [católica] porque acredito realmente que ela é a Igreja que Cristo deixou aqui e preciso ser parte dessa Igreja".
Diz DeGloria Thompson, uma mãe divorciada com dois adolescentes: "É excitante estar exatamente na linha da Igreja de Cristo".
"Estou pronto" - diz Gregório Clifton, 41 anos, pai de quatro jovens crianças. "Gosto de ir e receber a Eucaristia".
O Reverendo Michael Williams tinha sido durante 12 anos um dos mais velhos da Maranatha. "Sei seguramente, sem qualquer sombra de dúvida, que esta mudança é uma mudança divina e a direção que estamos tomando é uma direção divina".
O rev. Alex Jones também sabe disso. "Este é um trabalho definitivamente do Santo Espírito" - diz. "Quando me foi revelado que esta era sua Igreja, não tive uma decisão difícil a tomar, embora soubesse que custaria tudo" - diz.
Agora há a necessidade de um templo para a nova igreja. Os membros da Maranatha têm 30 dias para encontrar um. Jones não está perturbado. "Confiamos que Deus nos encontrará um" - diz. Para o Pastor Jones e para a Congregação Maranatha, esta história continuará...