sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Corte inaugura “direito à blasfêmia” na França

Corte francesa absolve feministas que invadiram Catedral de Notre Dame e condena vigias “por violência contra as militantes”



  Em fevereiro do ano passado, algumas ativistas do movimento feminista Femen, famosas por suas exibições internacionais desnudas, decidiram “comemorar” a renúncia do Papa Bento XVI invadindo a Catedral de Notre Dame, em Paris, com inscrições no corpo que diziam: “ Pope no more - Papa não mais” e “Pope Game Over”. Além dos transtornos causados pela invasão do templo e pelo ultraje ao sentimento religioso dos católicos presentes, as militantes teriam danificado três sinos da igreja com bastões de madeira, segundo informações das agências internacionais.

  Notícias recentes reportam que as feministas foram “absolvidas por ato na Notre Dame”. A Justiça penal da França não só decidiu “inocentar nove ativistas do movimento feminista Femen”, como “condenou três vigias da catedral que haviam tentado interromper a ação das militantes a multas que vão de 300 euros a 1 mil euros (...) por violência contra as militantes”!

  Não, você não leu errado. É isso mesmo. As ativistas invadiram Notre Dame e saíram… impunes. Ao contrário, os vigias “malvados”, que não deixaram que as militantes “expressassem o seu pensamento”, foram condenados pelo tribunal a pagar multas.

  Mas, o absurdo não para por aí. A Justiça francesa “considerou que não havia provas suficientes de que as ativistas haviam danificado o sino” da igreja! Ou seja, não tem problema nenhum em invadir a catedral, gritar e insultar a religião católica… contanto que os sinos da igreja permaneçam intactos. Está liberado entrar em templos religiosos e fazer o escarcéu… contanto que não se danifique nenhum móvel ou objeto do local. “Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!” (Mt 23, 16), decretam os fariseus do século XXI.

Os jornalistas que falam sobre a absolvição das jovens do Femen também estão obcecados com os sinos. “No julgamento, as militantes do Femen contestaram ter danificado o sino, alegando que haviam coberto os bastões de madeira com feltro” - “O advogado dos representantes da Notre Dame, por sua vez, disse que a proteção se descolou e que as ativistas tocaram o sino com um bastão sem proteção” - “A Justiça considerou que não havia provas suficientes de que as ativistas haviam danificado o sino”. Ora, quem é que pode se preocupar com um sino, ainda que de ouro, quando o santuário está sendo profanado? “Insensatos e cegos! Que é mais importante, o ouro ou o Santuário que santifica o ouro?” (Mt 23, 17).

  Mas, em uma cultura materialista, as pessoas não são capazes de enxergar nada além do que captam os seus sentidos. Veem o ouro, mas já não conseguem contemplar a beleza do santuário. O edifício da igreja já não é nada mais do que cimento e tijolos. Non est Deus (Sl 53, 1): não há Deus, nem nada sagrado e transcendente pelo qual viver.

 O bárbaro da modernidade já não é capaz de elevar-se… esforça-se por esquecer que seus antepassados faziam o sinal da cruz ao passar em frente a uma capela; trabalhavam duro para conseguir o pão de cada dia para os seus filhos; e iam à Missa todos os domingos, pois tinham consciência de que, se o Senhor não construísse as suas casas e cuidassem de suas cidades, em vão trabalhariam os construtores e vigiariam as sentinelas (cf. Sl 126, 1). Então, para não mais lembrar que a Europa um dia foi cristã, eles, com uma impiedade animalesca, precisam pôr abaixo tudo o que lhes lembra este passado glorioso, quando os homens, justamente por adorarem a Deus, eram homens de verdade, de corpo e de alma.

  Inna Schevchenko, uma das fundadoras do Femen, comemorou a sentença da Corte francesa. “É um bom exemplo para os outros países. Isso nos encoraja a continuarmos com nossa ação. Temos orgulho de saber que a blasfêmia é um direito e que não seremos condenadas por isso”, afirmou.

  O tempora, o mores! Para esta triste época, em que a impunidade é encorajada, o ateísmo é acolhido como “religião oficial” do Estado e a blasfêmia não só é praticada, como transformada em “direito”, não resta senão suplicar a Cristo que suscite nos corações dos cristãos o amor a Deus e o empenho de, mais uma vez, salvar o Ocidente da barbárie.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere - Fonte: BBC Brasil 

Falece mais um religioso espanhol por causa do ebola

Madri,  (Zenit.org) Redacao | 46 visitas

O irmão Manuel Garcia Viejo, da Ordem de São João de Deus, era missionário em Serra Leoa

     O irmão Manuel Garcia Viejo, da Ordem Hospitaleira de São João de Deus (OHSJD), faleceu em Madri nesta quinta-feira à tarde. O irmão, de 69 anos e nacionalidade espanhola, era diretor médico do Hospital São João de Deus de Lunsar, em Serra Leoa, e tinha contraído o vírus do ebola.
Garcia Viejo era médico especialista em medicina tropical e pertencia à OHSJD havia 52 anos, tendo trabalhado durante os últimos trinta na África. Era diretor médico do Hospital São João de Deus em Lunsar desde 2002. Ao conhecer os resultados positivos do exame de ebola e manifestar o desejo de regressar à Espanha, o religioso foi repatriado e internado no hospital Carlos III, em Madri.
    A perda do irmão Manuel se une à também recente perda de outro irmão da Ordem, Miguel Pajares, o primeiro doente de ebola repatriado à Europa. Ele faleceu em 12 de agosto, cinco dias depois de chegar a Madri.
Anastasio Gil García, diretor nacional das OMP na Espanha, manifestou os pêsames de toda a família missionária e "se une à dor e às preces da família de sangue e da família religiosa do irmão Manuel. Sentimos a sua morte como a sentem os missionários ao ver a partida de um dos seus. Porém, nestes momentos de dor, renasce neles a esperança e a fidelidade para continuar onde estão os irmãos aos quais servem. Seu testemunho de vida continua sendo um necessário ponto de referência".
   Por sua vez, a Ordem de São João de Deus, através de comunicado, "envia todo o seu apoio à família do irmão Manuel Garcia Viejo nestes difíceis momentos" e agradece “por todas as mostras de apoio que recebemos nestes dias”.
   A notícia da morte do irmão Manuel chega um dia depois de o santo padre Francisco lançar mais um apelo na audiência geral para que se encare com firmeza a epidemia de ebola. O papa dedicou uma mensagem aos países da África que mais estão sofrendo: "Convido a rezar por eles e pelos que perderam tragicamente a vida. Desejo que não falte a ajuda da comunidade internacional para aliviar os sofrimentos desses nossos irmãos e irmãs".

Fonte: http://www.zenit.org/

No Iraque as pessoas estão morrendo enquanto rezam, exclamam freiras dominicanas


MADRI, 25 Set. 14 / 11:12 am (ACI/EWTN Noticias).- “É dilacerante escutar falar de pessoas que estão morrendo enquanto rezam… É difícil ter esperança no Iraque”, disse a Irmã Maria Hanna da comunidade das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina presentes em Siena, Iraque.

“As santas imagens, os ícones e todas as estátuas estão sendo destruídas. As cruzes foram derrubadas dos telhados das Igrejas e foram substituídas pelas bandeiras do Estado Islâmico”, descreve a Irmã Hanna através de uma carta.

Neste ponto é importante recordar que os membros do Estado Islâmico ameaçaram agir assim com todos aqueles que se oponham aos seus objetivos. E em clara resposta aos pedidos de paz para o Iraque que o Papa Francisco fez nas últimas semanas, o porta-voz dos terroristas disse: "Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes, escravizaremos as suas mulheres com a permissão de Alá, o elevado".

Por outro lado, a Irmã Dominicana menciona o grande problema que se vive com os deslocados e refugiados. “As coisas acontecem muito lentamente quanto ao que se refere a proporcionar refúgio, alimentos e necessidades básicas para as pessoas. Ainda há pessoas que vivem nas ruas. Ainda não há acampamentos organizados fora das escolas que se utilizam como centros de refugiados”, explicou.

Do mesmo modo, fala das minorias cristãs e mazdeístas “que perderam as suas terras, os seus lares, os seus pertences, o seu trabalho e o seu dinheiro. Alguns se viram separados de suas famílias e seus seres queridos e todos estão sendo perseguidos por causa da própria religião”, enfatizou.

Também comenta sobre os esforços que os líderes católicos estão fazendo para resolver o problema com os políticos, mas que as ações avançam muito lentamente ou ficam em “nada”. O que produz a desconfiança em relação aos representantes civis.

Tal como afirma a religiosa, esta preocupação chegou inclusive ao Vaticano que exortou em diversas ocasiões os líderes políticos mundiais a não que não se acostumem com a violência que ocorre no Oriente Médio e a que se envolvam para encontrar uma solução à crise do Iraque, onde continuam as violações à dignidade humana por parte do Estado Islâmico.

Por último, a carta menciona que “as pessoas estão perdendo a paciência. Perderam tudo o que tinham nos seus lugares de origem: igrejas, os sinos das igrejas, bairros e vizinhos. É dilacerante para eles escutar que as suas casas foram saqueadas”. Acima de tudo isto, as religiosas pedem que não deixem de rezar por eles.

Neste contexto de ameaça, na quarta-feira 24 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou unanimemente uma resolução que visa frear a ameaça que supõem os combatentes terroristas estrangeiros para a paz e segurança internacionais, como o são os integrantes do Estado Islâmico.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Conheça o país que é uma das maiores histórias de sucesso na evangelização dos tempos modernos.

Coreia do Sul, 230 Anos de Evangelização



    Com a chegada de Sua Santidade Francisco à Coreia do Sul, os holofotes do mundo se voltam para o catolicismo por lá. Contudo, a grande mídia tende a mostrar apenas o pontífice como um fenômeno em cenário confortável, o que não é verdade. Mas em breve, a que tudo indica, será. Com uma população de cerca de 49 milhões de pessoas, 10,4% se declara católica, ou seja, 5.442,996 pessoas dizem pertencer a Igreja de Cristo. As noticias são muito animadoras e apontam que mais do que um simples movimento atrás de uma “celebridade da fé”, o povo coreano está se incorporando no corpo místico de Cristo sob a guia de Seu pontífice. Os últimos dados apontam que em 2013 A Igreja Católica na Coreia do Sul cresceu 1,5% em 2013, de acordo com os estatísticos oficiais da Conferência Nacional dos Bispos, superando largamente o crescimento vegetativo da população. Isso incluiu 118.830 catecúmenos, na sua maioria homens adultos (63.285) e 25.589 crianças batizadas. Alem disso, ainda em 2013, foram ordenados 117 sacerdotes, 2,6% a mais do que o ano passado. O número de sacerdotes chegou a 4.901, com 36 bispos, dois Cardeais, 1.564 religiosos regulares e 10.173 freiras. Os fiéis totalizam 5.442.996 e foram atendidas 4.665.194 confissões. Sendo assim, a Coreia do Sul já pode ser considerada como um das maiores histórias de sucesso da evangelização. Principalmente se levarmos em conta que a Igreja está por lá há apenas 230 anos, uma das evangelizações mais tardias da história da Igreja. As imagens e dados da visita do Papa à Coreia não deixam duvidas: Levando cerca de 1 milhão de mil fiéis a ruas, a igreja da Coreia não apenas incha em números de fiéis, mas os incluí verdadeiramente na vida da Igreja, seja nos seus pilares da ação do Espírito Santo (Os sacramentos e o depósito da fé), seja nas tradições que o povo parece querer aprender.

Os mártires coreanos e o poder do testemunho dos leigos

      

  Durante a santa missa do dia 16 de agosto, no icônico Portão de Gwanghwamun, em Seul, o papa Francisco beatificou 124 mártires coreanos. Cerca de 800 mil pessoas estavam presentes na celebração, de acordo com o Vaticano. É um número impressionante por si só, mas fica ainda mais impressionante quando consideramos que os católicos representam apenas 10% dos 50 milhões de habitantes da Coreia do Sul. O que mais me impressionou, no entanto, foi saber de que maneira a fé católica chegou à Coreia: os primeiros missionários do país não eram membros do clero. Eram leigos! Este fato foi mencionado quase entre parênteses durante uma apresentação de TV. Para mim, porém, aquela informação não foi um elemento trivial para preencher o tempo de programação. Foi um verdadeiro chamado a despertar! Até aquele momento, eu achava que a Coreia, assim como a maior parte do resto do Oriente, tinha sido evangelizada por religiosos enviados pelas suas ordens a trabalhar em territórios de missão. Só que fé católica não chegou desse jeito à Coreia. No século XVII, membros da nobreza coreana entraram em contato com o catolicismo durante viagens à China e ao Japão. A fé já tinha criado raízes em ambos aqueles países. Com base no que tinham observado e aprendido sobre o catolicismo em livros escritos em chinês, aqueles nobres coreanos tentaram praticar essa mesma fé recém-descoberta ao retornarem à Coreia. Um deles, Yi Seung-hun, foi batizado em Pequim e voltou para casa em 1784 para fundar uma comunidade cristã. Este é o evento que marca o estabelecimento da Igreja católica na Coreia. Sabemos, pelas centenas de mártires coreanos, que o catolicismo não teve um começo fácil no país. O governo, influenciado pela ideologia do neoconfucionismo, se opôs à fé cristã. A crença católica de que todos os seres humanos possuem dignidade igual era vista como uma ameaça para o sistema hierárquico social. Além disso, era considerado crime ter contato com estrangeiros. Esta lei significava, portanto, que as comunicações entre os católicos coreanos e o vigário apostólico de Pequim eram nada menos que “criminosas”. O resto, como se diz, é história. Estima-se que cerca de 10.000 católicos foram martirizados em uma perseguição que durou mais de 100 anos, até que, em 1895, a liberdade de religião foi reconhecida oficialmente na Coreia. Voltemos à missa papal do início desta semana, com 800 mil pessoas presentes. Consideremos também os mais de 50 mil jovens de 23 países asiáticos que se reuniram no Castelo de Haemi para a missa de encerramento da sexta Jornada Asiática da Juventude. Pensemos nas boas-vindas excepcionalmente calorosas que o papa Francisco recebeu em sua chegada à Coreia do Sul e em cada parada ao longo da visita. Tudo isto foi possível graças a um grupo de coreanos leigos, que, muitos anos atrás, se sentiram curiosos a respeito da fé católica e depois se apaixonaram por ela. O Santo Padre resumiu tudo muito bem na homilia da missa em que beatificou Paulo Yun Ji-chung e seus 123 companheiros mártires: “A vitória dos mártires, seu testemunho do poder do amor de Deus, continua a dar frutos até hoje na Coreia, na Igreja que cresceu a partir do seu sacrifício. A nossa celebração de Paulo e Companheiros nos proporciona a oportunidade de voltar aos primeiros momentos, à infância, por assim dizer, da Igreja na Coreia. Ela convida vocês, católicos da Coreia, a recordar as grandes coisas que Deus operou nesta terra e a valorizar o legado de fé e de caridade que lhes foi confiado pelos seus antepassados”. A história do catolicismo na Coreia é um testemunho do poder que os leigos têm de difundir a fé e de influenciar o mundo ao seu redor. É também exemplo de como os leigos e o clero podem e devem trabalhar em parceria. Yi Seung-hun e seus contemporâneos tinham alternativas: eles podiam ter fundado a sua própria seita, alguma ramificação do catolicismo sem os ensinamentos “problemáticos” que lhes valeriam punição, perseguição e morte nas mãos do governo coreano. Olhem para todas as seitas do cristianismo de hoje, cujos fundadores adotaram alguns aspectos do catolicismo e rejeitaram outros. Os mártires coreanos não: eles arriscaram a vida para trabalhar sob a orientação e em cooperação com a hierarquia católica, para levar a Igreja verdadeira, una, santa, católica e apostólica à sua terra natal. Os acontecimentos que envolveram a visita do papa Francisco à Coreia devem nos inspirar a dar graças a Deus pelos primeiros católicos daquele país, que sacrificaram tudo a fim de garantir que a fé católica se enraizasse por lá. Suas ações também devem nos incitar a fazer algumas perguntas sérias sobre como nós, em nosso estado de vida como clérigos, religiosos ou leigos, estamos trabalhando para levar a plenitude da fé católica aos outros. Se um pequeno grupo de leigos católicos conseguiu reunir 800.000 pessoas para uma missa com o papa, imagine o que 1 bilhão e 200 milhões de católicos podem fazer no mundo inteiro para fortalecer e edificar a Igreja!

Fonte: http://radioagnusdei.com/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

São Pio de Pietrelcina
     (1887-1968)
    Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.

Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotondo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinqüenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.

Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O ADVENTISMO DO 7º DIA É UMA SEITA PERIGOSA?

 
Paz e Bem! 
 Não podemos pensar na origem dos “sabatistas” sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo não é uma seita como, muita gente pensa: “uma denominação igual às outras, com a única diferença de guardar o Sábado”. É uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere as doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.

Origem do Adventismo:

 a) Síntese Histórica:
No princípio do século dezenove houve um despertamento de interesse pela Segunda vinda de Cristo entre os cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia à vinda de Cristo para “purificar o santuário”. Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843, Isto foi em 1818.

b) O fracasso de Miller:

Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais a cristãos de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muito crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de l843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu.. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de l844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro de mesmo ano. Porém essa previsão também falou.

c) O Arrependimento de Miller:

Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século. Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.

O desenvolvimento da seita

O dia depois “da grande desilusão”, Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma “revelação”. Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as “boas-novas”. Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do Sábado e outro dirigido por Hellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito.

a) As revelações de Helen White:

As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.

b) Obras da Sra White:

Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados “inspirados” por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro “o grande conflito” é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares. Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O desejado de Todas as Nações.

c) Os nomes da Seita:

Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Cristã Adventista (1855); Adventistas do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864); Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do sétimo dia ( Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do pacto, etc, porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.

As Doutrinas do Adventismo

Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja Mt 23.15

a) A expiação incompleta:

Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina a expiação incompleta e contínua é uma tergiversação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa “revelação” de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de l844. (Hb 6.19,20;8.1,2; 9.11,12, 23-26; 10.1-14).

b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?

Os adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para azazel) de Levíticos 16.22,26 simboliza Satanás. Todas as nossas iniqüidades serão carregadas pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanás, levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta terra desolada e sem habitantes. Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados. Veja Jo 1.29; Is 53.6; Hb 10.18; J0 19.30; 2 Co 5.21; Rm 8.32.

c) O Sono da Alma:

Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este “sono da alma” é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência” . Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9.5, que diz: “Os mortos não sabem coisa nenhuma”. O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a 10 desse capítulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor, cf. Fp 1.23,24 2 Co 5.1-8). Veja também Lc16.19-31; Lc 23.43. No monte da transfiguração, Moisés não estava “silencioso, inativo e totalmente inconsciente” enquanto falava com Cristo, cf. Mt 17.1-6. Veja ainda Ap 6.9-11. Etc.

Outras crenças errôneas

Normalmente, as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores, ou livros escritos e interpretados por eles. Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de fé e prática. No adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.

a) A aniquilação de Satanás e dos maus:

 Os adventistas ensinam que Satanás seus demônios, e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é “uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia”. Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mt 25.46: Eterno. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno. Veja Também Mc 9.43,44. Em Ap 14.10,11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados “e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos”. Isto não parece com aniquilação. Confira ainda: Ap 19.20; 20.2,7,10,15 etc.

b) A observância obrigatória do Sábado:

Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o Sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a “marca da besta”. A senhora White ensina que a observância do Sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o Sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20.10-13). O próprio Moisés explicou que era uma memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito ( Dt 5.12-15).

c) O Sábado foi abolido: 

A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do Sábado (Os 2.11), que se cumpriu em Jesus(Cl 2.14-17). Por essa razão, o Sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29. O texto de Colossenses 2.16,17 deita por terra todas as teses dos adventistas. Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Gálatas e trata de livrá-los dos enganos dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Faz menção da observância de certos dias como uma parte da escravidão da lei (Gl 4.3-11)./ Cristo é o fim da lei ( Rm 6.14; 10.4).

Conclusão:

O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado. Estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o adventista citará Ap 14.12 e 1 Jo 2.4, para provar que devemos guardar o Sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia 1 Jo 3.23; Jo 6.29; Rm 4.5; Gl 2.16; Jo 13.34,35; 5.10 e Rm 13.8-10; Ap 22.14. Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e guiá-los a um repouso perfeito nele, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.
Fonte: afeexplicada.wordpress.com

POR QUE DOMINGO E NÃO O SÁBADO?

   
Amados irmãos, Paz e Bem!
Devido o número de perguntas a respeito do Domingo ser o Dia do Senhor, resolvi esclarecer falando um pouco sobre esse assunto para que não mais haja dúvidas. Somos confrontados por sabatistas, ou seja, religiões que guardam o sábado como dia sagrado. Estas religiões, especialmente os Adventistas, vêem nos acusando de estarmos santificando um dia espúrio, ou seja, um dia que não é certo, verdadeiro ou legítimo, por influência de uma suposta invenção ou alteração feita pela Igreja Romana ou pelo Imperador Constantino no ano 346 A.D. Essas acusações são infundadas e procurarei mostrar que a observância dominical é Bíblica e sempre foi praticada pelos Cristãos.

Por que não guardamos o Sábado?

1. Não Guardamos o Sábado pois ele fazia parte da Lei e está foi toda cumprida em Cristo. (2 Cor.3:7-14, Ef.2:15, Col.2:16,17.) 2. Não Guardamos o Sábado por que não há ordem alguma no Novo Testamento para que a Igreja o guarde. (Rom.14:5, Gal.4:9-11, Col.2:16,17) 3. O Sábado era símbolo da Antiga Aliança, feita com Israel. O Povo foi infiel à antiga aliança. Deus em Cristo fez uma Nova Aliança com toda a humanidade que substituiu a Antiga. (Ex.31:16, Jer.31:31, Mat.26:28, 2 Cor.3:6, Heb.8:8, 9:15, 12:24)

Por que celebramos o Domingo?

1. Celebramos o Domingo pois foi neste dia que Nosso Senhor Jesus Cristo ressurgiu dentre os mortos.(Mar.16:9, Jo.20:1) 2. O primeiro dia da semana era o dia que o Senhor aparecia aos discípulos. (Lc: 24:13-15, João 20:19,26) 3. No primeiro dia da semana o Espírito Santo desceu maravilhosamente, sobre os discípulos, que se encontravam no cenáculo.(At.2:1-4) 4. No primeiro dia da Semana os crentes se reuniam para o Culto e celebrar a Ceia do Senhor. (At. 20:7, 1Cor.16:2) 5. O Primeiro dia da Semana é Dia do Senhor.(Ap.1:10).

Documentos e Testemunhos Históricos atestam que a Igreja Cristã sempre Celebrou o Domingo antes de 346.

"Didaqué" é uma palavra grega que significa "instrução" ou "doutrina", e a obra era conhecida como "A Instrução dos Doze Apóstolos", – o que lembra muito o que diz o livro de Atos (2,42) sobre "o ensinamento dos Apóstolos" - é um dos documentos mais antigos, da época dos apóstolos datado entre os anos 60 e 70 d.C. Mas a cada DIA do SENHOR? ajuntai-vos e partilhai do pão, e fazei vossas ações de graça após ter confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício possa ser puro. Todavia não deixai ninguém que está em divergência com seu amigo agregar-se a vós, até que eles estejam reconciliados, para que o vosso sacrifício não possa ser profanado? (Didaché 14:1, Padres Ante-Niceianos Vol. 7, pg. 381) · 107 AD Inácio: Não vos enganeis com doutrinas estranhas, nem com velhas fábulas, as quais não trazem nenhum proveito. Pois se nós vivêssemos ainda de acordo com a lei Judaica, nós reconheceríamos que não teríamos recebido a graça...Se, portanto, aqueles que foram trazido da antiga ordem das coisas vieram à possessão de uma nova esperança, não mais observando o Sabbath (Sábado judaico), mas vivendo na observância do Dia do Senhor, na qual também nossa vida brotou novamente por Ele e por intermédio de Sua morte (Que alguns negam), por tal mistério nós recebemos fé, e contanto que soframos a fim de que nós possamos ser achados discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre, como seríamos capazes de viver apartados dele por quem até mesmo os profetas estão procurando como seu Mestre uma vez que estes são seus discípulos no espírito? ...Que todo amigo de Cristo guarde o Dia do Senhor como um festival, um dia de ressurreição, a coroa e chefe de todos os dias da semana. É um absurdo falar de Jesus Cristo com a língua, e fomentar na mente um Judaísmo que tem agora chegado a um fim, pois onde houver Cristianismo não pode haver Judaísmo...Estas coisas eu envio a vós, meus amados, não que eu saiba que algum de vós esteja em tal estado; mas desejo de ante mão vos resguardar, antes que qualquer dentre vós caia nos anzóis de vãs doutrinas, mas para que possais melhor apegai-vos a uma completa certeza em Cristo...(Inácio, Epístola aos Magnesianos, capítulo 9. Padres Ante-Niceianos, Vol. 1, pg.62-63) · 110 AD Plínio: eles tinham o hábito de se reunirem num determinado dia fixo antes que clareasse, quando cantavam hinos diversos a Cristo, como para um Deus, se uniam em um solene juramento de não praticar quaisquer atos iníquos, nunca cometerem qualquer tipo de fraude, roubo ou adultério, nunca em prestar um falso testemunho nem em negar uma responsabilidade quando fossem eles chamados para tal; após o que era costume deles se separarem e então se reunirem novamente para participar de uma boa refeição ! mas comida de tipo frugal e inocente. 150 AD Justino: aqueles que tem perseguido e verdadeiramente perseguem a Cristo, se eles não se arrependerem, não deverão herdar nada no monte santo. Mas os Gentios, os quais têm acreditado Nele, e têm-se arrependido dos pecados que cometeram, receberão a herança junto com os patriarcas, profetas e dos homens justos descendentes de Jacó, mesmo que esses não guardem o Sabbath, nem são circuncidados, nem observem as festas. Com toda certeza eles receberão a santa herança de Deus. (Diálogo com Trifo, o Judeu, 150-165 AD, Padres Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 207) · 190 AD Clemente de Alexandria: Ele cumpre os mandamentos de acordo com o Evangelho e guarda o !Dia do Senhor?, quase sempre ele lança fora maus pensamentos...glorificando a ressurreição do Senhor nele mesmo. (Ibid. Vii.xii.76.4) 200 AD BARDESANES: Onde quer que estejamos, somos todos chamados segundo o nome dos Cristãos de Cristo. Em um dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos em assembléia. · 200 AD Tertuliano: !Nós solenizamos o dia posterior ao Sábado em distinção àqueles que chamam a esse dia seu Sabbath? (Apologia de Tertuliano, Cap. 16) · 200 AD Tertuliano: Segue de acordo que, da mesma maneira que as abolições da circuncisão carnais e da antiga lei são demonstradas como tendo sido consumadas aos seus específicos tempos, assim também a observância do Sabbath é demonstrada ter sido temporária. (Uma Resposta aos Judeus 4:1, Padres ante-niceianos Vol. 3, pág. 155). 220 AD Orígines: !No Domingo nenhuma das ações do mundo deveriam ser feitas. Quando então, abstenhai-vos de todas as obras deste mundo e mantende-vos livres para as coisas espirituais, ide à Igreja, escutai as leituras e as divinas homilias (antigos discursos), meditai nas coisas celestiais. (Homilías Número 4, PG 12:749)?. 220 AD Orígines !Uma vez que não é possível que o dia de descanso após o sabbath deveria vir a existir a partir do sétimo dia de nosso Deus. Pelo contrário, é nosso Salvador quem, após o padrão de seu próprio descanso, nos proporcionou a sermos feitos a similitude de sua morte, e daí também de sua ressurreição? (Comentários em João 2:28).

A Epístola de Barnabás (74 d.C.) um dos documentos mais antigos da igreja, anterior ao Apocalipse

dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabás 15:6-8). São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67). São Jerônimo (†420), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52) Vemos que tanto a Bíblia como a História nos mostram que o Domingo sempre foi o dia que os primitivos cristãos celebravam como o DIA DO SENHOR,e não o Sábado da Lei. Portanto, tendo em mente as razões Bíblicas da importância do Domingo,celebremo-lo com alegria e ação de Graças, para a honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo.


Fonte: Catecismo e documentos

Oração do Santo terço, acender velas virtuais, a Bíblia, pedidos de orações.


 http://www.nsrainha.com.br/capela/?pag=terco

domingo, 7 de setembro de 2014

Introdução ao estudo do Novo Testamento

Paz e Bem!
   
   Amados irmãos, começaremos o nosso estudo Bíblico pelo Novo Testamento. Mas, antes de começarmos é importante compreendermos que os livros do Novo Testamento foram escritos por pessoas diferentes, em épocas diferentes, para situações bem distintas da vida da igreja primitiva. Por isso, vamos buscar ter uma visão geral do Novo Testamento antes de começar a leitura. Tome por favor sua Bíblia e abra-a no início do Novo Testamento. Quer você esteja ou não familiarizado com os diversos livros que o compõem.

O Novo Testamento contém 27 "livros", que são classificados, geralmente, em uma de três categorias: evangelhos, cartas e outros escritos.

Foi Deus que inspirou os autores humanos dos livros sagrados. Por isso, nas sagradas escrituras Deus fala aos homens à maneira dos homens. Para bem interpretar a Bíblia, é preciso estar atento aquilo que realmente os autores humanos quiseram afirmar e àquilo que Deus quis manifestar por meio deles. Não se pode compreender os textos sagrados, sem antes buscar entender as condições da época, a cultura deles, os "gêneros literários" em uso naquele tempo, os modos ou forma de sentir, falar e narrar.

Entenda, meu irmão, que o Espírito Santo é o grande autor Divino dos livros sagrados, Por isso é importantíssimo suplicar o auxilo do Espírito Santo para melhor compreendermos a Bíblia. O próprio Jesus nos falar isso quando disse: "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" (Jo 16, 13). O apóstolo Paulo também deixa claro: "Toda Escritura é Inspirada por Deus, e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para formar na Justiça, A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra". (2 Tm 3,16-17). Então, que o Espírito Santo nos ilumine e nos conduza no caminho da verdade e da fé.


Os Evangelhos

A palavra evangelho é de origem grega e significa literalmente "Bom anúncio" ou a Boa-nova. Essa palavra era usada no mundo grego com o sentido de anunciar as noticias de vitórias do rei. Entres os romanos se chamava evangelho o decreto de anistia e de festa que o Imperador publicava quando nascia um herdeiro do trono, ou quando um César chegava ao poder. As primeiras comunidades cristãs utilizaram esse termo por ter sido usado no Antigo Testamento pelo profeta Isaías para falar do anúncio feliz do Reino de Deus. Os evangelho são escritos que contam a boa noticia da vinda de Jesus entre os homens, sua infância, vida pública, paixão, morte e ressurreição.

Temos quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Dos quatro apenas um é discípulo de Jesus. Os três primeiros evangelhos são geralmente conhecidos como "sinóticos". O termo "sinótico" deriva do grego e significa visão ou olhar de conjunto, ver as coisas da mesma maneira. E esses três evangelhos são muito semelhantes sob vários aspectos. Eles coincidem consideravelmente, contendo muitas afirmações idênticas de Jesus e muitas histórias iguais sobre ele, frequentemente com a mesma redação apontando para uma estrita relação literária.

O Concílio Vaticano II indica três critérios para uma boa interpretação conforme o Espírito que a inspirou: 1. Prestar muita atenção "ao conteúdo e à unidade da Escritura inteira".

2. Ler a Escrituras dentro "da Tradição viva da Igreja inteira". A Sagrada Escritura está escrita mais no coração da igreja do que nos instrumentos materiais.

3. Estar atento "à analogia da fé" ou seja, a coesão das verdades da fé entre se no projeto total da revelação.

O quatro evangelho, atribuído a João, é bem diferente dos sinóticos. Este evangelho contém muito poucas das afirmações e histórias que encontramos nos sinóticos. De fato ele nos oferece uma imagem bem diferente de Jesus. João parece transfigurar a pessoa de Jesus de uma forma mais intensa, espiritualizando e enfocando a sua grande intimidade com o mestre. Não foi atoa, que Jesus confiou a sua Mãe aos cuidados de João. (Jo 19, 26). João compõe o seu evangelho, seja em Antioquia, seja em Éfeso, nos últimos anos do primeiro século, mais de trinta anos após a redação dos três primeiros. O evangelho de João não foi escrito para o povo pagão, mas para os cristão, que têm ouvido já numerosas objeções, e lutando para entender a fé contra doutrinas estranhas.

Já evangelho de Mateus, ocupa o primeiro lugar por ser o mais completo e bem catequético entre os demais. Ele escreve na Palestina para leitores Judeus; seu texto se particulariza pela abundância de citações do Antigo Testamento.

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiro incumbido dessa missão era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem. No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.

Marcos era hebreu de origem, da tribo de Levi, foi um dos primeiros discípulos de São Pedro, que na festa de Pentecostes receberam o santo Batismo das mãos do Apóstolo, razão talvez, de São Pedro em sua primeira epístola o chamar “seu filho”. (I. Pedro, 5, 13). tem a preocupação de apresentar a pessoa de Jesus aos Judeus e aos pagãos como o verdadeiro messias demonstrando os milagres e a missão de Jesus. Marcos, em apenas dezesseis capítulos de seu pequeno livro parece não terminar-lo, é como ele quisesse que o seu evangelho desse continuidade na vida do leitor. Os pagãos maltratavam-no de um modo tal que morreu no meio das crueldades. As últimas palavras que proferiu foram: “Em vossas mãos encomendo o meu espírito”.

Os pagãos quiseram incinerar-lhe o corpo. Uma fortíssima tempestade, que sobreveio, frustrou-lhes os planos e forneceu aos cristãos, ocasião de tirar o corpo e dar lhe honesta sepultura, numa rocha em Bucoles.


Em 815 foram as relíquias de São Marcos transportadas para Veneza, onde ainda se acham. O leão é o símbolo deste evangelista, que inicia seu Evangelho com estas palavras: “Voz daquele que clama no deserto: Preparai os caminhos do Senhor”. Marcos é mencionado pela primeira vez na Bíblia depois que o Rei Herodes Agripa prendeu o apóstolo Pedro. Certa noite, um anjo libertou Pedro, que imediatamente foi para a casa de Maria, mãe de Marcos, que morava em Jerusalém. A libertação de Pedro da prisão ocorreu uns dez anos após a morte de Jesus na Páscoa de 33 d.C. (Atos 12,1-5; 11-17).
O evangelista Lucas foi um médico grego que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga. Companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos Apóstolos. Isso é afirmado na Igreja desde o século II. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4.14 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. O que sabemos é que Lucas foi um sírio de Antioquia, sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Embora não conhecesse fisicamente Jesus, Lucas é um discípulo interessando em mostrar a obra e a pessoa de Jesus, de quem se tornou fã e seguidor entusiasta. Seu livro é fruto de uma constante e incansável pesquisa, na qual ele deixa claro em seu evangelho: (Lc 1, 3-4). Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade.

Para realmente compreendermos os textos Bíblicos, é necessário entendermos a situação cultural, religiosa e política da época em que esses textos foram inscritos. 

O mundo judaico do primeiro século era dividido em dois: havia judeus que habitavam na palestina e havia muitos outros espalhados pelas terras estrangeras Eram o da diáspora (dispersão) Uns 600.000 judeus viviam na palestina. Na Judéia mantinham as tradições e identidade de Israel

Continuarei logo mais ...

Uma Breve Análise Sobre os Deuterocanônicos do AT


Paz e bem!

Os protestantes através de livros, folhetos e sítios na Internet, procuram defender sua posição contra os livros deuterocanônicos do AT, afirmando que estes livros contêm heresias. Segundo eles, (que eles chamam de apócrifos) não são livros canônicos porque ensinam as seguintes heresias:
1. perdão do pecado mediante esmolas: Dizem que Tobias 12,9; 4,10; Eclesiástico 3,33 e 2 Macabeus 43-47 ensinam que as esmolas apagam os pecados, negando então a redenção do sacrifício de Cristo e por isso não podem ser considerados canônicos. Primeiro estas referências são do AT, portanto não podem ter qualquer relação com o sacrifício de Cristo. Segundo, elas estão em plena conformidade com o AT, que ensina que o bem feito ao próximo será considerado em nosso julgamento. Este é o princípio das esmolas. E esta mesma doutrina se encontra em Prov 10, 12, por exemplo. Será que o Livro dos Provérbios não é canônico também? Em terceiro lugar, esta mesma doutrina é confirmada no NT, basta verificar Mc 9,41; Lc 11,41. Jesus confirma até mesmo o valor da esmola juntamente com outras formas de piedade (cf. Mt 6,2-18), veja também 1 Pd 4,8; At 10,3-4; 10,31.
2. a vingança e a prática do ódio contra os inimigos: Dizem que isto está em Eclo 12,6 e Judite 9,4 e contradiz ferozmente Mt 5,44-48. Mais uma vez Eclo diz respeito ao AT, onde valia a lei do retalião. Se o Livro do Eclesiástico não é canônico por esta razão, também não são Êxodo, Deuteronômio e Levítico, veja Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,19-21.
3. prática do suicídio: Dizem que o ensino sobre a prática do suicido está em 2 Macabeus 14,41-42. Entretanto em Jz 16,28.30 Sansão se suicida e sua morte é tida como grandiosa pelo autor do Livro de Juízes. A Bíblia possui diversos casos de suicídio - principalmente entre guerreiros -basta ver: Jz 9,54; 16,28-29; 1Sm 31,4-5; 2Sm 17,23; 1Rs 16,18.
4. ensino de artes mágicas: Dizem que Tobias 6,8-9 favorece a prática de artes mágicas. Ora, em Tobias 8,3 vemos que não é Tobias quem expulsa o demônio, mas sim o Anjo Rafael. O interesse era ocultar a ação do Anjo para Tobias. Em Jo 9,6 vemos que Jesus reconstituiu os olhos de um cego com saliva e logo em Tg 5,14 há instruções para usar óleo na cura de enfermos; será que por isso estes livros também deixaram de ser canônicos?
5. prática da mentira: Dizem que Judite 11,13-17 e Tob 5,15-19 favorecem a prática de mentiras. Abrão disse ao rei Abimelec que Sara era sua irmã, e na verdade era sua esposa (Gn 20,2). Jacó, auxiliado pela mãe, mente ao pai cego, dizendo que era o filho mais velho e no entanto era o mais novo (cf. Gn 27,19), além de também enganar o sogro (cf. Gn 31,20). Será que o livro de Gênesis também não é canônico?
6. erros históricos e cronológicos: Dizem ainda que os livros de Baruc e Judite são cheios de contradições em relação aos protocanônicos do AT. Devemos nos lembrar que a Sagrada Escritura não é um livro histórico ou geográfico, nela Deus através das limitações humanas comunicou seus desígnios. Veja que II Reis 8,26 se contradiz com II Cro 22,2; II Reis 23,8 também se contradiz com I Cro 11,11. Isto também faz deles livros não canônicos?
Há citações dos deuterocanônicos do AT no NT?
Um grande motivo de disputa entre católicos e protestantes em relação ao Cânon Bíblico diz respeito a um conjunto de sete livros disponíveis na Septuaginta, além de acréscimos nos Livros de Daniel e Ester; e que se encontram no AT católico e ortodoxo e não no protestante. Estes livros são considerados apócrifos pelas confissões protestantes e deuterocanônicos pelas confissões católica e ortodoxa. São eles: Judite, Baruc, Sabedoria de Sirac, Eclesiástico, 1o. Macabeus, 2o. Macabeus e Tobias.
As confissões protestantes acreditam que este conjunto de livros apresenta erros doutrinários e até mesmo heresias; por isso seriam contrários à Fé Cristã. Porém, o fato do NT possuir tantas referências à versão da Septuaginta, que continha esses livros, pode ser um indício de que nem os judeus de Alexandria, nem os da Palestina, nem Jesus e nem os Apóstolos, tiveram qualquer restrição a esses livros, ou então por que usariam uma versão bíblica que continham livros heréticos?
Há ainda objeções que afirmam que nem Jesus e os Apóstolos citaram os deuterocanônicos. Ora, se este fosse um critério verdadeiro para determinar a conformidade de um livro com a Fé Cristã, estariam em não conformidade pelo menos os livros Juizes, Crônicas, Ester, Cântico dos Cânticos, que também não são citados por eles. Entretanto, não é verdade que falta no NT referências aos deuterocanônicos do AT.
Por exemplo, em Hebreus 11, somos animados a imitar os heróis do AT, “as mulheres [que] receberam a seus mortos pela ressurreição. Alguns foram torturados, recusando aceitar ser libertados, para poder levantar-se novamente a uma vida melhor” (Hb 11,35). Nos protocanônicos do AT (que corresponderia ao AT Protestante), encontramos vários exemplos de mulheres recebendo a seus mortos mediante ressurreição. Encontraremos Elias ressuscitando o filho da viúva de Sarepta em 1 Reis 17, encontraremos seu sucessor Eliseu ressuscitando o filho da mulher sunamita em 2 Reis 4. Mas jamais encontraremos (desde Gênesis até Malaquias) algum exemplo de alguém sendo torturado e recusando aceitar ser liberto, por causa de uma melhor ressurreição. A história, cuja referência é feita em Hebreus, se encontra em um dos livros deuterocanônicos, a saber, em 2 Macabeus. Vejamos:
 [durante a perseguição dos Macabeus] Também foram detidos sete irmãos, junto com sua mãe. O rei, flagelando-os com açoites e feixes de couro de boi, tratou de obrigá-los a comer carne de porco, proibida pela Lei. [...] Os outros irmãos e a mãe se animavam mutuamente a morrer com generosidade, dizendo: ‘o Senhor Deus está nos vendo e tem compaixão de nós...’ Uma vez que o primeiro morreu [...] levaram o suplicio ao segundo [...] também ele sofreu a mesma tortura que o primeiro. E quando estava por dar o último suspiro, disse: ‘Tu, malvado, nos privas da vida presente, mas o Rei do universo nos ressuscitará a uma vida eterna, se morrermos por fidelidade às suas leis’” (2 Mac 7,1.5-9)
Um após outro os filhos morrem, proclamando que serão recuperados na ressurreição. Vejamos ainda:
Incomparavelmente admirável e digna da mais gloriosa lembrança foi aquela mãe que, vendo morrer a seus sete filhos em um só dia, suportou tudo valorosamente, graças à esperança que tinha posto no Senhor. Exortava a cada um deles, [dizendo] ‘Eu não sei como vocês apareceram em minhas entranhas; não fui eu que lhes dei o espírito e a vida nem fui eu que ordenou harmoniosamente os membros de seu corpo. Por conseguinte, é o Criador do universo, o que formou o homem em seu nascimento e determinou a origem de todas as coisas, quem lhes devolverá misericordiosamente o espírito e a vida, já que vocês se esquecem agora de si mesmos por amor à suas leis’, dizendo ao último: ‘Não temas a este verdugo: mostra-te digno de seus irmãos e aceita a morte, para que eu volte a encontrá-lo com eles no tempo da misericórdia’” (2 Mac 7,20-23.29).
Perceba o leitor que em Hb 11,35, o escritor sagrado, ao ensinar um artigo de Fé refere-se a um exemplo de testemunho, que se encontra somente em um dos livros deuterocanônicos. Ora, se por isto o livro dos Macabeus contivesse alguma doutrina estranha à fé, com toda certeza o autor da Carta aos Hebreus, evitaria mencioná-lo em sua pregação.
Esta informação possui mais um detalhe muito importante: a Carta aos Hebreus foi escrita para os judeus da Palestina, demonstrando mais uma vez que a versão da Septuaginta foi também aceita por eles; caso contrário, não faria sentido o escritor sagrado fazer referência a uma história que não era conhecida por seus destinatários.
Também é importante saber que em alguns dos livros deuterocanônicos do AT, há revelações divinas confirmadas no NT. Por exemplo:
Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor. Mas porque eras agradável ao Senhor, foi preciso que a tentação te provasse. Agora o Senhor enviou-me para curar-te e livrar do demônio Sara, mulher de teu filho. Eu sou o anjo Rafael, um dos sete que assistimos na presença do Senhor” (Tobias 12,12-15) (grifos meus).
Em nenhum lugar nos livros protocanônicos do AT, há alguma revelação dos 7 anjos que assistem na presença do Senhor e que Lhe entregam as orações dos justos. Esta revelação é confirmada no livro do Apocalipse:
Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram-lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está adiante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus. Depois disso, o anjo tomou o turíbulo, encheu-o de brasas do altar e lançou-o por terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos” (Ap 8,2-5) (grifos meus).
Um outro caso intressante está no livro da Sabedoria:
Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor! Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar. Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes. Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nossos caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai. Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte, porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência. Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir” (Sabedoria 2,13-21).
A profecia acima se refere ao escárnio promovido pelo Sinédrio contra o Senhor Jesus. Veja o testemunho do NT sobre o seu cumprimento:
A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus! [...] Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. [...] Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!” (Lc 23,35.37.39).
Mas Jesus se calava e nada respondia. O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito? [...] Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: Adivinha! Os servos igualmente davam-lhe bofetadas” (Mc 14,61.65)
Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado. [...] Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo. Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar” (Mc 15,15.19-20).
salva-te a ti mesmo! Desce da cruz! Desta maneira, escarneciam dele também os sumos sacerdotes e os escribas, dizendo uns para os outros: Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar! Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos! Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam” (Mc 15,30-31).
É importante dizer que nos protocanônicos do AT, há registro de coisas muito reprováveis, como as filhas de Lot engravidaram dele, depois de o embebedar (Gn 19,30-36). O Rei Saul consultou uma espírita (I Reis 28,8), Abraão arrumou um filho fora de seu casamento (Gn 16), e o Patriarca Jacó vários (Gn 30,4-5.7.9-10.12). Davi planejou a morte de um de seus soldados para ficar com sua esposa (cf. 2 Sm 11). Alguém poderia dizer ainda que o Livro de Gênesis promove a poligamia (cf. Gn 29,28-30) e todos os cristãos sobre a terra ainda o consideram canônico apesar disso. Portanto, se não é o juízo subjetivo e pessoal que coloca ou retira livros no Cânon Bíblico, o que é? Qual foi o juízo adotado pelos primeiros cristãos para receber ou não um livro como canônico?
O critério deles foi o mesmo dos cristãos que viveram na era apostólica quando aceitaram que a Lei de Moisés não era necessária para alcançar a Justiça (cf. At 15): o discernimento da Única e Verdadeira Igreja de Cristo.
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