segunda-feira, 27 de junho de 2011

Homossexualismo e Igreja

    Desde os primórdios da humanidade, as sociedades convivem com os mais variados tipos de comportamentos sexuais. No primeiro livro da Bíblia, Gêneses, podemos ver que Deus formou o homem e a mulher para viverem em comunhão íntima, tornado-se “uma só carne”. Deus criou homem e mulher; assim relata a Bíblia. Atualmente há uma forte tensão entre o mundo homossexual e a Igreja por conta da doutrina da Igreja católica, que basicamente condena as relações homossexuais e o casamento gay. ( não só a Igreja católica mas, todas as igrejas cristãs).
  O papa João Paulo II lançou em 1992 o Catecismo da Igreja Católica, um compêndio doutrinário com ampla divulgação. Segundo o Catecismo, a tradição cristã tem como base a Sagrada Escritura que considera os atos de homossexualidade graves depravações.
  Na Sagradas Escrituras encontra-se a declaração de Paulo Apóstolo nas seguintes palavras:
"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." Romanos 1:26-27

  Tais atos são“intrinsecamente desordenados”, contrários à lei natural e em nenhum caso podem ser aprovados. As pessoas homossexuais, portanto, são chamadas a viver a abstinência sexual.
   A Igreja não condena o homossexualismo mas, sim a sua prática que é contrária ao evangelho de Cristo e a lei de Deus. Sabemos que por causa da posição da Igreja, vários militantes gays têm acusado a Igreja de minar a sua auto-estima, impondo um enorme sofrimento psíquico a milhões de homossexuais, além de estimular o ódio social contra eles. Que isso não é verdade. Só no Brasil, argumentam, um homossexual é assassinado a cada dois dias por pessoas homofóbicas.
  Nós sabemos que a própria Igreja condena qualquer ato de violência ou homofóbia. E queremos deixar claro que é preferivel obdecer a Deus do que aos homens. 
   Deus por meio de sua infinita misericórdia convida a todos à conversão!

Parada Gay usa imagens de santos e cria polêmica

A 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reuniu pelo menos 4 milhões de pessoas, segundo os organizadores, na Avenida Paulista. E causou polêmica usando santos em uma campanha pelo uso de preservativos.
Em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista, apareciam seminus ao lado das mensagens: "Nem Santo Te Protege" e "Use Camisinha". "Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião", diz o presidente da Parada, Ideraldo Beltrame.
Ao eleger como tema "Amai-vos Uns Aos Outros", a organização uniu a vontade de conclamar seguidores com a de responder a grupos religiosos - que vêm atacando sistematicamente o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Na Marcha para Jesus, na quinta-feira, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em favor da união estável homoafetiva foi ferozmente atacada.
Mas nesse ponto nem as opiniões de evangélicos dissidentes, que fundaram igrejas inclusivas e acompanham a Parada, convergem. "Não tinha necessidade de usar pessoas peladas para representar santos. Faz a campanha, mas não envolve as coisas de Deus", acha a pastora lésbica Andréa Gomes, de 36 anos, da Igreja Apostólica Nova Geração. "A campanha foi mais de encontro aos ditames da Igreja Católica. Nós não temos santos", diz o pastor José Alves, da Comunidade Cristã Nova Esperança.
Igreja
O cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, classificou como "infeliz, debochada e desrespeitosa" a colocação de cartazes com imagens de santos católicos em postes da Avenida Paulista. Para o cardeal-arcebispo, o "uso instrumentalizado" das imagens por parte da organização do evento "ofende o sentimento da Igreja Católica".

"A associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito", disse d. Odilo. "Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar."

Para o cardeal, a organização da Parada Gay pregou os cartazes "provavelmente" para atingir a Igreja Católica. "Porque a Igreja tem manifestado sua convicção sobre essa questão e a defende publicamente."
O cardeal também voltou a manifestar posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, "Amai-vos uns aos outros" (parte de versículo do Evangelho de São João). "Jesus recomenda ?Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei?. O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Eucaristia é antídoto contra individualismo

CIDADE DO VATICANO, domingo, 26 de junho de 2011 - Sem a Eucaristia, a Igreja não existiria, sublinhou hoje o Papa Bento XVI, ao introduzir a oração do Ângelus com os peregrinos presentes na Praça de São Pedro.
O Santo Padre recordou que, ainda que o Vaticano tenha celebrado o Corpus Christi na última quinta-feira, mantendo a tradição secular, esta festa é celebrada hoje em muitos países – entre eles a própria Itália –, por motivos pastorais.
Por isso, ele quis voltar a falar sobre o significado desta “festa da Eucaristia”, a qual “constitui o tesouro mais precioso da Igreja”.
“A Eucaristia é como o coração pulsante que dá vida a todo o corpo místico da Igreja: um organismo social baseado inteiramente no vínculo espiritual, mas concreto, com Cristo”, afirmou, insistindo em que, “sem a Eucaristia, a Igreja simplesmente não existiria”.
“A Eucaristia é, de fato, o que torna uma comunidade humana um mistério de comunhão, capaz de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus.”
“O Espírito Santo transforma o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo; também transforma todos os que o recebem com fé em membros do Corpo de Cristo, para que a Igreja seja verdadeiramente um sacramento de unidade dos homens com Deus e entre eles”, acrescentou.
O Papa afirmou aos presentes que, “em uma cultura cada vez mais individualista, como aquela em que estamos imersos nas sociedades ocidentais, e que tende a se espalhar por todo o mundo, a Eucaristia é uma espécie de ‘antídoto’".
O vazio produzido pela falsa liberdade pode ser muito perigoso, disse, e, diante disso, “a comunhão com o Corpo de Cristo é o remédio da inteligência e da vontade, para redescobrir o gosto da verdade e do bem comum”.
A Eucaristia “age nas mentes e nos corações dos crentes e que semeia de forma contínua neles a lógica da comunhão, do serviço, da partilha, em suma, a lógica do Evangelho”.
O novo estilo de vida que as primeiras comunidades já mostravam, vivendo em fraternidade e partilhando seus bens, para que ninguém fosse indigente, brotava “da Eucaristia, isto é, de Cristo ressuscitado, realmente presente entre os seus discípulos e operante com a força do Espírito Santo”.
“Também as gerações seguintes, através dos séculos, a Igreja, apesar dos seus limites e erros humanos, continuou sendo no mundo uma força de comunhão”, acrescentou.

sábado, 25 de junho de 2011

Jovem: É preciso reconhecer-se

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos
Ao ouvir essa frase do digníssimo Beato João Paulo II, me veio a reflexão: O que será do homem se ele não reconhecer o desejo inscrito em seu coração de ser totalmente de Deus?
Nossas vidas somente terão sentido autêntico quando nos permitimos guiar por aquele que é o "Caminho, a verdade e a vida". Nada poderá satisfazer plenamente o coração, pois a autenticidade de vida é uma busca própria da juventude, desejosa da sua realização pessoal. E nessa procura, nós jovens achamos que a nossa identidade pode ser traduzida pela roupa que vestimos, ou pelas músicas que escutamos, pelos programas que assistimos ou pelos padrões de comportamento da minha tribo.
Assim, acabamos nos perdendo, pois por mais cativante que seja essa tendência ou ideologia que seguimos, fatalmente um dia ela acabará. Acabará porque ela é um produto do homem, e tudo aquilo que é obra de nossas mãos está fadado a ter um fim. Entretanto, 'a vivência da pureza de coração não é simplesmente um produto do homem, mas sim vontade de Deus': "Bem Aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt. 5, 8). Na ocasião em que Nosso Senhor dirigiu essas palavras, havia uma multidão reunida em torno dele, no momento conhecido por todos nós como Sermão da Montanha.
Neste momento, Jesus apresenta um dos requisitos necessários para nossa felicidade: Sermos Puros de Coração. E naquela multidão havia inevitavelmente Jovens, que ali estavam representando todos nós.
É importante sabermos que a pureza de coração é conquistada através de muita luta, travada contra o nosso maior inimigo. E você sabe quem é o seu maior inimigo? Você mesmo. Eu sou meu maior inimigo, e você é seu maior inimigo. "É do coração que procedem más intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações" (Mt. 15, 19). É muito fácil colocar a culpa das nossas falhas no Encardido ou no "mundo", mas a realidade é que dos nossos corações é que surgem os pecados que cometemos. Por maior influência que o mal possa ter, a decisão de cometer ou não o pecado, é pessoal.
Lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas: Essa é a missão daqueles que escolheram lutar pela pureza de coração. Uma luta que exige a vivência da castidade, pois é nela que aprendemos a disciplinar os apetites e os desejos para o amor, e não simplesmente para satisfação sexual; A pureza de intenção, que é buscar realizar a vontade de Deus em todas as circunstâncias; A pureza do olhar, tanto o interior quanto o exterior, que é assumir o controle sobre os impulsos da imaginação e dos sentimentos, procurando eliminar todas as ordens de pensamentos impuros e afastar-se das imagens igualmente impuras; A oração constante e a Prática do pudor, que é a preservação da intimidade, consistindo na recusa de revelar o que deve ficar escondido, contrariando toda a mentalidade erotizada que enfrentamos diariamente.
Por fim, Gostaria de apresentar um Testemunho de quem viveu e venceu a luta pela pureza de coração:
"Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da riqueza - não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa com suas concupiscências; mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente". ( 1ª Carta de São João 2, 15-17)

A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o Amor de Maria esteja com todos vocês meu irmãos!
Diego Martins Vicente da Silva
diego_martins_silva@hotmail.com
16/06/2011 - Magé⁄RJ

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Corpus Christi

  A Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.
    A solenidade do Corpo de Deus remonta o século XII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal.
A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido ao ano de 1247, na Diocese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas e, a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.
   O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano IV), ou seja, ele próprio viria a estender a solenidade a toda a Igreja Universal. O fator, que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século VIII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvietro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.
No Brasil, a festa foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Reflexões;
  Os católicos tem plena convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente, de dia e de noite, em todos os Sacrários do mundo inteiro. Contudo, nos parece que esta certeza já não reside com tanta intensidade no coração do homem moderno. O maior Tesouro que existe sobre a terra, "que possui o valor do próprio Deus", a Eucaristia, Cristo a deixou para os homens .... de graça! Se mesmo na condição de pecadores, assombramo-nos com o descaso a tão valioso Sacramento, impossível assimilar o sentimento de Deus ante a indiferença dos homens com a Eucaristia.
  Ao contrário do que se imagina, a Igreja está mais preocupada em pregar e difundir a Sã Doutrina, do que com o número de ovelhas em seu aprisco. A Igreja não trabalha baseada em dados estatísticos, mas com a difusão do Evangelho. Nesse sentido, lembremos que houve debandada geral da turba quando Jesus revelou publicamente: "Minha carne é verdadeiramente comida e meu Sangue, verdadeiramente bebida". Ao ouvir isto, o povo escandalizado deu as costas à Jesus; todos evadiram-se, restando apenas doze. Jesus não deu maiores explicações, nem correu atrás da multidão desolada, pelo contrário, simplesmente perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?". No que São Pedro respondeu: "A quem iríamos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna" (Cf. Jo 6, 52 - 68). Portanto, é absolutamente claro que: "Jesus não depende das multidões, as multidões é que dependem d'Ele", assim como "A Igreja de Cristo não depende dos fiéis, os fiéis é que dependem dela para chegarem a Cristo" (Livro Oriente)
Ao aproximarmo-nos do Santo Sacrário, tenhamos a confiança de dizer "Meu Senhor e meu Deus", certos de que Ele está ali, Vivo, Real e Verdadeiro a ouvir nossas preces e a contemplar nossa fé. E esta fé, é uma formidável bem-aventurança que recebemos de Jesus, por intermédio das dúvidas levantadas por São Tomé, a quem o Mestre disse: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 21, 29)
Fonte: www.paginaoriente.com
Origem de Corpus Christi   A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV , para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
Dois acontecimentos ajudaram o papa a tomar a decisão de instituir esta festa:
A visão de Santa Juliana de Cornillon
   Monja agostiniana de Liège na Bélgica, na qual Jesus pedia uma festa para de um modo mais forte testemunhar o significado da Eucaristia para a vida do cristão. Aos 38 anos confidenciou este segredo ao cônego Tiago Pantaleão de Troyes, que mais tarde seria eleito papa com o nome de Urbano IV (1261- 64). A "Fête Dieu" (Festa de Deus), como inicialmente foi chamada a Festa de Corpus Christi, começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230.
    A procissão eucarística acontecia somente dentro da igreja, com a finalidade de proclamar gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, realiza-se a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana. Depois, tornou-se festa litúrgica a ser celebrada na Bélgica.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cruzadinha Biblica

Graças te dou, Senhor Meu Deus, por eu estar aqui, em tua presença te louvar e adorar.
Pois na criação, obra prefeita de tuas mãos, posso ver-te. Vejo-te em cada amanhecer, no despertar das flores, no cantar dos pássaros em seus ninhos, no germinar da semente que rasgar o solo para brotar a fortaleza da vida, no sorriso da crianças que com confiaça se lança nos braços seguro do pai, na água castra e pura que da fonte jorra para nossa sede saciar.
  Dou-te graças por tua santa presença, que contantemente se manifestar em tudo que existe; dá-me a graça de sempre te perceber e poder saborear a tua doce presença.
  Dá-me fé, coragem, sabedoria para fazer com que outros irmãos também possam te encontrar.
Ilumina meu caminho na tua estrada e guia meu coração na constância do teu amor, tornando-o sempre sensivel aos teus apelos principalmente em nossos irmãos que sofrem. Amém!  

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Preencha as palavras cruzadas
1. Maior Livro da Bíblia
2. Evangelho do Boi
3. Primeiro Livro da Bíblia
4. Evangelho do leão
5. Evangelho do anjo
6. Segunda Lei (livro)
7. Narram os principais eventos da vida de Jesus e seus ensinamentos
8. Cinco Primeiros Livros da Bíblia
9. Escritos de sabedoria como Cântico dos Cânticos e Provérbios
10. Último Livro da Bíblia
11. Divide capítulos em unidades menores
12. Sirácida
13. Coelet
14. Último Livro do Antigo Testamento
15. Paralipômenos
16. Evangelho da águia

segunda-feira, 13 de junho de 2011

SACRAMENTOS ENCONTROS MARCADOS

APRESENTAÇÃO
   O assunto que abordarei a seguir, não é um tratado sobre os sacramentos, mas um conjunto de informações importantes e necessárias, descritas de maneira clara e simples, com vista a dar-lhe uma melhor compreensão a cerca do assunto.
    Espero que, o presente estudo possa servir para trazer-lhe um bom conhecimento da matéria, reavivar sua fé levando-o a um despertar consciente e amadurecido do seu papel como cristão engajado ou não dentro da igreja. E assim, assumir o compromisso no serviço de conduzir o povo de Deus ao amor e a pratica da palavra de Cristo, bem como, ardente caridade para com o próximo.



                                                                                         Jean Carlos


II – INTRODUÇÃO
Sacramentos Encontros Marcados
 
     Deus nos criou homem e mulher para sermos felizes. Pensando nisto, amorosamente, traçou um plano onde a felicidade estivesse presente em nossas vidas, e cuidadosamente a planejou nas grandes linhas e nos pequenos detalhes.
    Nós, porém pelo pecado, desviamo-nos desse plano de amor e nos afastamos de sua presença. “O homem, tentado pelo Diabo, deixou morrer em seu coração a confiança em seu Criador e, abusando da sua liberdade, desobedeceu ao mandamento de Deus. Foi nisto que consistiu o primeiro pecado do homem”. (CIC; 112) O Criador, portanto, conhecendo a fragilidade humana após a queda, quis usar de misericórdia, trazendo assim o homem à união com Ele; pois sendo a sua imagem e semelhança, (Gen.1,27)- “o criou à sua semelhança: criou-o homem e mulher”; no seu amor infinito desejou que o homem voltasse à sua companhia, pois sabia que se não o amparasse, não o tomasse no colo como uma mãe faz com seu filhinho, este se perderia de vez. É com este desejo de reconciliação, que Deus enviou seu filho unigênito, (Jo .3, 16-17) Jesus,que se fez semelhante a nós, com exceção do pecado, pois nos doou a própria vida, sofrendo em sua humanidade as mais duras humilhações, os dolorosos suplícios da flagelação, o martírio da crucificação; e com a sua morte, resgatou-nos a vida, garantiu-nos a salvação, fêz-nos continuadores do seu plano de amor.
      Todavia, sabia Jesus que não poderia ficar mais humanamente conosco, que tinha vindo do Pai e ao pai voltaria (Jo. 16 28) e na sua sabedoria pensou em ter encontros conosco, encontros em que Ele continuasse presente durante toda a nossa vida, principalmente nos momentos mais difíceis e significativos tornando-se Sacramento; sinal de encontro marcados com Ele. Quando zelo, quando amor, Jesus demonstro ter conosco! Pois por mais que pudéssemos pedir de seu amor, certamente nunca teríamos pensado em ter tais encontros com Ele. E é dos sacramentos que nos ocuparemos, que falarei adiante para termos uma idéia correta sobre eles. E aos poucos iremos constatando como você é realmente muito importante! Você é a obra suprema do amor de Deus. 

III – SACRAMENTOS – ENCONTROS MARCADOS
III. 1 – O que é sacramento?
 
    Para entendermos os sacramentos, é necessário aprendermos o que é sacramento; o que significa tal palavra e qual origem da mesma.
      Antes de tudo procuremos entender a diferença e a semelhança entre mistério e sacramento, porque mais adiante, isso nos ajudará a entender muita coisa.
      Parece que estas palavras significam ou querem nos dizer a mesma coisa. E de alguma forma se confundem. Como já outrora declarou o “Catecismo do Concilio de Trento”, sacramento foi palavra usada pelos padres latinos, - daí vem a sua origem: o latim: “sacramentum”-para exprimir coisas sagradas e restritamente ocultas, - enquanto entre os padres gregos a mesma realidade se designava por mistério, em grego: “mysterium”. 
      Mas nestas duas palavras como já falamos, existem uma diferença e uma semelhança que convém esclarece-las.

Os Mistérios
 A palavra “mistério” usada pelo apóstolo Paulo em suas epístolas, indica o plano de Deus, em si oculto, mas que Deus revela e participa àquele a quem dar a graça “! “E a todos manifesta o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade em Deus que tudo criou”(Efe.3,9).
Mas, o que é mistério? 
Poderíamos dizer que mistérios são realidades invisíveis impenetráveis, que coloca Deus em relação com o homem, quando Ele se revela, sempre em ordem ao plano salvífico. O próprio Deus que se revela é mistério. Pois toda vez que Deus entra em contato com o homem, Ele faz sempre em ordem ao seu plano salvífico, e é justamente ai que surge o mistério.
Ora, Deus não vem ao homem para brincar, Ele sempre vem se revelando à sua criatura predileta em ordem do plano de salvação.
A Santíssima Trindade é mistério, enquanto Deus entra em relação, ou seja, em contato com os homens, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo; se Deus não tivesse se revelado não seria para nós Mistério, pois ninguém iria ficar sabendo. Não é mistério no sentido de adivinhação, de coisa misteriosa, mas no sentido de um amor tão grande que não podemos atingir totalmente. Os mistérios (modos impenetráveis, invisíveis de Deus se comunicar com os homens e dos homens se unirem a Deus) são numerosíssimos. Sua lista e quase infinita.
Mas se os sacramentos são mistérios, entretanto nem todos os mistérios são restritamente sacramentos.
- Os mistérios convidam-nos à fé em Deus;
- Os sacramentos conferem-nos a graça de Deus.
Agora creio que deu para você entender melhor e entenderá mais ainda quando entramos no sentido dos sacramentos.

O que é sacramento?

   É sempre um encontro marcado com Cristo através de um sinal. Cristo invisível após a sua ascensão, torna-se visível por meio de um sinal-sacramento.
   Especifico do Sacramento é que seja um sinal sensível e significativo da realidade invisível da comunicação com Deus. O sacramento é sempre algo palpável, visível, externo. Então eles são sinais, canais pelos quais Deus nos comunica a sua graça ou vida divina.
    Assim, portanto os sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, penitência, matrimônio, unção dos enfermos e o sacramento da ordem. Todos são sinais sensíveis, concretos, da realidade invisível e mistérica da união dos homens a Deus.
- Os mistérios - a vida de Deus, a graça, a trindade, não são em si sinais visíveis e palpáveis da comunicação com Deu. E, quando se tornam visíveis e palpáveis com a encarnação e a redenção, podem dizer-se  também sacramentos.
Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo.3,16). Quando Deus quis tornar-se presente neste mundo, para reconstruir seu plano, Ele tornou-se um sinal, sinalizou sua presença, tornou-se visível através da encarnação.
Deu para você entender que sacramento é sempre um sinal? Eis como Santo Agostinho explica o que é um sinal: o sinal é qualquer coisa que, para além do objeto que ele nos apresenta aos sentidos, faz-nos pensar numa outra realidade diferente dela mesma.
Assim, quando encontramos passos marcados no chão, concluímos que alguém ali passou e por ali deixou suas pegadas.
É isto o sacramento. Completa o Santo Doutor: o sacramento é o sinal de uma coisa sagrada, ou por outras palavras, um sacramento é um sinal sensível de uma graça invisível, instituído para nossa salvação. Etimologicamente sacramento é um termo composto de duas palavras: “sacra” que quer dizer – coisas sagradas. A palavra “mentum” poderá ser uma flexão do verbo “memorare”, lembrar. Assim, seria mais ou menos isso: lembrando de coisas sagradas, lembrando do amor de Deus.    

III-2 – Quantos são?

     Para entender melhor os sacramentos, é bom atentar para os aspectos das sacralidade das coisas.
     As coisas podem considerar-se sagradas sob tríplices aspectos:
a) Sob o aspecto afetivo, pelas circunstâncias que envocam;
b) Sob o aspecto religioso natural, haja vista a relação que tem com Deus;
c) Sob o aspecto religioso sobrenatural ou teológico pela eficácia que tem de unir o homem a Deus, operando-lhe a salvação;
Neste tríplice sentido as coisas se tornam sinais e símbolos significativos de realidade transcendente, e podem, por isso, ser chamadas sacramentos. Mas, só no terceiro aspecto sobrenatural e mistérico, é que elas são estritamente e teologicamente, os sacramentos.

A sacralidade afetiva

     Você pode olhar uma coisa tal como ela é materialmente. E você pode vê-la, transcendendo para além dela, para aquilo que ela significa e evoca. Se você recebe um ramalhete de flores, você pode ver só as flores, brancas ou vermelhas. Mas você pode lançar o olhar para além delas, e ver a amizade e o afeto de quem as ofertou. E isso se torna sagrado, pois, torna-se sinal. Dir-se-iam sinais e símbolos de alguém que nos ama instituiu, e dos quais nós a percebemos. Ou ainda, é como alguém que lhe ama muito e que lhe dá um presente; você que percebe ou seja, que sabe deste amou, compreende que naquele simples presente, escondido está todo amor e afeto que aquela pessoa lhe tributa. Então por meio deste sinal (presente) torna-se visível e expressivo o amor, o carinho, o afeto.

A sacralidade religiosa

      Muito mais que ao nível do afeto, as coisas – quase todas- podem ser vistas sob a ótica da relação que tem com Deus. Você pode transcender da “beleza de uma flor para a grandeza do criador que a fez”. Você pode ir além do brilho das estrelas até ao infinito da luz incriada que a precedeu e iluminou. Todo o universo esta repleto de Deus. É sinal, evocação de um senhor que é pai. Diante de Deus – dizia S. Irineu: “nada é vazio, tudo é sinal de sua presença”.
     Por isso, Paulo afirmou, nas epistolas as romanos que: “desde a criação do mundo as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade tornam-se visíveis à inteligência através das coisas criadas ( Rm.1,20).  É puebla nos lembra: “toda a criação é de certa forma sacramento de Deus por que no-lo revela”.

A sacramentelidade sobrenatural e mistérica

    Até agora só falamos de sacramentalidade figurada, pois em sentido genérico e simbólico, toda criatura, enquanto criação de Deus, enquanto sinal de Deus poderia ser chamado de sacramento. Só figuradamente se pode dizer: tudo é sacramento ou pode torna-se sacramento na ordem natural. Mas no sentido estritamente teológico, a igreja nos apresenta sete sinais sobrenaturais da comunicação com Deus; sete sinais eficazes da graça de Deus. Entre as várias classificações que a catequese indica sobre os sacramentos há estas:
·        Sacramento da iniciação cristã: batismo, crisma e eucaristia. (No inicio do cristianismo, o adulto, depois do catecumenato de preparação, recebia esses três sacramentos, no mesmo dia);
·        Sacramentos medicinais da reconciliação: confissão e unção dos enfermos. Sacramentos do serviço eclesial: ordem e matrimônio.
·        A eucaristia-amor-união-comunhão é o maior, a síntese o centro, contém todos os demais, pois Cristo ali está pessoalmente.
Há, portanto, na essência dos sacramentos, três realidades a considerar:
a) A sua fonte, que é o próprio Cristo, verbo de Deus que se fez homem;
b) A sua força, que é o Espírito Santo Santificador;
c) O seu canal que é a Igreja.

A)  Jesus Cristo, sacramento original da graça.

      "No princípio era o verbo, e o verbo estava junto de Deus e o verbo era Deus. E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a gloria que um filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade”.(Jo. 1, 1. 14).
   Deus invisível torna-se visível na pessoa de Jesus, Deus e Homem. Ele é, substancialmente o primeiro e grande sinal revelador do Pai e da união dos homens com Deus. Jesus e o sacramento substancial e frontal de Deus, como dizem os teólogos. 
    O documento de Puebla nos lembra: “cristo é imagem do Deus invisível (Cl. 1, 15). Como tal, é sacramento-sinal sensível da realidade invisível primordial e radical do Pai: “Aquele que me viu, viu o Pai” (Jo. 14, 9). E foi desta humanidade santa de Jesus, de sua presença sinalizante, que se originou, em sua vida, curas, milagres e santificação para os homens. E era nessa humanidade que todo o povo procurava tocá-lo pois saía dele uma força que os curava a todos –(Lc. 6,19). Não se trata de eflúvios magnéticos ou de emanações parapsíquicas; trata-se da própria força de Deus, pois, Jesus Cristo era o próprio Deus. Por isso ele pode comunicar a seres materiais, que usou virtualidades divinas. Foi assim quando cuspiu no chão, fez lodo com a saliva e com o lodo ungiu os olhos do cego e o curou (Jo.9,6)
    Qual é, pois a origem da virtualidade dos sinais sacramentais? É Cristo-homem, Sacramento original da graça.    

B)              O Espírito Santo, força santificante.

    "Convém a vós que eu vá! Porque se eu não for, o paráclito não virá a vós: mas se eu for, vo-lo enviarei” (Jo. 16, 7)
      Nunca compreenderemos os sacramentos e sua íntima ligação com a Igreja se nos esquecermos do Espírito Santo, que foi enviado como alma da Igreja. E veio para santificá-la: “O Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos fiéis como num templo” (cf. 1Cor. 3,16; 6,19). Nos diz o Concílio Vaticano II e depois: Ele rejuvenesce a Igreja, renovando-a perpetuamente e leva-a à união consumada com seu Esposo.   

Como o Espírito Santo atua nos sacramentos

     Em cada sacramento o Espírito Santo age com uma graça específica; purifica o fiel e o insere na Igreja pelo batismo; confirma-o na fé e lhe dá seus dons e carismas na confirmação; perdoa-o e o fortalece na penitência; une-o ao corpo e sangue de Cristo e ao seu sacrifício na eucaristia; estreita a união a união de amor do homem e da mulher, à semelhança de Cristo unido à humanidade, no matrimônio; confirma o homem à função pontifical de Cristo pela ordem; alenta o doente e o uni ao Cristo sofredor e ressuscitado na unção dos enfermos.
    Concluímos; os sacramentos são exteriormente, ritos e sinais de santificação, mas o Espírito Santo é que interiormente é a sua força santificante.  

C)              A Igreja, canal dos sacramentos.

    Os sacramentos foram instituídos por Cristo, porque é nele que tem a sua origem. Mas foram dados à Igreja, para que ela distribua a vida da graça ao mundo. Ordinariamente, fora da Igreja não há salvação. Porque a salvação é dispensada através dos sacramentos, sinais eficazes da graça. E os sacramentos só existem na Igreja e por obra do seu ministério. “A Igreja é feita pelos sacramentos, que fluíram do lado de Cristo pendente da cruz” – ensina Santo Tomás.
    A Igreja também sacramento de Cristo, como nos diz o Concilio Vaticano II: “Sacramento universal da salvação”.
    Assim, como Cristo tornou-se sinal revelador do Pai, a Igreja torna-se sacramento de Cristo, sinal de salvação.
     Cristo deixou a sua Igreja a liberdade e autoridade para determinar o modo de sua celebração e a explicação de seu significado. A Igreja é a matriz e a guardiã deste tesouro que o divino mestre lhe confiou para o bem dos homens.
      Como falamos, os sacramentos foram instituídos por Cristo. A melhor exegese não pode encontrar nos evangelhos textos para comprovar que Cristo instituiu, diretamente, cada rito sacramental. Em que sentido, então, se pode entender a definição tridentina?
      Como se esclarece lidimamente dos protocolos e dos atos do concílio entende-se o termo instituiu no seguinte sentido: “Jesus Cristo que confere a eficácia ao rito celebrado”. Não quis definir a instituição do rito, mas a força salvífica do rito, que não provém da fé do fiel ou da comunidade, mas, de Jesus Cristo presente.   

III.3 – Matéria e forma dos sacramentos

   Quando dizemos que os sacramentos são sinais e símbolos, é necessário lembrar que os sacramentos não são sinais e símbolos como tantas coisas na ordem natural o são.
    A bandeira é um sinal e símbolo da pátria, mas no entanto não contém em si a pátria. A fumaça é sinal e símbolo do fogo, no entanto, a fumaça não contém em si o fogo. Deu para entender? Então?...
    Os sacramentos na Igreja são sinais e símbolos eficazes da graça de divina. Significam e conferem à graça na ordem sobrenatural. Não são apenas coisas que significam e evocam, mas são coisas que além de significar e evocar recebem no ato virtualidade sobrenatural expressas por palavras que se juntam ao elemento material. São palavras que tem uma força divina por serem pronunciadas por ministro consagrados, que fazem as vezes de Cristo.
    Santo Agostinho, falando a respeito do batismo, disse: “tire a palavra. Que é então a água senão água? Acrescente a palavra ao elemento, e eis que surge o sacramento!”.
     Ensina o catecismo de Trento: - com efeito, todo sacramento se compõe de duas coisas: uma que é como a matéria e que se chama elemento; outra que é a forma e que consiste nas palavras. Assim o ensinamento dos padres,  e particularmente de Santo Agostinho, com estes dizeres que todo mundo conhece, a palavra se une ao elemento e se realiza o sacramento.
     Os sacramentos encerram primeiro a matéria ou elemento, como a água no batismo, o crisma na confirmação, o óleo santo na unção dos enfermos; todas as coisas que caem sob o sentido da vida; a seguir as palavras, que são como a forma e se dirigem ao sentido da audição. E o que o apostolo indica mui claramente, quando diz: “Jesus Cristo amou a sua Igreja e se entregou por ela, a fim de santificá-la, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida”(Ef 5.25-26). Nesta passagem a matéria e a forma estão nitidamente expressas.
      Devido a virtualidade divina que as palavras de um ministro que age em nome de Cristo, imprimem a matéria, os sacramentos produzem nos que os recebem efeitos sobrenaturais. Estes efeitos são de duas configurações que a teologia chama de graça e caráter.
     Todos os sacramentos produzem a graça a cada um a que lhe é própria. E alguns produzem, anexa à graça apropriada, uma configuração especifica da pessoa com Cristo, configuração que se chama caráter.

A Graça

   Graça na teologia significa dom gratuito de Deus e segundo o catecismo, graça é um dom interno gratuito e sobrenatural que Deus nos dá com relação à vida eterna. Este dom é a vida nova de união com Cristo; ou melhor, é a condição de filho adotivo de Deus que o torna herdeiro da glória. ”De modo que já não és escravo, mas filho. E, se és filho és também herdeiro pela graça de Deus”(Gl 4,7).
    Cada um dos sacramentos confere esta vida ou aumenta-a por novos títulos.
    A graça que os sacramentos nos confere se divide em graça santificante ou habitual e graça atual.
·  Graça santificante é um dom sobrenatural inerente a nossa alma, que nos faz santos, filhos adotivos de Deus e herdeiros do Céu. E podemos perder esta graça pelo pecado mortal. Só podendo recuperá-la pelo sacramento da confissão ou por um ato de contrição perfeito, unido ao desejo de se confessar.  
·  Graça atual é um dom sobrenatural transitório, que ilumina nosso entendimento, move e conforta nossa vontade para praticar o bem e evitar o mal. Deus nos comunica a sua graça principalmente por meio dos sacramentos.
·  Caráter o caráter segundo a teologia, é um sinal distintivo que se imprime na alma de modo indelével. Os sacramentos que imprime na alma este sinal são três: batismo, a crisma ou confirmação e da ordem. Este caráter que Deus imprime na alma que também chamamos “marca”, mas sabemos que a alma e um espírito e não pode ser marcada como se marca um papel com um carimbo de borracha. A marca própria destes sacramentos é definida pelos teólogos como “qualidade” que confere a alma, umas faculdades que antes não tinha. É uma qualidade permanente da alma, uma alteração para sempre visível aos olhos de Deus, dos anjos e dos Santos.
·  “Qualidade” é um termo bastante vago, algo mais fácil de entender do que de definir.
   Poderia ser-nos útil comparar os caracteres destes três sacramentos - que recebem uma só vez na vida (porque, sendo seu efeito permanente, só podem ser recebidos um vez). Tentarei esclarecer um pouco mais com uma simples comparação:
     Consideremos alguém com talento para a pintura, alguém capaz de pintar belos quadros. Não passa todo o tempo a pintar, mas o seu talento está sempre com ele. Ainda que perdesse as mãos num acidente e não pudesse mais pintar, continuaria possuindo esse talento. Claramente essa pessoa possui algo que os outros não tem, uma qualidade que é real, permanente, e que lhe concede uma faculdade não possuída por quem dela não tiver sido dotado.
      O caráter do batismo é, pois, um talento sobrenatural que nos dá a faculdade de absorver a graça dos outros seis sacramentos e de participar da Missa. O caráter da confirmação nos dá a faculdade de professar valentemente a fé e difundi-la. O sacramento da ordem dá ao sacerdote a faculdade de receber a Missão de administrar os sacramentos restantes.

III. 4 - Como se dividem os Sacramentos?
 Os sacramentos se dividem em sacramentos de mortos e de vivos. Os de mortos são dois: o batismo e a penitencia. São assim chamados porque conferem à vida da graça aos que estão mortos pelo pecado.
Os sacramentos de vivos são cinco: a crisma, a eucaristia, a unção dos enfermos, a ordem e o matrimônio. São chamados sacramentos dos vivos, porque devem ser recebidos em estado de graça. Eles conferem  um aumento de graça santificante, que já deve existe na alma de que os recebe, e a graça sacramental, própria de cada sacramento.
Não se pode receber um sacramento de vivos, sabendo que não está em está em estado de graça de Deus, pois cometeria um grave sacrilégio.
Os sacramentos necessários à salvação são dois: o batismo e a penitência; o batismo para todos; a penitencia para os que cometerem pecado mortal depois do batismo.
Há, por vezes, no meio do povo, uma idéia de que quanto mais santo for o ministro do sacramento, mais vale o sacramento, mais graça ele produz. Será mesmo verdade isso?... Não! A eficácia e a medida do sacramento de maior ou menor quantidade de graça não dependem das disposições, santidade do ministro, padre que administra o sacramento. Pois o único sacerdote que realmente realiza cada sacramento é Cristo. O sacerdote, o ministro só faz às vezes de “Cristo”. O ministro do sacramento empesta, por assim dizer, a Cristo, a voz, o gesto, a presença física, visível. Mas quem garante a eficácia dos sacramentos, que propriamente o realiza é Cristo.
A teologia Católica sempre ensinou que os sacramentos têm, por si mesmo, eficácia para produz a graça e o caráter. Uma vez realizado o ato sacramental validamente, seguem-se os efeitos, independentemente das disposições dos próprios ministros. O padre pode estar em pecado, que os sacramentos por ele administrados santificam e salvam os fieis.
É o que ficou conhecido na tradicional expressão latina: os sacramentos produzem seus efeitos “ex opere operato”; operado o ato sacramental, seguem-se seus efeitos.
“Pedro batiza... é Cristo que batiza” – dizia Sant Agostinho.
Mas, se não depende do ministro a eficácia da graça dos sacramentos, por outro lado a maior ou menor “quantidade” da graça depende da preparação da pessoa que recebe o sacramento.
Deu para entender? É como uma pessoa que vai buscar água na fonte, vai trazer mais ou menos água, dependendo do tamanho da vasilha com que vai buscar  água.
É por isso que a igreja faz tanta questão de uma boa e até demorada preparação da pessoa que vai receber um sacramento.
É triste constatar a ignorância com que muita gente tentar “driblar” os tais cursinhos de preparação para alguns sacramentos que vão marcar a vida da pessoa.
Pois, como bem sabemos os sacramentos comunicar-nos a graça de Deus. Ora, para existir verdadeira comunicação é necessário que o receptor (aquele que recebe a mensagem) entenda a comunicação, porque se isso não acontecer não ouve comunicação.
Assim com só tem sentido eu guardar e estimar uma lembrança, um presente mesmo materialmente sem valor, na medida em que estimo e amo a pessoa que me ofertou.
 Fique bem claro: receber sacramentos só tem sentido na proporção em que Cristo, o seu evangelho e sua igreja tiverem sentido em nossa vida.
“os sacramentos são encontros com Cristo, como já dissemos. E o encontro verdadeiro não pode provir de um lado só. O senhor é fiel: garante o próprio sacramento. Mas Ele não pode salvar-nos sem nós, isto é, sem a nossa colaboração generosa”.
III. 6 – Para que “receber” sacramentos?

   A finalidade dos sacramentos, os frutos que eles nos oferecem não seriam somente para nos sentimos bem, não são para uma satisfação pessoal, intimista. E muito menos o “receber” sacramento poderia ter como finalidade “pagar” ou cumprir uma promessa...
     Qual seria então a finalidade, a conseqüência de uma vida sacramental? Recebemos os sacramentos para nos tornamos, nós mesmo, um sacramento, um sinal. Cada vez que recebemos os sacramentos, é para nos identificarmos cada vez mais com Cristo, tornado-nos sinal, testemunho-de-vida,  por mio de nossas atitudes e palavras.
     Fracos com somos, nós precisamos desses encontros, desses sacramentos para, com a presença e ajuda de Cristo, poder levar até o fim de nossa vida cristã.
Juntamente com nossa vida de oração, os sacramentos irão moldando em nós aquela espiritualidade, aquele estilo de vida que as bem-aventuranças pedem de nós para podermos realmente proclamar o reino de Deus.
É por meio dos sacramentos que estamos ligados à Cristo; e são eles que nos comunicam a sua vida divina, que nos tornar ramos de uma mesma arvore, pois sem Cristo nada podemos fazer.
“Permanecei em mim e Eu permanecerei em vós”. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira.
“Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanecer em mim e Eu n`ele, esse dar muito fruto; porque sem mim nada podes fazer”(Jo ;15, 4-5)

IV.           Sacramentos e sacramentais.

  Com o que ficou meditado até aqui, provavelmente já tenhamos um idéia mas ou menos completa do que seja um sacramento. Os sacramentos não são simples benção que, a qualquer momento, podemos receber ou distribuir. Sacramentos com já vimos, são acontecimentos em nossa vida, onde há encontros importantes, decisivos com cristo. Alguns são realizados uma só vez na vida, outros podem ser repetidos em certas circunstancias; outros, até diariamente, com a Eucaristia.
Sacramentais, embora tenha sua importância, não tem a mesma importância e responsabilidade que os sacramentos. Embora o nome sacramentais venha da mesma palavra sacramentos e os sacramentos também usem sinais e palavras litúrgicas, fazendo assim parte da liturgia da Igreja.
E o que são os sacramentais? Na pratica, para uma fácil compreensão, os sacramentais são orações com que a Igreja costuma abençoar pessoas, lugares, objetos; benção das criancinhas, das mães, das casas, dos objetos mais variados, benção da água e semelhantes.
A palavra “benção” quer dizer; bem-dizer, dizer-bem. É o contrario de amaldiçoar; quer dizer: mal-dizer, dizer-mal.
Se você molha o dedo na água benta e faz o sinal da cruz, receberá graça; uma graça atual, se não levantar obstáculos. A água benta é um sacramental, e os sacramentais devem a sua eficácia principalmente as orações da Igreja; (por exemplo, na cerimônia da benção da água). A prece da Igreja é que torna um sacramental-veiculo da Igreja. O sinal externo de um sacramental-água, neste caso - por si e em si não tem a faculdade de conferir graça. No caso dos sacramentos, trata-se de algo muito diferente; um sacramento da graça por si e em si, pelo seu próprio poder.
Só a fé pode dar valor aos sacramentais, às bênçãos, as coisas ou objetos abençoados pela Igreja impõem respeito e veneração.
Os sacramentos são sinais, ou canais eficazes da graça de Deus, instituídos por Cristo para a nossa salvação. E os sacramentais são ritos, orações e benção, também utilizando sinais, instituídos pela Igreja, para a santificação, respeito e veneração dos fiéis.
Espero que você com este breve esclarecimento tenha entendido. Os sacramentais têm a sua importância quando sabemos utilizar-los com fé porque é Cristo, através da Igreja que abençoa.

V – Por que são sete os sacramentos?

    Desde infância aprendemos que são sete os sacramentos da Igreja. Isto foi decorado e repetido, sem que entendêssemos bem o que significava. Ainda hoje a maioria dos católicos recebe os sacramentos, mas nem sequer se interroga por que são sete, ou se poderiam ser mais, ou menos. 
    Então por que não são mais de sete?
    Para respondemos esta pergunta, voltemos aos tempos passados, anteriormente ao século XII. Pois antes, não se tinha uma enumeração de sacramentos. Nem mesmo a doutrina dos sacramentos, era tão restrita e formalizada. Assim como na própria sagrada escritura, também na Igreja do primeiro séculos faltava o conceito de sacramento. Certamente a partir dos padres apostólicos, em toda a patrística, há afirmações sobre o batismo, a Eucaristia; entretanto, estas “ações”, conhecidas pela Igreja não estavam ainda agrupadas de outras ações não sacramentais.
      A Igreja administrava os sacramentos, mas não tinha em si uma doutrina bem formalizada sobre eles. Até mesmo no fim do século XII, o número sete não foi uma coisa fixa.
      Para que você entendesse melhor, logo no inicio lhe falei sobre algo que iria ajudar muito no decorrer desse estudo, sobre a diferença e semelhança existente entre sacramento e mistério. Você se lembra? Pois vamos lá! Tudo o que era sagrado, arcano, sublime na comunicação de Deus com os homens, era tido como sacramento, ou mistério. Só a partir do século XII, com Hugo de São Victor, tomam-se como tais sete gestos ou celebrações da igreja, que se formalizam como sacramentos.
      São hoje os atuais. Mas você pode perguntar: Como a igreja descobriu que são só sete os sacramentos? Diante de tantos, Cristo não poderia ter-nos instituídos somente um que nos transmitisse sua graça santificante, em vez de sete?
      Bem assim seria, se Deus tivesse nos dado uma única espécie de graça; mas Ele mesmo deixou bem explicito na própria sagrada escritura que não existe um só sacramento e que a graça santificante, que instituiu em nós a vida espiritual, não é a única graça que Ele nos quis dar. Como foi explicado cada sacramento tem e confere a pessoa que o recebe uma graça especificar.
      Deus de quem procede toda a paternidade, não determinou prover-nos de vida espiritual e depois deixar-nos entregues a nossa própria sorte.
      Os pais não dizem ao filho recém-nascido: “nós te demos a vida, mas não haverá alimento quando tiveres fome, nem remédio quando tiveres doente, nem apoio de um braço quando te sentires fraco. Portanto, arranja-te e vive como poderes”.
     Deus jamais nos deixaria assim, pois ainda que uma Mãe esquecesse daquele que amamenta, e não tivesse ternura pelo fruto de suas entranhas, Deus nunca nos esqueceria. ( Isaias 49,15).
     A igreja durante muito tempo, estudou este grande mistério de amor de Deus para com seus filhos, ela como guardiã desses divinos tesouros, tem a função e a missão de transmitir esta vida da graça, ou seja, vida espiritual a todos os seus filhos, no qual ela por instituição e missão se tornou Mãe. Fique bem claro, não foi a igreja que inventou os sacramentos, ela apenas por meio de vários estudos, descobriu de maneira explicita nas sagradas escrituras e colocou para a igreja ou seja, para todos os seus filhos a vontade de Deus. Ora vejam bem: o que é sacramento, senão um encontro com intimo, pessoal e comunitário com Cristo, encontro este onde Ele mesmo nos momentos mais fortes e decisivos de nossa vida, se faz presente. Por isso a igreja estudando as situações e as realidades principais da vida humana pode encontrar 7 (sete) acontecimentos onde Cristo quer re-acontecer na historia da nossa vida, especialmente nos momentos fortes. Analisemos estes momentos:



VIDA NATURAL                VIDA ESPIRITUAL

·  Nascimento                           Batismo (nascimento espiritual)
·  Crescimento                         Eucaristia (crescimento espiritual)
·  Fraqueza (limitação física)   Penitência (remédio contra o mal espiritual).
·  Consciência da própria         Confirmação (decisão por ser cristão)
     Individualidade.
·  Opção de vida                        Matrimônio ou sacerdócio.
·  Limite de vida (doença          unção dos enfermos).
  ou morte).
      Depois a igreja, o seu magistério assumiu esta doutrina oficialmente, em primeiro lugar no sínodo de Lyan (1274), depois no Concílio de Florença (1439) e, enfim, no Concilio de Trento (1547).
      A definição do Concilio de Trento é um dogma – “Os sacramento da nova lei são setes, nem mais nem menos, a saber; o batismo, a confirmação, a eucaristia, a penitência, a extrema-unção, a ordem e o matrimônio” (Sessão VII. Cãn.I).
      Sendo a definição do Concilio de Trento um dogma; seria bom esclarecermos alguns pontos: Como podemos entender esta definição?
      Dogma é um ponto fundamental e indiscutível de doutrina religiosa, que a igreja nos ensina como verdade de fé, onde nós como cristãos católicos devemos crer, sem qualquer dúvida.
      Não se pode negar que haja sete sacramentos essenciais, a formarem um todo, um conjunto, em ordem à salvação na igreja.
       Tal definição deve ser entendida no contexto de um concilio celebrado contra a reforma protestante. Para o protestantes havia somente dois ou três sacramentos, os que explicitamente Jesus mencionou: o batismo, a ceia, o perdão dos pecados, e ainda assim, por eles, estes sacramentos eram meros símbolos, sem eficácia, pois a justificação, segundo eles, provinha exclusivamente da fé.
       O Concílio situa-se no ponto de vista de que a justificação se faz pela graça, que exige dúvida da fé, mas graça que se recebe pelos sacramentos. E estes são um conjunto do processo salvífico, que penetra todos os aspectos da existência humana, individual e social, considerada em sete etapas essenciais dentro da igreja.
    Sete, um número de plenitude.
    O número sete tão mencionados na Sagrada Escrituras, tem na mesma, grande significado, onde podemos ver que do inicio ao fim da bíblia este número é várias vezes mencionado, com o significado de plenitude e perfeição.
     Sete são os dias da semana; em seis criou Deus o mundo, e no sétimo repousou de sua obra (Gn 2,2). Por isso, segundo a lei, “trabalharás seis dias, mas o sétimo será um dia de descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 35,2). Sete vezes ao dia o salmista louvava ao senhor ( Sl 118.164). O autor dos provérbios reconhece que o justo cai sete vezes, mais depois se reergue (Pr 24,16). Deus ameaçou seu povo de castigo sete vezes mais pelos seus pecados (L 26,18). Estes são alguns exemplos do A.T.
     No N.T, são dignos de anotação os seguintes tópicos: sete são os primeiros diáconos escolhidos (At 6,3). Sete e as igrejas as quais João dirige as mensagens do apocalipse (Ap 1,4). Na visão que tem João ver Cristo entre sete candelabros, tendo na mão direita sete estrelas (Ap 1,13 e 16), pois bem, o que aqui mencionamos são todos os trecos, você mesmo poderá descobrir em sua bíblia onde tenho a certeza que você encontrará.
     Sob este simbolismo do número sete, está sempre oculto o sentido de plenitude, de totalidade, de perfeição.
     Não é de estranhar, que mais tarde, a catequese nos que são sete os dons do Espírito Santo, são sete os vícios capitais, são sete os mandamento da igreja, e sete os sacramentos.

Os sacramentos tem o sentido social e comunitário

     Todo sacramento é uma celebração, mas no sentido bem diferente do que o povo entende. Para o povo, a celebração está no exterior, ou melhor, na exterioridade. Enquanto o sacramento é uma celebração interior, profunda, só significando a graça que cada sinal exprime e realiza. É necessário fazer que as pessoas transcendam dos ritos para que a fé nos ensina.
     Não podemos ser sacramentalistas, ou seja, recebendo sacramentos de uma forma intimista, fechada entre quatro paredes; eu e os sacramentos. Não! Toda vez que nos encontramos com Cristo nos sacramentos há um acontecimento comunitário da igreja. A finalidade ultima dos sacramentos é de unir-vos cada vez mais com Cristo e com os irmãos, com a comunidade.
      Como ministro da palavra, catequistas, como igreja que somos, temos a missão de levar o povo de Deus a uma conscientização sobre a pratica sacramental, “não sacramentalizar, mais evangelizar”. Só podemos amar aquilo que conhecemos, devemos fazer com que o povo, por meio da evangelização conheça e ame a Jesus, a sua igreja e tenham uma verdadeira vida sacramental.
       Todo o sacramento participado deve ser comparticipado, levando o cristão a transformar o meio em que vive.
        Espero que este estudo possa servir para um bom conhecimento, de todos aqueles que querem assumir – seja com catequista ou leigo engajado em alguma pastoral – o compromisso de levar o povo de Deus a amar e servir, participando com fé consciente dentro da igreja de Cristo.     

Bibliografia
1.     Novo Catecismo – A economia sacramental; segunda parte pág 304
2.     Bíblia sagrada; Editora ave Maria.
3.      Bortolini – Os sacramentos em nossa vida.
4.     José Ribólla – Os sacramentos trocados em miúdo.
5.      D. Antonio Afonso de Miranda SDN; “O que é preciso saber sobre os sacramentos”. Editora santuário.

 
“O credo mais bonito
é aquele que brota do teu lábio
na escuridão, no sacrifício, na dor,
no esforço supremo
de uma vontade indizível de bem;
é aquele que, como um raio,
rompe as trevas de tua alma;
é aquele que, na faísca da tempestade,
te eleva a te conduz a Deus”.
                                                                    Padre Pio

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pregações Marianas

  
  A primeira coisa que o Evangelho de São João nos chama a atenção no dia de hoje é quando Jesus fala de Maria, chamando-a de mulher. Nenhum de nós chamaria sua mãe de “mulher”, mas por que Jesus chama Maria de mulher? Ele olha para São João e diz: “Mulher este é seu filho, esta é tua mãe”. São João fez questão de colocar esta palavra “mulher” aqui. É Importante levarmos em consideração as palavras de Jesus na cruz, porque as pessoas morriam de sufocamento na cruz. Podemos imaginar a grande dificuldade de Jesus que se erguia na cruz para poder falar. Todas as 7 palavras de Jesus na cruz são de extrema importância, pois foram dizeres escolhidos para aquela hora.
Portanto Jesus chama Maria de mulher porque estava cumprindo a profecia de Gn 3,15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar ”. No dia em que foi cometido o pecado original e a humanidade se torna escrava de satanás, Deus da a promessa do dia em que a serpente terá a cabeça esmagada pela descendência e pela mulher.
O pecado original aconteceu quando a primeira mulher, Eva, colheu o fruto da árvore. A redenção aconteceu porque a segunda mulher tinha O Fruto no seu ventre: Jesus. Debaixo da árvore da cruz colhemos o fruto da redenção que é Jesus. A segunda Eva triunfa porque diz “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra” Lc 1,38. No apocalipse de São João esta mesma mulher aparece revestida de sol.
No projeto de Deus Maria tem um papel a desempenhar e nós precisamos ser a descendência dessa mulher. Como nós podemos ser filhos de Maria? Jesus providencia isso na cruz pronunciando essas palavras benditas “Mulher, eis o teu filho. Filho, eis a tua mãe” Jo 19,26-27, Ele nos da Maria como mãe aos pés da cruz. Ela é a nova Eva.
Uma vez filhos, existe uma inimizade entre nós e a serpente. Vivemos o tempo da luta.
Estamos no tempo Pascal. Israel vivia no Egito e era escravo do Faraó. Antes de Jesus vir ao mundo todos eram escravos de satanás como Israel era do Egito, mas com a morte de Jesus na cruz fomos libertos. Saímos da escravidão de satanás para entrar no céu, é ela que nos espera.
Antes do povo entrar na Terra prometida existem 40 anos de deserto, o tempo do combate, da luta. Esse é o tempo da Igreja, uma luta, um combate, é exatamente o que está previsto por Deus. E esse tempo é o tempo em que Jesus nos dá os sacramentos. É o tempo de Deus.
Satanás sabe que foi derrotado, que ele não tem chance de vitória, pois Jesus já venceu e lhe resta pouco tempo. A derrota de satanás aconteceu na entrega de Jesus na cruz. E por que continuamos lutando se já vencemos? Satanás quer nos colocar no lugar dele de derrota. O problema é que ele é mentiroso, faz propaganda enganosa, nos promete paraíso, mas o que vem é inferno. Ele nos seduz e caímos na dele, vamos atrás do paraíso e já passa a viver o inferno aqui.

Precisamos decidir se somos descendentes da mulher ou de satanás. Aqui está a decisão e é por isso que existe uma luta, pois somos livres para escolher. O discípulo acolheu a mulher, se você não acolher não será descendente. Existe luta porque podemos nos perder.

A Virgem Maria, nossa mãe, pede oração, penitência e conversão do nosso coração. Precisamos acolhê-la como Mãe. Maria é um exemplo luminoso para nós
Quem foi a criatura mais perfeita que Deus já fez? Lúcifer e Maria. Quando Lúcifer foi criado ele era o anjo da luz, uma criatura maravilhosa, mas aquele que era grande e superior por causa de sua soberba e revolta contra Deus se tornou o pior de todos e se encontra no inferno. Ele era perfeito, mas a corrupção o levou para baixo. Maria não foi criada como a mais perfeita das criaturas porque ele é um ser humano. Mas por causa da sua humildade, obediência e abertura a Deus foi crescendo e merecendo a graça de Deus ate chegar ao cume das alturas se tornando a mais perfeita de todas as criaturas, acima de todas porque Deus exaltou os humildes. A soberba de Lúcifer o derrubou e a humildade de Maria a elevou.
Não tenha medo em exaltar Maria, pois ela foi a humilde das humildes.
Ela vai nos acolher no céu para nos dizer: “Filho, chega de sofrer. Entra para a casa do teu Pai. Você tem um lugar junto de Deus”
Transcrição e Adaptação: Clarissa Oliveira