sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Audiência: Globo quer evangélicos para concorrer com Record



Globo tem o pior ibope da história em 2012. A manchete causa impacto. Novelas de sucesso, telejornais, programas de entretenimento. E ainda o pior Ibope de sua história. Em busca de novos nichos de telespectadores, a Rede Globo de Televisão vai atrás dos evangélicos, com foco no segmento neopentecostal.

No último domingo, 6, o jornal 'Folha de São Paulo' noticiou que Amauri Soares, o coordenador de projetos especiais da Globo, iria se encontrar com o pastor Silas Malafaia em um almoço, onde discutiriam "os interesses comuns entre a emissora e os evangélicos", informou o jornal. Também anunciou o encontro com Robson Rodovalho, líder de igrejas evangélicas.

A emissora tem investido nesse público que aumentou 61% nos últimos 10 anos. Ano passado já havia negociado e discutido projetos para apoio e cobertura à 'Marcha de Jesus', além do tradicional 'Festival Promessas' (fotomontagem), criado pela própria emissora em 2011, no intuito de divulgar a música gospel.

A doutora da Unicamp e professora de história na UFPR, Karina Bellotti, explicou ao jornal que "nos últimos cinco anos, a Globo se aproximou desse público [evangélico] porque tem lhe conferido não somente peso de formação de opinião, mas também de mercado consumidor", além disso "é importante destacar que a bancada evangélica cresceu no congresso, assim como o poder aquisitivo de muitos evangélicos que ocupavam a classe C".

Hoje Silas Malafaia "aperta a mão" da Globo, e há cerca de 4 anos atrás ele atacava: "em 25 anos, vin-te e cin-co [pontua cada sílaba], lembro de apenas uma reportagem boa na Globo sobre evangélicos. E tem semana em que, todo dia, o 'Jornal Nacional' fala bem da Igreja Católica".

Entretanto, a história tem um novo capítulo hoje. O site da revista 'Veja' publicou há algumas horas: Globo decide apoiar mais marchar evangélicas. A página informa que "divulgação na programação e cobertura jornalística serão feitas também em Nova Iguaçu, São João de Meriti e São Gonçalo".

O catolicismo ainda representa a maioria da população brasileira. Conforme os dados do Censo de 2010, mais da metade, 64,6%, da população brasileira é católica. Enquanto apenas 22,2% são evangélicos. Recentemente foi realizada uma campanha na rede social 'Facebook' para que os jovens opinassem a respeito de um tema a ser tratado por um quadro de um telejornal da Globo.

Mais de 24 mil jovens se mobilizaram e pediram que a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro este ano fosse o tema do quadro. Entretanto dias depois veio a resposta: "nossas reportagens são sobre temas abrangentes, que geram discussões e dúvidas. As mensagens são enviadas para especialistas, que esclarecem os questionamentos e mostram outros pontos de vista sobre os assuntos", informou a equipe da Globo.

A Jornada Mundial da Juventude, o maior evento católico do mundo, tem despertado o interesse de milhares e até mesmo milhões de jovens deste país. Ao contrário do que pensam a equipe do programa, "os jovens têm sim dúvidas sobre temas de fé numa sociedade secularizada como a atual que vivemos", afirmou uma página católica na rede social.

Não se trata de ataque, mas sim incoerência. Enquanto, a minoria evangélica tem ganhado apoio, a maioria católica tem perdido seu lugar. Tudo isso por interesses particulares dos grandes veículos comunicadores. Conforme afirmou, tratando do mapa das religiões no Brasil, a CNBB, "o verdadeiro desafio é constituído pela mentalidade secularizada que cria uma nova imagem de homem e de mulher, não imagem e semelhança de Deus, mas do poder e do mercado".

Da redação do Portal Ecclesia.

Meio milhão de franceses sairão às ruas em defesa do matrimônio


PARIS, 10 Jan. 13 / 11:19 am (ACI/EWTN Noticias).- No próximo dia 13 de janeiro as ruas da França estarão lotadas por 500 mil pessoas em defesa do autêntico matrimônio e que expressarão sua desconformidade com o projeto de lei para legalizar as uniões homossexuais e a adoção por parte destes casais, uma iniciativa promovida pelo presidente Francois Hollande.
Em declarações ao grupo ACI, um dos organizadores da chamada "Marcha para todos", Lionel Lumbroso, assinalou que a marcha representa a grande diversidade da população francesa, porque participarão pessoas de diferentes religiões e crenças políticas "podemos ver que estamos unidos com os valores republicanos".
Pediu-se aos participantes que estejam vestidos com as cores azul, branca ou rosa, como fizeram na marcha de novembro que reuniu em diferentes cidades da França a 250 mil pessoas.
A marcha de 13 de janeiro percorrerá três rotas distintas que se unirão em Champs de Mars terminando debaixo da Torre Eiffel. "Quanto mais sejamos, é mais difícil sermos ignorados pelo governo", disse Lumbroso.
Neste contexto, um total de 50 líderes muçulmanos franceses assinaram uma carta onde fazem um chamado urgente a 5 milhões de habitantes dessa religião do país a unir-se à marcha em Paris. "Protestaremos em 13 de janeiro, unindo-nos a esta campanha pluralista para preservar o matrimônio tradicional", assinalam.
O projeto de lei para legalizar as uniões homossexuais na França se debaterá no parlamento em 29 de janeiro, proposta que também pretende permitir a casais do mesmo sexo a que adotem crianças, trocando as palavras "mãe" ou "pai" por "pai 1" e "pai 2".
Em 17 de novembro de 2012, nas principais cidades da França como Paris, Toulouse, Lyon, Marsella, Nantes, Rennes, Metz, Dijon e Burdeos 250 mil pessoas marcharam em defesa do autêntico matrimônio.
Derrubando o mito laicista de que a defesa do matrimônio é uma questão confessional, em Lyon marcharam juntos o Arcebispo, Cardeal Philippe Barbarin, e o reitor da mesquita muçulmana da cidade, Kamel Kabtane, quem assinalou que "compartilhamos os mesmos valores fundamentais e esses devemos defendê-los juntos".