segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Espirito Santo, em nós, nos dá testemunho de Jesus

Diante de tanto ódio dos grandes deste mundo, que, felizmente, é passageiro, os cristãos estão convidados a não desanimar, pois estes não estão sós. Jesus permanece com eles de uma maneira invisível, enviando-lhes o Espírito da Verdade.
Uma das funções do Espírito da Verdade é dar testemunho do Senhor. Sua ação em favor dos discípulos consiste em convencê-los da veracidade da Pessoa e dos ensinamentos do Mestre. O conteúdo do Seu testemunho será o próprio Jesus.
Tal testemunho faz-se perceptível na própria ação dos discípulos. Pelo fato de o Espírito manter sempre viva no coração deles a imagem de Jesus, eles estão em condições de mostrar a todos a verdade do Filho de Deus, que veio armar Sua tenda no meio da humanidade carente de salvação.
A ação do Espírito da Verdade predispõe os discípulos a enfrentar a perversidade do mundo, sem se intimidarem. Afinal, a missão deles consistirá em levar a luz de Cristo para quem caminha nas trevas do erro e da mentira. Move-os à esperança de que a humanidade, marcada pelo pecado, acolha a Palavra de Jesus Cristo para ser salva.
O testemunho do Espírito supõe – por parte do discípulo – um total discernimento e docilidade para acolhê-Lo, pois ele O recebe em meio a hostilidades, as quais, muitas vezes, o impedem de captar com clareza a moção do bom Espírito. Por outro lado, o mau espírito, encarnado nos adversários, busca inculcar-lhe dúvidas a respeito da Pessoa de Jesus e da credibilidade de Suas palavras.
Só com muito discernimento e disposição – para deixar-se guiar pelo Espírito Santo de Deus – é possível manter-se fiel a Jesus. Peça comigo a Deus a graça e a força do Espírito Santo, para que docilmente você saiba acolhê-Lo e possa, assim, enfrentar a perversidade do mundo sem medo de nada e de ninguém. Que Ele seja o seu auxílio e defensor em todas as circunstâncias.
Espírito Santo, enche o meu ser, fortalece a minha pouca fé no Filho de Deus, feito homem para me salvar. Amém.
Padre Bantu Mendonça

Evangelho - Jo 15,26 - 16,4a

Evangelho - Jo 15,26 - 16,4a
O Espírito da Verdade dará testemunho de mim.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:26Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai,o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo.16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matarjulgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora. Palavra da Salvação.

O recado de Paulo


     São Paulo atribui a decadência moral da humanidade à substituição da Verdade sobre Deus pela idolatria que consiste em adorar o não adorável (cf. Cl 3,5). O documento de Puebla, do Episcopado Latino-Americano (1979), refere-se a três formas de idolatria: a da riqueza, a do prazer e a do poder. O apóstolo dos gentios oferece, na Carta aos Romanos, uma lista de comportamentos que caracterizavam a cultura pagã de seu tempo. Fala de um aprisionamento da verdade, impedida de vir à tona, pelas escolhas ímpias e injustas dos seres humanos. Em outra passagem, o apóstolo afirma que os gentios, que não receberam a lei revelada, têm a lei "gravada em seus corações" (cf. Rom 2,15), razão por que são também responsáveis diante da própria consciência pelo mal que praticam.
    Aqueles que creem de verdade em Deus, Pai e Criador, estão convictos de que existe uma ordem natural a ser respeitada e que a verdadeira liberdade consiste em assumir, na própria existência, o projeto de Deus que se pode descobrir pela consideração atenta, sensível à verdade, da natureza profunda do universo e da própria natureza humana. Quando Deus deixa de ser o fundamento último da existência humana, tudo se torna possível.
    Os desejos dos indivíduos, ou de grupos, podem então se transformar em direitos e as leis acabam por abrir espaço para sua satisfação. Escutemos São Paulo: "Ao mesmo tempo revela-se, lá do céu, a ira de Deus contra toda impiedade e injustiça humana, daqueles que por sua injustiça aprisionam a verdade. Pois o que de Deus se pode conhecer é a eles manifesto, já que Deus mesmo lhes deu esse conhecimento. De fato, as perfeições invisíveis de Deus - não somente seu poder eterno, mas também a sua eterna divindade - são percebidas pelo intelecto, através de suas obras, desde a criação do mundo. Portanto, eles não têm desculpa: apesar de conhecerem a Deus, não o glorificaram como Deus nem lhe deram graças. Pelo contrário, perderam-se em seus pensamentos fúteis, e seu coração insensato se obscureceu.  Alardeando sabedoria, tornaram-se tolos e trocaram a glória do Deus incorruptível por uma imagem de seres corruptíveis, como homens, pássaros, quadrúpedes, répteis.  Por isso, Deus os entregou, dominados pelas paixões de seus corações, a tal impureza que eles desonram seus próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela falsidade, cultuando e servindo a criatura em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
     Por tudo isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: tanto as mulheres substituíram a relação natural por uma relação antinatural, como também os homens abandonaram a relação sexual com a mulher e arderam de paixão uns pelos outros, praticando a torpeza homem com homem e recebendo em si mesmos a devida paga de seus desvios.  E, porque não julgaram ser bom alcançar a Deus pelo conhecimento, Deus os entregou ao seu reprovado modo de pensar. Praticaram então todo tipo de torpeza: cheios de injustiça, iniquidade, avareza, malvadez, inveja, homicídio, rixa, astúcia, perversidade; intrigantes, difamadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, tramadores de maldades, rebeldes aos pais, insensatos, traidores, sem afeição, sem compaixão. E, apesar de conhecerem o juízo de Deus que declara dignos de morte os autores de tais ações, não somente as praticam, mas ainda aprovam os que as praticam" (Rom 1,18-31).
     Aí está, prezado leitor, uma descrição de costumes e de comportamentos que estão presentes, em grau maior ou menor, em todas as épocas da história. Aliás, a Epístola aos Romanos quer mostrar exatamente isto: todos os seres humanos, sem exceção, estão sob o domínio do pecado. Seu objetivo é mostrar que, em Cristo, somos salvos.
     O reconhecimento de nossa condição de pecadores abre-nos para Cristo Redentor. Saberemos, entretanto, reconhecer que em nós há desejos, afetos e paixões desordenados que precisam de cura e saberemos perceber a ação de Deus que nos mobiliza na direção da prática do bem. Nesse sentido é impossível viver sem experimentar este conflito: "O querer o bem está ao meu alcance, não porém praticá-lo. Com efeito, não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero" (Rom 7,18-19). A consciência dessa condição nos leva a Cristo que, pelo Espírito Santo, vem em nosso socorro e nos dá a graça de construir nossa vida segundo o projeto de Deus. Não precisamos ser escravos nem da lei nem de nossas paixões desregradas. Podemos caminhar na direção de uma liberdade sempre mais profunda, conduzidos pelo Espírito de Cristo. Um alerta: a cultura hedonista se alastra, cria leis que transformam em direitos comportamentos que destoam da verdade. Não se considere melhor que os outros nem se assuste, pois o Senhor nos diz: "não tenhais medo, sou eu" (Jo 6,20); e ainda: "eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28,20).

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues
Arcebispo de Sorocaba (SP)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sacramento do Batismo

  
     O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus est sacramentum regenerationis per aquam in verbo - O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra".
   Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus. Muitos pensam que os sacramentos em geral são obras eclesiásticas, ou seja, os sacramentos são "invenções" da Igreja. Isso não é verdade, os sacramentos são sem sombra de dúvidas criadas por Jesus Cristo, o próprio Deus Encarnado.
    O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar os caminhos para a vinda do Messias, era quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1, 2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus, que batizaria no Espírito Santo, ou seja, o profeta batizava com água e Jesus batizava com o Espírito Santo. A Bíblia sugere o batismo de todos, o que inclui as crianças.
    Atos 2, 38-39: "Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." E também outras passagens. (ver Atos 16, 15; Atos 16, 33; Atos 18, 8; 1Coríntios 1, 16)

Quem pode receber o batismo?

    Todo aquele que crendo em Jesus Cristo pedir conscientemente este sacramento à Igreja. O Batismo é o sacramento da fé. A gente o recebe para ser cristão, para ser verdadeiro discípulo do Senhor e fazer parte de sua Igreja. Por isso mesmo nenhum adulto pode ser batizado antes de pelo menos um ano de preparação. Uma vez terminada tal preparação e estando claro que aquele que solicitou o sacramento vai vivê-lo de modo empenhado, a candidato é admitido ao Batismo.

E o Batismo de crianças?

    Este é de Tradição apostólica. É bem possível que quando o Novo Testamento afirma que “casas” inteiras eram batizadas, aí estivessem incluídas também as crianças. Veremos mais adiante, que vários Padres da Igreja Antiga atestam que desde os Apóstolos a Igreja batiza os pequeninos. Já no início do século II esta prática é atestada e sempre foi praticada. Os primeiros a discordar dela foram os anabatistas, ramo protestante do século XVI, sem nenhuma razão teológica séria. Ainda hoje há, Comunidades protestantes batizam crianças sem problema algum. Batizando crianças a Igreja cumpre o preceito do Senhor: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais” (Mt 19,14).
     Uma questão que se coloca é a seguinte: como podem as crianças serem batizadas se ainda não têm vontade própria nem têm fé? O Batismo é o sacramento da fé! Isso é verdade, mas é necessário observar que a fé tem necessidade da Comunidade dos crentes, da Igreja: cada um dos crentes somente pode crer na fé da Igreja. Creio na fé da Igreja, creio no Cristo anunciado pela Igreja! Ora, a criancinha é batizada na fé da Igreja, representada pelos seus pais e padrinhos que deverão educá-la e fazê-la madura na fé. Aliás, a fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. É precisamente esta a função do padrinho e da madrinha: ajudar o batizado (criança ou adulto) no desenvolvimento de sua fé. Agora o que não tem sentido mesmo é batizar por batizar: os pais pedirem o Batismo para seus filhos sem nenhum compromisso de educá-los na fé. Neste caso, o Batismo poderia ser negado!
     Uma outra coisa muito bonita é que a Igreja, ao batizar crianças, quer recordar a gratuidade pura da salvação que Deus nos oferece: não é mérito nosso: vem de Deus... é puro dom!
Aliás, os pais que desejam o melhor para seus filhos, como não desejariam para eles que se tornassem logo filhos de Deus? Não é isso o mais importante de nossa vida?
     A Sagrada Escritura menciona vários personagens pagãos que professaram a fé cristã e se fizeram batizar "com toda a sua casa". Assim o centurião romano Cornélio (At 10, 1s.24.44.47s), a negociante Lídia de Filipos (At 16, 14s), o carcereiro de Filipos (At 16, 31033), Crispo de Corinto (At 18, 8), a família de Estéfanas (1Cor 1, 16).
 A expressão "casa" ("domus", em latim; "oikos", em grego) tinha sentido amplo e enfático na Antigüidade: designava o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças (que geralmente não faltavam).
 Desde o início da Igreja, os apóstolos batizavam os recém-nascidos. Assim se expressa Orígenes (185 - 255): "A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos". (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). E S. Cipriano, em 258, escreve: "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". (Carta a Fido).
 Santo Irineu, que viveu entre 140 a 204, afirma: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos". (Adv. Haer. livro 2)
     Na "Nova e Eterna Aliança", o batismo substitui a circuncisão da "Antiga Aliança", como rito de entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8o dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.
 O manual dos Apóstolos, também conhecido como 'didaqué', prescreve o batismo para crianças.
 Ou seja, era costume dos apóstolos batizarem as crianças, segundo a importância que é o sacramento do "Batismo", pois "quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A História da Igreja


   A Igreja Católica nasceu no dia de Pentecostes. Nos primeiros séculos foi perseguida, desde os anos 60, pelo Imperador Nero, até 313, quando o Imperador Constantino liberou o culto a Deus. Houve muitos mártires por conta dessa perseguição. Mártir é a pessoa que prefere ser morta a adorar outros deuses, ou a renegar sua própria religião. Em At 7,1-8,3, vemos a morte do mártir Santo Estêvão, além de um resumo da história do povo de Deus, feito pelo próprio Estêvão.
   Com a liberdade concedida por Constantino, a Igreja pôde sair das catacumbas (cemitérios sob a terra, onde os católicos escondiam-se para celebrarem a Santa Missa ou fazerem suas reuniões) e os fiéis começaram a liturgia nas igrejas, publicamente, sendo as primeiras igrejas feitas com o aproveitamento dos palácios doados pelo Imperador Constantino, em Roma. Com a liberdade e os títulos de honra dados pelo imperador aos bispôs, a Igreja se aburguesou bastante e entrou desse modo na Idade Média (período da História que vai desde o ano 476, ano em que caiu o último imperador romano, até o ano 1453, a queda de Constantinopla ou 1492, a descoberta da América).
   Com os feudos da Idade Média (cidades cercadas por muros), apareceram as paróquias. Em 1054 a Igreja do Oriente (Constantinopla) separou-se da do Ocidente (Roma), devido à politicagem dos responsáveis pela Igreja de então.
Algumas das Igrejas do Oriente retornaram à Igreja de Roma (os Ucranianos, por exemplo, em 1596), mas guardaram os ritos e costumes adquiridos no correr dos séculos de separação (por exemplo, a ordenação de homens casados para padres, costume que permanece até hoje. Somente os bispos precisam ser celibatários). Formam a Igreja Católica de Rito Oriental.
    Nesses séculos, do ano 1000 ao ano 1500, houve um esfriamento na fé dos chefes da Igreja, ou seja, foram esquecendo-se da missão de pregar o Evangelho, foram tornando-se políticos, condes, barões, reis, duques.
    Buscavam muito dinheiro para construir grandes igrejas e palácios, manter seus exércitos e o pessoal de sua corte (bispos, papas, cónegos, abades, padres e religiosos).
    No século XII surgiu um grande movimento de renovação: cristãos simples preocuparam-se em seguir o Evangelho. Muitos abandonaram a riqueza e se dedicaram aos pobres. Ex.: São Francisco de Assis, Santa Clara e São Domingos. Mais tarde: São Bernardo, Santo Tomás, Santa Catarina de Sena, Santo Antonio.
    Em 1517 a Igreja dividiu-se novamente e surgiu a reforma de Lutero, que acabou fundando outra Igreja, a Luterana. Foi seguido por Zwínglio, Calvino, que fundaram as Igrejas evangélicas.
    Essas divisões aconteceram muitas vezes por culpa de homens de ambas as partes, ou seja, tanto da Igreja Católica como das que se separaram.
    Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser tidos como culpados do pecado da separação, e a Igreja Católica os abraça com fraterna reverência e amor. Justificados pela fé recebida no Batismo, estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos, e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica como irmãos no Senhor.
    O Espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja Católica. Entretanto, é pecado muito grave o católico mudar de religião.
     A seguir, damos uma lista de religiões e o ano de sua fundação: Igreja Católica Apostólica Romana (Dia de Pentecostes após a Ressurreição de Jesus); Nestorianos e Monofisitas (431 e 451); Orientais ortodoxos (1054); Luterana (1517); Calvinismo (1528/1555); Metodistas (1739); Anglicanismo (1559); Congregacionalistas (1580/92); Batistas (1612); Adventistas (1843); Assembleia de Deus (1900/1914); Congregação Cristã do Brasil (1910); Igreja do Evangelho Quadrangular (ou Cruzada Nacional de Evangelização): sua fundadora morreu em 1944; Igreja Universal do Reino de Deus (1977); Árvore da Vida (1980/90); Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno - 1952); Mormons (1830); Testemunhas de Jeová (1874); Induísmo (2500 antes de Cristo já existia, não se sabe a época precisa da origem); Budismo (400 antes de Cristo nascer); Igreja Messiânica Johrei (1926); Seicho-No-Iê (1930); Perfect Lyberty (1946); Moonismo (Associação para a Unificação do Cristianismo Mundial - AUCM - 1954); Espiritismo (1848); Umbanda (não há data de fundação); Racionalismo Cristão (1910/11); Legião da Boa Vontade (Década de 50); Sociedades Esotéricas (em todos os tempos houve esse tipo de agremiação).
   Já nos séc. II e III já se conhecia a famosa gnose ou gnosticismo. As Fraternidades Rosa-Cruz apareceram no séc. XVII. A Maçonaria, no séc. XVIII; Universo em Desencanto (anos 70); Profecias de Trigueirinho (1987); Vale do Amanhecer (1969); Ordem dos 49 ou Ação Mental Interplanetária (1977); Santo Daime (1945); Sociedade Teosófica (1875); Rosa-Cruz (séc. XVII); Nova Era (década de 70); Cientologia (1954).
    Foi por ocasião da revolta de Lutero, motivada pelo clima intenso e pesado resultante, que a Igreja deu uma chacoalhada em tudo, com o Concílio de Trento, de 1545 a 1563, na Itália. Toda a vida da Igreja foi reorganizada, inclusive com as Missões. Apareceram outras congregações religiosas, como os Jesuítas. Os padres passaram a ter uma formação mais séria e severa nos seminários.
     Após a descoberta do Brasil, em 1500, vieram para cá os Jesuítas. Em 1618 os primeiros índios receberam a primeira comunhão.
     A Igreja não sofreu muitas mudanças por todos esses séculos. Somente nesse século XX, de 1962 a 1965, com o famoso Concílio Vaticano II, é que houve outra grande mudança na Igreja: a Missa, que era celebrada somente em Latim, passou a ser celebrada na língua própria de cada país; o padre, que ficava de costas para o povo, passou a ficar de frente. A Bíblia passou a ser mais estudada, com traduções mais fiéis aos originais, possibilitando maior acesso aos leigos. Até então, a única versão conhecida era a Vulgata, de São Jerônimo, do séc. IV.
     A liturgia renovou-se completamente, com novas orações eucarísticas e a possibilidade de serem usados outros instrumentos, além do órgão e do harmônio.
      Em 1968 houve um encontro muito importante em Medellín, na Colômbia, onde a Igreja chegou mais perto dos pobres e dos marginalizados. Houve outro encontro desse tipo em 1979, em Puebla, no México.
      Nos anos 70 apareceu a Renovação Carismática Católica (RCC), que está mudando a feição da Igreja, de um jeitão muito sério para uma forma mais alegre nas celebrações.
      Os movimentos também estão aí a pleno vapor: Legião de Maria, Emaús, Cursilho, Vicentinos, ECC, Focolares, Irmandades antigas que reapareceram, como a Irmandade de São Benedito e o Apostolado da Oração etc.
      Os últimos papas de nossa Igreja foram: Pio IX (1846), Leão XIII (1878), Pio X (l 903), Bento XV (l 914), Pio XI (l 922), Pio XII (l 939), João XXIII (l 958), Paulo VI (1963), João Paulo I (1978), e o atual, João Paulo II (1978). Os primeiros papas foram: São Pedro, São Lino (67), São Cleto (76), São Clemente (88), Santo Evaristo (97), Santo Alexandre (105).


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Maria e o Mês de Maio

   O mês de maio é tradicionalmente dedicado à Maria.  Em consonância com a Igreja, caminharemos também nessa devoção especial oferecendo ao longo do mês subsídios de oração, tendo como foco Nossa Senhora.
   Durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Paulo VI afirmou solenemente que Maria é a Mãe da Igreja, explicando a seguir, no seu “Credo do Povo de Deus”: “Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, Mãe da Igreja, continua no céu a sua função maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos”.
   A  devoção a Mãe de Jesus é o profundo reconhecimento e gratidão áquela que; com humildade, amor e fidelidade assumir a grande missão de ser a "Mãe do meu senhor". Por isso todas as gerações te louva Virgem santa e bendita em todas as mulheres.
(Lê-se  em Lc 1, 41-42): "Aconteceu que, mal Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou em seu ventre; e Isabel, cheia do Espírito Santo , exclamou em voz alta: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! "
 Por que então Isabel saudou Maria com tanto entusiasmo? É que o Espírito lhe abriu a mente para captar o mistério que Maria escondia, mistério que a faz efetivamente a mais bendita entre todas as mulheres da terra.
 Por um momento na história Maria é o centro do desígnio de Deus. Por ela passam e se cruzam todos os caminhos. Com efeito, nela se encontram as duas Pessoas divinas que foram enviadas pelo Pai, o Filho e o Espírito. Primeiro o Espírito. Este desce sobre ela e arma nela a sua tenda, quer dizer, mora definitivamente em Maria. É o que o texto de Lc 1,35 deixa em luz cristalina. Estabelece-se uma relação única entre o Espírito e Maria. Ela é assumida pelo Espírito de forma tão radical que ela é elevada à altura do Divino. Por esta razão Lucas diz: “por causa disso, o Santo gerado será chamado Filho de Deus” (1,35). O Filho de Deus só pode provir de alguém feito Deus. Maria, portanto, é o templo vivo do Espírito.
  Esse Espírito em Maria faz com que dela nasça o Filho de Deus encarnado. Maria empresta a sua carne. O Espírito vai gestando a santa humanidade de Deus a partir de Maria. Num momento preciso da história, quando ela diz ao anjo Sim, se fazem presente nela o Espírito que nela mora e o Filho eterno que começa a crescer como o seu filho. Dignidade maior não existe. Por isso Isabel tem razão em seu júbilo: Maria é bendita entre todas as mulheres do universo.
  Pode-se ainda perguntar: Qual o papel de Maria Santíssima na historia da salvação?
O próprio Cristo quando na cruz a colocou como colaboradora íntima da obra salvadora por ele vivificada na cruz, em Jo 19, 26-27 tem-se:Vendo a mãe e, perto dela o discípulo a quem amava, Jesus disse para a mãe: “Mulher, aí está o teu filho”. Depois disse para o discípulo: “Aí está a tua mãe”. Ela sempre vivia em união com seu Filho, acompanhava-o passo a passo, associando-se a Ele, amando sempre aqueles que Ele amava.  Em Jo 2,5 está explicitado todo o serviço que Maria presta aos homens e que consiste em abri-los ao Evangelho de Cristo e convidá-los a obedecer-lhe: “Fazei tudo o que ele vos disser”.
“Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu centro da história. Maria é o ponto de união entre o céu e a terra. Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura-se e transforma-se em ideologia, em racionalismo espiritualista.“ ou seja em alegoria.(Cf. Puebla 301)
Maria a Mãe da Igreja ...e nossa  Mãe
Ora se a Igreja é o Corpo místico de Cristo, e Maria é colaboradora íntima da obra salvadora de seu Filho, sendo a co-redentora, pode-se então indagar por que Ela é também chamada de Mãe da Igreja?
A Igreja,  instruída pelo Espirito Santo venera Maria, a Mãe muito amada, e foi nesta fé que através de Paulo VI proclamou-se Maria a Mãe da Igreja.  Ela que já era sem sombra de dúvidas a Mãe de Deus, Mãe de Cristo, quando o Espírito Santo a cobriu com sua sombra, seria também a Mãe da Igreja, porque é Mãe de Cristo, cabeça do corpo místico da Igreja.  Pode-se ainda dizer, que é Mãe da Igreja porque no momento que a Igreja nasceu do coração de Cristo, ela colaborou com o seu amor, sofreu e se sacrificou com o seu Filho para a redenção do mundo.
A Igreja gerando sempre sua obra evangelizadora através de novos filhos batizados em nome da trindade, que pela conversão aceita o Evangelho de Jesus Cristo, passa a ter um significado de transformação e renovação para uma vida nova. Torna-se pois, a Igreja, um outro Cristo no verdadeiro renascer para uma nova vida, onde nesse parto Maria é a grande Mãe da Igreja e dos novos filhos – os cristãos pelo batismo.
Maria, mesmo estando na gloria do Pai, age na terra, pois o seu coração de mãe é tão grande quanto o mundo e intercede sem cessar pelos povos junto a seu Filho Jesus.
A Igreja hoje no seu renovar espiritual do povo de Deus , deve ter em Maria – o Evangelho encarnado, seja pelo modelo ideal  da ternura do seu coração de Mãe, seja pelo acompanhamento e proteção que Ela se permite,  para que Igreja tenha um novo caminho de peregrinação rumo ao Pai.
Por tudo isso é que os cristãos devem após refletir a sua Igreja, na sua origem, na sua missão e no seu destino, voltar o olhar para Maria a fim de contemplar nela o que é a Igreja e o seu mistério, na “sua peregrinação da fé”, e o que ela será na pátria celeste ao termo final de sua caminhada, onde a espera, “na glória da Santíssima e indizível Trindade”, “na comunhão de todos os santos”, aquela que a Igreja deve venerar como a Mãe do seu Senhor e como que a sua própria Mãe (conforme CDIC 972): 
“Assim como no céu, onde já está glorificada em corpo e alma, a Mãe de Deus representa e inaugura a Igreja na sua consumação no século futuro, da mesma forma nesta terra, enquanto aguardamos a vinda do Dia do Senhor, Ela brilha como sinal da esperança segura e consolação diante do Povo de Deus em peregrinação.” (Lumem gentium  68)”. Bendito seja Deus por ti fazer bendita!

Eucaristia

O que é a Eucaristia?

É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.
Quando Cristo instituiu a Eucaristia?
Instituiu-a na Quinta-feira Santa, "na noite em que ia ser entregue" (1Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia.
O que representa a Eucaristia na vida da Igreja?
É fonte e ápice de toda a vida cristã.Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com Ele. Ele encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.

Como Jesus está presente na Eucaristia?

Jesus Cristo está presente na Eucaristia de modo único e incomparável. Está presente, com efeito, de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está, portanto, presente de modo sacramental, ou seja, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo todo inteiro: Deus e homem.

O que significa transubstanciação?

Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Essa conversão se realiza na oração eucarística, mediante a eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo. Todavia, as características sensíveis do pão e do vinho, ou seja, as “espécies eucarísticas”, permanecem inalteradas.

O que se requer para receber a santa comunhão?

Para receber a santa Comunhão, deve-se estar plenamente incorporado à Igreja católica e estar em estado de graça, ou seja, sem consciência de pecado mortal. Quem estiver consciente de ter cometido um pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da comunhão. Importantes são também o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e a atitude do corpo (gestos, roupas), em sinal de respeito a Cristo.




"Na Eucaristia, nós partimos 'o único pão que é remédio de imortalidade, antídodo para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre' " (Santo Inácio de Antioquia)