quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A mulher 'revestida de sol' (Apocalipse 12) é Maria, Israel ou a Igreja?

A INSTITUIÇÃO DA "RAINHA Mãe" surge, pela primeira vez, na descendência da Casa da Davi, nos reis que vieram após o seu reinado.

Na narrativa bíblica sobre a entronização do rei Salomão, percebe-se a reverência do rei pela mãe, Betsabé, quando esta vem visitá-lo, concedendo-lhe todas as honras e um trono para que ela se assentasse à sua direita (1Rs 2, 19).

A atitude de Salomão remete ao Salmo 44: “Posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.” A rainha é Gebirah, a Rainha-mãe. Os hebreus mantiveram essa tradição até o exílio da Babilônia, quando já não havia mais rei. A partir dessa época, iniciou-se a esperar pela vinda do novo "Filho de Davi", o Messias, o Cristo Filho de Deus e Salvador do Mundo que restauraria todas as coisas.

Quando o Anjo Gabriel visita a Virgem Maria e lhe revela os planos de Deus, anuncia que Jesus herdará “o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na Casa de Jacó”. S. Gabriel Saúda Maria, dizendo “Ave, cheia de Graça!”: o Mensageiro de Deus está, assim, saudando a Rainha-mãe, Mãe do “Filho do Altíssimo”, cujo “Reino não terá fim.” Do mesmo modo, Isabel, repleta do Espírito Santo, quando Maria chega a sua casa, a saúda: “Donde me vem a honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?” (Cf. Lc 1, 43)

No Apocalipse de S. João, encontram-se alguns traços desse reinado. É nesse livro que a Virgem Maria surge mais uma vez como Rainha do Céu, “uma Mulher revestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Cf. Ap 12, 1).

Todavia alguns teólogos modernos – católicos e protestantes – passaram a interpretar que a "mulher", citada no livro do Apocalipse seria na realidade um simbolismo utilizado pelo autor sagrado para designar a antiga cidade de Israel e suas doze tribos, enquanto que outros sugerem que a passagem seria uma alusão à Igreja triunfante, simbolicamente coroada no Céu.

Qual a interpretação correta? A "mulher do Apocalipse" é a Virgem Maria, a Igreja triunfante ou o antigo povo de Israel (o povo de Deus do AT)? No vídeo abaixo, o autor ex-protestante e apologista do "Catholic Answers", Jimmy Akin, esclarece a posição predominante na Igreja Católica hoje, demonstrando, com simplicidade, que a questão não é tão complexa quanto possa parecer.


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Ref:
RICARDO, Paulo, padre. Por que nós chamamos a Virgem Maria de Rainha e de Senhora?, disp. em:
https://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-nos-chamamos-a-virgem-maria-de-rainha-e-de-senhora
Acesso 9/6/017
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Fonte:Canal 'O Tradutor Católico', disp. em:
https://www.youtube.com/watch?v=EWzIRlDoEec

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Cinco atitudes para viver bem o Ano do Laicato

       
 O cristão leigo é chamado a viver como discípulo de Jesus Cristo em seu dia a dia. Como cristãos batizados e pessoas de bens, no Ano do Laicato devemos viver intensamente esta vocação e estar a serviço do Reino de Deus.
O Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes convoca os cristãos para serem Sal na Terra e Luz no Mundo, especialmente nesse ano de 2018, Ano do Laicato na Igreja do Brasil, estabelecido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Dom Orlando recorda os exemplos do Papa Francisco, afirmando que “é de tempo de dar testemunha de vida ao próximo, assumindo a graça de sermos igreja”, inspirados também pelos exemplos da primeira discípula de Cristo, Maria.
À Família Campanha dos Devotos Dom Orlando reforça o convite para que todos sejam Igreja em Saída, vivendo o amor e a doação.
Atente-se para as cinco atitudes necessárias para viver bem o Ano do Laicato:
1. Assuma seu compromisso batismal
Seja testemunha do Evangelho no seu cotidiano, exercitando sua espiritualidade e missão através de pequenas atitudes diárias. Em sua casa, em seu trabalho, com seus amigos; empenhe-se para fortalecer o Reino de Deus.
2. Participe efetivamente da Igreja
São muitos os ministérios e pastorais em que o leigo pode participar de forma ativa, como membro efetivo da Igreja. Algumas das tarefas que podem ser desempenhadas por leigos: catequista, ministro da Eucaristia, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos doentes. Já dizia Pe. Vitor Coelho de Almeida: “Quem ajuda na pregação tem merecimento de pregador. ”
3. Participe de questões políticas e sociais
O cristão leigo deve cumprir seu papel como cidadão no mundo da política, da cultura, nos movimentos populares e sindicais. Em todos os âmbitos deve testemunhar a palavra de Jesus Cristo. Conheça o projeto Eu Sou o Brasil Ético.
4. Incentive a participação do jovem na Igreja
“A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês! ” Papa Francisco na Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Conheça o Projeto Jovens de Maria.
5. Exercite a caridade
O exercício da caridade permite que de diversas formas, o cristão possa viver uma experiência missionária e misericordiosa. Através da caridade demonstramos o Amor de Deus para com o próximo.
“É dever de cada batizado conhecer Jesus Cristo, viver seus sentimentos de amor e ajudar os mais necessitados a serem felizes e a todos se santificarem para a glória de Deus”. (Dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato)