segunda-feira, 30 de julho de 2012

Elba Ramalho fala sobre sua fé e trabalho pró-vida: Não é possível ser católico e não ser praticante


REDAÇÃO CENTRAL, 29 Jul. 12 / 07:51 pm (ACI).- No dia 24 de julho, a cantora Elba Ramalho compartilhou com exclusividade à ACI Digital detalhes da sua vivência da fé católica, de conversão e falou de sua luta contra o aborto junto ao movimento pró-vida do Brasil. Na ocasião a cantora também ofereceu um imperdível testemunho contra a aprovação desta prática anti-vida no país. Nesta ocasião adiantamos apenas um trecho da entrevista da cantora, no qual ela destaca a impossibilidade de ser verdadeiramente católicos sem ser praticantes.A entrevista está no canal Youtube de ACI Digital em: 

A íntegra da conversa com Elba Ramalho será publicada amanhã, 30 de julho, no site em português do grupo ACI: www.acidigital.com.

Na entrevista conduzida por Natalia Zimbrão, Elba Ramalho começa seu testemunho partilhando um pouco de como conheceu a fé e como foi seu envolvimento com o Movimento Pró-vida.

Elba, uma das maiores cantoras da MPB, recordou suas origens nordestinas, e como desde pequena, no sertão do estado da Paraíba, cultivou junto à fé católica uma especial devoção à Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora da Conceição, que dá o nome à sua cidade natal

“Eu conheci a palavra Deus: esperar, confiar, acreditar, desde a infância. Naquele lugar árido, seco, de natureza cruel, mas de uma beleza também muito grande. Minha cidade se chama Conceição, a minha padroeira se chamava Nossa Senhora da Conceição, e Ela era nosso farol e nosso guia. Eu cresci seguindo a procissão de Nossa Senhora da Conceição, eu cresci coroando a santa, virava anjinho e coroava a santa naquelas festas de dezembro, de 8 de dezembro”.

Elba partilhou também que durante sua juventude, no Rio de Janeiro, deixou de praticar a fé, chegou a praticar o aborto, mas que através do encontro com Nossa Senhora voltou à Igreja católica.

“Passei por experiências difíceis e delicadas com drogas, com loucura, com abortos, com repúdio...exaltando sempre a minha liberdade e meus direitos. Até que reencontrei Nossa Senhora de uma forma mística, bonita, profunda (que é algo longo, que dá para contar aqui), mas de uma força tão intensa.. E através dela, de suas mãos maternais, do seu útero materno, através de toda a história do seu “Sim”, do seu “Fiat” (faça-se em Latim), que representou a salvação do mundo em um processo onde se encerra todo o mistério da nossa religião, que é a Trindade Santa, eu voltei para a Igreja Católica”, disse Elba Ramalho à ACI Digital.

“Eu nunca deixei de ser cristã, eu apenas voltei a exercitar a minha cristandade”, afirmou a cantora.
“Então eu posso dizer que quando eu vejo uma pessoa dizer “sou católico, mas não praticante”, eu digo: “Eu não conheço esta religião...”. 

“Hoje eu sou uma católica, eu posso dizer, com essa consciência: Tenho horror ao pecado embora seja uma grande pecadora, mas também tenho confiança maior na Misericórdia. Porque foi pela misericórdia de Jesus, pelo amor de Nossa Senhora que eu fui resgatada do peso de ter feito o aborto, e me perdoei e também fui perdoada, porque Ele próprio disse “Apague” e eu já apaguei e agora vá trabalhar e defender vidas...” 

Falando da sua experiência de encontro com a Misericórdia Divina, a artista, que também é fundadora da associação beneficente “Bate Coração”, que ajuda a crianças carentes no Rio de Janeiro, disse que esta experiência de encontro com a misericórdia de Deus foi a razão para que ela começasse a lutar contra o aborto: “Por isso eu me juntei ao Movimento Pró-vida, e aqui estou, defendendo vidas da forma que está ao meu alcance”.

Na íntegra da entrevista, que será publicada na tarde de amanhã, 30, a cantora e atriz brasileira conta mais sobre seu trabalho junto ao movimento pró-vida e oferece um imperdível posicionamento no seu testemunho de defesa da vida e contra a legalização do aborto no país. 

Líbano: "também os muçulmanos aguardam visita do Papa" -

À espera da viagem que Bento XVI realizará ao Líbano em meados de setembro, todos os muçulmanos do País “sejam eles sunitas ou xiitas tem uma grande veneração pela pessoa do Santo Padre, estão entusiasmados em acolhê-lo», enquanto “os cristãos estão ansiosos, cheios de alegria”. É o que afirma o Patriarca Bechara Rai, em entrevista à revista “Tempi”.

“Será para todos nós – explica o líder da Igreja Católica Maronita – uma visita de animação, de apoio moral, de esperança num momento histórico tão crítico no País e para todo o Médio Oriente”. “Espero mesmo - confia na entrevista o Patriarca Bechara Rai - que a visita do Papa consiga promover uma “primavera cristã” no Oriente Médio, contribuindo muito à auspicada e necessária evolução de uma “primavera árabe” entendida em sentido positivo”.

“A Igreja e a Presidência da República – releva o prelado – estão, nestes dias, em plena preparação visita; foi criado um comitê central de coordenação para os vários eventos: a assinatura e a proclamação da Exortação apostólica pós-sinodal, o encontro com os jovens libaneses, a Missa de encerramento”. Em síntese, antecipa o Patriarca, “no documento vai ser apresentado um plano pastoral para a Igreja Católica no Oriente Médio, que incluirá certamente três grandes dimensões: a presença efetiva dos cristãos no contexto social muito problemático (com um destaque a seu passado tão incisivo e importante nos dois mil anos de presença); a comunhão da Igreja Católica com aquelas Ortodoxas e Evangélicas; e o testemunho do diálogo inter-religioso nos vários níveis de serviços culturais e sociais dos cristãos e no diálogo da vida cotidiana”.



Fonte: Rádio Vaticano 
Local:Beirute

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A diminuição do número de Católicos


Cresce o número dos que abandonam a fé católica
O IBGE publicou que o número de católicos no Brasil, segundo o censo de 2010, caiu para 123,3 milhões, cerca de 64,6% da população.
Na verdade esses números não nos assustam e nem nos surpreendem diante da realidade que vivemos. Na verdade, quantos católicos, de fato, participam da Missa aos domingos, se Confessam, Comungam e vivem os 10 Mandamentos? Creio que não chegam a 20%.
Vários são os fatores que causam este fenômeno.
Ignorância religiosa – é o principal deles, sem dúvida. A maioria que se diz católica, na verdade o são apenas de estatística; não conhecem os dogmas, a doutrina, a história da Igreja, etc. Não é sem razão que o Papa anunciou o “Ano da Fé” com o objetivo principal de enfrentar esse analfabetismo crônico. São Paulo disse que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm3,15). Mas muitos católicos não sabem que esta Igreja, a que São Paulo se referia, era aquela que Cristo fundou sobre Pedro e os Apóstolos, e que as demais não foram instituídas por Jesus, mas por outros homens. Os que abandonam a fé católica nunca a conheceram de verdade.
Mas, por que muitos católicos são analfabetos da fé que professam? Várias são essas causas.  A principal, me parece, a falta de uma boa catequese às crianças e aos jovens. E isto acontece, há muitos anos, porque, logicamente, faltaram e faltam bons catequistas. Os primeiros deveriam ser os pais, mas, infelizmente muitos deles também não receberam formação religiosa. Já não se reza mais em família, e os pais já não ensinam a doutrina básica para os filhos. Ligado a isso está a destruição da família católica, especialmente pela mídia imoral, devastadora dos bons costumes e da moral católica, incentivando um relativismo moral degradante e um permissivismo doentio.
A mídia de modo geral estimula uma vida de conforto, relaxada, regalada, usufruindo de todos os prazeres sem limites e sem regras. É claro que num contexto desse não vale a pena ser católico; não vale a pena adotar uma religião que exige uma moral rígida, autocontrole, vida de oração, jejum e sacrifícios.
Infelizmente ficamos sem uma boa catequese há muito tempo. A difícil situação social da América Latina gerou entre nós nos últimos 50 anos uma falsa “catequese renovada”, trazendo no seu bojo mais sociologia e política do que teologia, esvaziando e politizando a fé. O povo católico ficou à mingua de uma catequese verdadeira, baseada no Credo, nos Sacramentos, nos Mandamentos e na Oração, como pede o Catecismo. O povo ficou à mingua de uma sadia espiritualidade e foi busca-la nas seitas. Uma certa “teologia marxista da libertação”, que confunde a libertação espiritual com a libertação política, e o estabelecimento do “Reino de Deus” na terra com a implantação uma sociedade socialista e igualitária, influenciou tremendamente quase todos os Seminários do pais; prejudicando essencialmente a sua formação de muitos sacerdotes.
As homilias e catequeses deixaram de falar do pecado, do sexo fora do casamento, do céu, do inferno, do purgatório, da vida eterna, dos sacramentos, dos mandamentos, da oração…, e tudo se voltou para o social. Por isso o frei Cantalamessa, pregador do Papa chegou  a dizer que a Igreja na América fez uma opção pelos pobres, mas estes fizeram uma opção pelas igrejas evangélicas. Por que nelas se fala de Deus e de tudo que foi excluído da catequese católica.
Esqueceu-se que a Igreja não foi instituída por Jesus para resolver os problemas políticos, econômicos e sociais, mas para “salvar as almas” da morte eterna. Esqueceu-se que Jesus não é o “revolucionário de Nazaré”, mas o “Redentor dos homens”, que tira o pecado do mundo, como disse João Paulo II em Puebla. “A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).
Em 1996, falando aos bispos do Brasil (Regionais Nordeste I e IV), sobre a “ameaça das seitas, o beato João Paulo II, falou desse grave “esvaziamento espiritual”. Disse aos bispos, entre outras coisas:
“A difusão das seitas não nos interroga se tem sido manifestado suficientemente o senso do sagrado?”
“Vosso povo, caríssimos irmãos no episcopado, quer ver os padres como verdadeiros Ministros de Deus, inclusive na sua veste e no seu modo externo de proceder. Ele quer ver o homem de Deus nos ministros de sua Igreja, uma presença que lhes inspire amor, respeito, confiança. O povo tem direito e isso pode exigi-lo de seus pastores. O que os homens querem, o que esperam é que o sacerdote com o seu testemunho de vida e com sua palavra, lhes fale de Deus”.
“O ministério da Palavra, que está intimamente ligado à Liturgia Eucarística (cf. SC, 56), contenha sempre, do início ao fim, uma mensagem espiritual. É certo que há tanta gente que não possui o suficiente para acalmar a própria fome, mas, ordinariamente, o povo tem mais fome de Deus que do pão material, pois entende que “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4)”.
“Não estaria havendo uma certa acomodação deixando de ir em busca das ovelhas que estão afastadas? Ao contrário da parábola evangélica, não é uma e outra que está tresmalhada, mas é uma parte do rebanho”.
Outro fator que destrói a fé católica hoje se encontra nas universidades. A maioria delas, com raras exceções, possuem professores que desconhecem a real História da Igreja e despejam sobre os alunos calúnias e mentiras sobre  ela, gerando neles ódio e aversão à Igreja. Depois, esses jovens, futuros jornalistas, escritores, artistas, profissionais liberais, passam a ser maus formadores de opinião; se incumbem de destruir nos corações dos jovens leitores, telespectadores e internautas a fé católica e o amor a Igreja. Ela é mostrada a eles como a “megera da história”, a sanguinária, a culpada de todos os males, quando, na verdade, ela salvou e construiu a Civilização Ocidental a partir da queda do Império Romano do Ocidente.
Outro fator preponderante nesta debandada de católicos para outras comunidades não católicas, é sem dúvida o contra testemunho de muitos católicos: leigos, sacerdotes e até alguns bispos. Nada pior para a fé católica do que isso, especialmente quando parte de um religioso. Penso que nem preciso explicar as razões disso.
Mais um fator devastador para a fé católica são aqueles que dividem a Igreja Católica, não aceitando a orientação do Magistério da Igreja, se opondo ao Papa e às normas da Santa Sé. Infelizmente há muitos dentro da Igreja que se acham mais iluminados e preparados do que o Papa e ousam enfrentá-lo acintosamente. O nosso Papa disse que os piores inimigos da Igreja estão dentro dela.
Diante disso tudo a Igreja não desanima e não se desespera; ela sabe que Jesus ressuscitado caminha com ela para salvar a humanidade. O Papa João Paulo II propôs uma NOVA EVANGELIZAÇÃO, que Bento XVI a impulsiona vivamente. Pedia o Papa beato uma evangelização “com novo ardor”, “novos métodos” e “nova expressão”, e graças a Deus isso tem acontecido. Os Seminários estão se enchendo. O número de padres está crescendo sensivelmente; padres novos, ardorosos, renovados. São jovens que buscam o sacerdócio com convicção e não por conveniência ou dúvidas outras. A Igreja renasce com os “Novos Movimentos” e as “Novas Comunidades”, como disse João Paulo II, “a resposta do Espírito Santo para o novo milênio”.
Há que se priorizar nesse trabalho de resgate dos católicos o “ministério da acolhida”, os sinais exteriores da fé católica, as homilias bem feitas, etc., como Papa João Paulo II pediu aos bispos em 1996.
Nosso Papa atual tem pedido uma Igreja de qualidade mas que de quantidade; porque a Igreja é como a pequena colher de fermento que leveda toda a massa; frágil e potente como um grão de mostarda.
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 17 de julho de 2012

Eucaristia: Presença Real do Senhor

Paz e Bem!
Amados irmãos, para aprofundar a nossa fé católica estou postando um pequeno estudo sobre a Santíssima Eucaristia.
 

  • O que é a Eucaristia? 
A Eucaristia é a consagração do pão no Corpo de Cristo e do vinho em seu Sangue que renova mística e sacramentalmente o sacrifício de Jesus na Cruz. A Eucaristia é Jesus real e pessoalmente presente  no pão e no vinho que o sacerdote consagra. Pela fé cremos que a presença de Jesus na Hóstia e no vinho não é só simbólica, mas real; isto se chama o mistério da transubstanciação já que o que muda é a substância do pão e do vinho; os accidente—forma, cor, sabor, etc.— permanecem iguais.
A instituição da Eucaristia, aconteceu durante a última ceia pascal que celebrou com seus discípulos e os quatro relatos coincidem no essencial, em todos eles a consagração do pão precede a do cálice; embora devamos lembrar, que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia ( Fração do  Pão ) começou na Igreja primitiva antes da redação dos Evangelhos.
Os sinais essenciais do sacramentos eucarístico são pão de trigo e vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo e o presbítero pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus na última Ceia: "Isto é meu Corpo entregue por vós... Este é o cálice do meu Sangue..."
Encontro com Jesus amor
Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.
Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa  celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso,  quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?
É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive)  encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades.

Está Cristo presente na Eucaristia?

São vários os caminhos pelos quais podemos nos aproximar do Senhor Jesus e assim viver uma existência realmente cristã, quer dizer, segundo a medida do próprio Cristo, de tal maneira que seja Ele mesmo quem vive em nós (ver Gl 2,20). Uma vez ascendido aos céus o Senhor nos deixou seu Espírito.
Por sua promessa é segura sua presença até o fim do mundo (ver Mt 28, 20). Jesus Cristo se faz realmente presente em sua Igreja não somente através da Sagrada Escritura, mas também, e de maneira mais excelsa, na Eucaristia.
O que quer dizer Jesus com "vinde a mim"?
Ele mesmo nos revela o mistério mais adiante: "Eu sou o pão da vida. O que vem a mim, não sentirá fome, o que crê em mim nunca terá sede" (Jo 6,35). Jesus nos convida a alimentar-nos d'Ele. É na Eucaristia onde nos alimentamos do Pão da Vida que é o próprio Senhor Jesus.
Não está Cristo falando de forma simbólica?
Cristo, argumenta-se, poderia estar falando simbolicamente. Ele disse: "Eu sou a videira" e Ele não é uma videira; "Eu sou a porta" e Cristo não é uma porta.
Mas o contexto no qual o Senhor Jesus afirma que Ele é o pão da vida não é simbólico ou alegórico, mas doutrinal. É um diálogo com perguntas e respostas como Jesus costuma fazer ao expor uma doutrina.
Às perguntas e objeções que lhe são feitas pelos judeus no Capítulo 6 de São João, Jesus Cristo responde reafirmando o sentido imediato de suas palavras. Quanto mais rejeição e oposição encontra, mais Cristo insiste no sentido único das palavras: "Minha carne é verdadeiramente uma comida e meu sangue é verdadeiramente uma bebida" (v.55).
Isto faz com que os discípulos o abandonem (v.66). E Jesus Cristo não tenta retê-los tratando de explicar-lhes que o que acaba de dizer-lhes é tão somente uma parábola. Pelo contrário, interroga a seus próprios apóstolos: "Não quereis também vós partir?". E Pedro responde: "Senhor, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna." (v.67-68).
Os Apóstolos entenderam o sentido imediato das palavras de Jesus na última ceia. "Tomou o pão...e disse: "Tomai e comei, este é o meu corpo". (Lc 22,19). E eles ao invés de dizer-lhe: "explica-nos esta parábola, "tomaram e comeram, quer dizer, aceitaram o sentido imediato das palavras. Jesus não disse "Tomai e comei, isto é como se fosse meu corpo... é um símbolo de meu sangue".
Alguém poderia objetar que as palavras de Jesus "fazei isto em memória de mim" não indicam mais que esse gesto deveria ser feito no futuro como uma simples recordação, um fazer memória com qualquer um de nós pode recordar algum fato de seu passado e, deste modo, "trazer ao presente". Entretanto não é assim, porque memória, anamnese ou memorial, no sentido empregado na Sagrada Escritura, não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou em favor dos homens. Na celebração litúrgica, estes acontecimentos se fazem, de certa maneira, presentes e atuais.
Assim, pois, quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo e esta se faz presente: o sacrifício que Cristo ofereceu de uma vez para sempre na cruz permanece sempre atual (ver Hb 7,25-27). Por isso a Eucaristia é um sacrifício (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1363-1365).
São Paulo expõe a fé da Igreja no mesmo sentido: "O cálice de benção que abençoamos não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo?" (1Cor 10,16). A comunidade cristã primitiva, os próprios testemunhas da última ceia , quer dizer, os Apóstolos, não teriam permitido que Paulo transmitisse uma interpretação falsa desse acontecimento.
Os primeiros cristãos acusam os docetas (aqueles que afirmavam que o corpo de Cristo não era mais que uma aparência) de não crer na presença de Cristo na Eucaristia: "Se abstêm da Eucaristia, porque não confessam que é a carne de nosso salvador". Santo Inácio de Antioquia (Esmir VII).
Finalmente, se fosse simbólico quando Jesus afirma: "O que come minha carne e bebe o meu sangue..." então também seria simbólico quando acrescenta: "...tem vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,54).
Por acaso a ressurreição é simbólica? Por acaso a vida eterna é simbólica?
Tudo, portanto, favorece a interpretação literal ou imediata e não simbólica do discurso. Não é correto, pois, afirmar que a Escritura deve ser interpretada literalmente e, por sua vez, fazer uma arbitrária e brusca exceção nesta passagem.
Se a missa rememora o sacrifício de Jesus, Cristo volta a padecer o Calvário em cada Missa?
A carta aos Hebreus diz: "Mas Ele possui um sacerdócio perpétuo, porque permanece para sempre...Assim é o sacerdote que nos convinha: santo inocente...que não tem necessidade de oferecer sacrifícios cada dia...Nós somos santificados, mediante uma só oblação pelos pecados." (Hb 7, 26-28 e 10, 14-18).
A Igreja ensina que a Missa é um sacrifício, mas não como acontecimento histórico e visível, mas como sacramento e, portanto, é incruento, quer dizer, sem dor nem derramamento de sangue (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1367).
Portanto, na Missa Jesus Cristo não sofre uma "nova agonia", mas que é a oblação amorosa do Filho ao Pai, "pelo qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens são santificados" (CVII. Sacrosanctum Concilium n. 7).
O sacrifício da Missa não acrescenta nada ao Sacrifício da Cruz nem o repete, mas o "representa", no sentido de que "o faz presente" sacramentalmente em nossos altares, o mesmo e único sacrifício do Calvário (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1366; Paulo VI, Credo do Povo de Deus n. 24).
O texto de Hebreus 7,27 não diz que o sacrifício de Cristo o realizou "de uma só vez e já se acabou", mas "de uma vez para sempre". Isto quer dizer que o único sacrifício de Cristo permanece para sempre (ver Catecismo da Igreja Católica n. 1364). Por isso diz o Concílio: "Nosso Salvador, na última ceia, ...instituiu o sacrifício eucarístico de seu corpo e sangue, com o qual ia perpetuar pelos séculos, até a sua volta, o sacrifício da cruz" (ver Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium n.47). Portanto, o sacrifício da Missa não é uma repetição mas uma re-apresentação e renovação do único e perfeito sacrifício da cruz pelo qual fomos reconciliados.


Fonte: ACI

"Mãe do Ano" no Canadá rejeita o aborto, vence o câncer e dá à luz o seu sétimo filho


WASHINGTON DC, 16 Jul. 12 / 03:48 pm (ACI/EWTN Noticias).- Maria Pitman, mãe de sete filhos e nomeada a "Mamãe do Ano" no Walmart do Canadá, conta com a particular característica de ter lutado contra o câncer de mama e deu a luz a seu sétimo filho ao mesmo tempo.
Em declarações ao grupo ACI no dia 10 de julho, Maria Pitman explicou que o doutor que a tratou de sua enfermidade queria que abortasse o seu filho, mas ela e seu marido "sabíamos desde o começo que Deus não nos tinha dado esta vida para que depois acabemos com ela".
Maria foi diagnosticada de câncer de mama ao princípio da sua recente gravidez. O doutor lhe disse que, medicamente, "tinha sentido" abortar, porque faria que as provas e o tratamento do câncer fossem mais fáceis que se ela estivesse levando o bebê no ventre.
"Viemos para a casa esse dia sabendo que não podíamos tomar essa decisão, e que Deus não nos pediria que façamos isso", disse.
Os médicos continuaram animando a Maria a que fizesse o aborto, até mesmo no dia anterior a realização da mastectomia (extirpação do seio) completa, às vinte semanas de gravidez.
No dia da cirurgia os médicos deixaram de perguntar-lhe a Maria se queria um aborto, porque "se deram conta de que não íamos mudar de opinião".
Nesse dia, Maria e seu marido, Jeff Pitman, souberam que, depois de uma menina e cinco meninos, teriam outra menininha.
"Essas foram as únicas lágrimas que soltei esse dia, pela alegria de que fosse uma menina", disse.
Depois da mastectomia, Maria sofreu três sessões de quimioterapia, entre as que ela deu a luz a sua filha, Johannah, às 36 semanas.
Maria enfrentou uma das provas mais difíceis quando, depois do nascimento de Johannah, ela e a sua família tiveram que viajar três horas desde seu lar no Yarmouth ao Halifax, para uma terapia de radiação que durou seis semanas, ao mesmo tempo que educava no lar a quatro de seus filhos.
"Pensei que as coisas seriam mais fáceis (desde) que já não estivesse grávida", explicou, "mas as coisas se tornaram muito piores".
Maria disse que pedia a Deus "força para sair da cama e passar mais tempo com as crianças".
"O Senhor proveu e orquestrou tudo para nós por todo o ano", especialmente levando "todas as pessoas corretas a nossas vidas no momento certo", indicou.
Maria encontrou uma particular força na passagem de Mateus 21, 21-22, que diz "mas até mesmo se disserdes a esta montanha: ‘Ergue-te e lança-te ao mar’, isso acontecerá. E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis".
"Deus era capaz de mover a ‘montanha do câncer’ para nossa família", disse.
Depois de sua batalha com o câncer de mama, a filha de 17 anos de Maria, Jocelyn, nomeou-a para o prêmio "Mamãe do Ano" do Walmart, que é uma "celebração das 9.2 milhões de mamães canadenses que trabalham incansavelmente cada dia para prover a sua família".
A ganhadora receberá 10,000 dólares em dinheiro e será feita uma doação de 100,000 dólares à organização caritativa de sua eleição. A "Mamãe do Ano" também será recompensada com um "dia para consenti-la", uma sessão fotográfica e um "ornamento especial com entrada de tapete vermelho" em Toronto.
Se ganhar, Maria dará sua doação ao Camp Peniel, um acampamento cristão perto de onde sua filha Jocelyn trabalha.
"Este acampamento é surpreendente e está fazendo um fabuloso trabalho em levar ao Senhor Jesus a tantas pessoas, cada ano" afirmou.
As nomeações culminaram no dia 8 de julho, mas os juízes terão que deliberar entre as 16,909 candidatas, e anunciarão a ganhadora "ao redor do dia 15 de agosto".

Cura de colombiano com Parkinson seria "milagre" para a canonização de João Paulo II


BOGOTÁ, 17 Jul. 12 / 10:47 am (ACI/EWTN Noticias).- Um colombiano que sofria de Parkinson e que teria sido curado "milagrosamente" por intercessão do Beato João Paulo II poderia ser o testemunho que faça realidade a canonização do Papa polonês.
Conforme informou neste 14 de julho o jornal El Tiempo, trata-se do caso de Marco Fidel Rojas, ex-prefeito da Huila e cujo testemunho "foi enviado ao escritório vaticano encarregado da causa de canonização de João Paulo II, onde devem estudar um novo milagre para que seja proclamado santo".
O caso
Conforme relatou Marco Fidel, tudo começou no dia 8 de dezembro de 2005 quando sentiu os primeiros sintomas da enfermidade. Após uma série de exames foi determinado que ele tinha sofrido um acidente vascular cerebral. Posteriormente lhe indicaram que como consequência do AVC havia adquirido o mal de Parkinson.
Pouco a pouco a enfermidade foi piorando. "Em qualquer momento podia me desabar. Várias vezes me caí na rua", indicou e relatou que inclusive como consequência de um destes desabamentos quase foi atropelado por um táxi.
Foram passando os anos até que na noite do dia 27 de dezembro de 2010 recordou que numa viagem a Roma conheceu o então Papa João Paulo II numa missa e que falou com ele uns poucos segundos.
"Tenho um amigo no céu. E teve Parkinson. Por que não o tinha invocado antes? Venerável Padre João Paulo II: venha e cura-me, ponha suas mãos na minha cabeça", disse essa noite no meio da sua dor.
Essa noite dormiu profundamente e ao dia seguinte já não tinha os sintomas da enfermidade.
"Sim, João Paulo II fez o milagre de me curar", disse o colombiano que agora não duvida em destinar sua pensão para estender a devoção ao Papa polonês comprando e dando de presente estampinhas.
"Minha grande promessa com meu curador, com o beato, é regar a devoção por onde veja que posso", contou ao jornal El Tiempo. Segundo o jornal, disse que seria como voltar a nascer se João Paulo II é proclamado santo graças a sua história.
Segundo o jornal colombiano, a cura de Marco Fidel é certificada pelo "prestigioso neurologista Antonio Schlesinger Piedrahita", que no certificado expedido no dia 26 de setembro de 2011 assinala que "atualmente encontro o paciente em boas condições de saúde. Apresenta tremor de repouso nas mãos. Resto do exame neurológico, normal".
Como se recorda, o milagre que permitiu a beatificação do Papa João Paulo II foi a cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que também padecia de Parkinson, a enfermidade que durante anos padeceu o falecido Pontífice.

Católicos de Hong Kong aproveitam a hora de almoço para evangelizar


ROMA, 17 Jul. 12 / 11:13 am (ACI/EWTN Noticias).- A Catedral da Diocese de Hong Kong (China) propôs, no último mês de março, aproveitar a hora do almoço dos trabalhadores como um momento de formação da fé e responder assim às necessidades pastorais atuais.
É assim que a comunidade da Catedral, que sabe os ritmos de vida estressantes que os empregados e trabalhadores enfrentam, organiza todas as terças-feiras uma reunião com eles durante a hora do almoço, para apresentar temas relacionados com a fé cristã, conforme informou a agência vaticana Fides.
Durante a reunião também se prevê um espaço para a direção espiritual dos sacerdotes, o intercâmbio de experiências da vida de fé dos trabalhadores e os problemas cotidianos familiares ou do escritório.
Depois dos primeiros meses que surgiu a iniciativa os participantes definiram a experiência como um "oásis do coração". Além disso, motivou a muitos a "assistir regularmente a missa dominical e à vida de paróquia".
Esta iniciativa impulsionou a que várias paróquias da diocese estejam fazendo este tipo de atividade pastoral em Hong Kong.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vaticano não reconhece Bispo ordenado sem a permissão do Papa na China




O Vaticano rechaçou a ilícita ordenação episcopal do sacerdote Joseph Yue Fusheng, ocorrida na sexta-feira 6 de julho em Harbin, província de Heilongjang na China. Em um comunicado a Santa Sé explica que devido a este ato realizado sem mandato do Papa, o sacerdote incorreu em excomunhão.

"A Santa Sé não reconhece o Rev. Yue Fusheng como bispo da Administração Apostólica de Harbin e ele está desprovido da autoridade de governar os sacerdotes e a comunidade católica na província de Heilongjiang", indica a nota.

O sacerdote, segundo indica a nota da Santa Sé, "fora de há muito informado que não poderia ser aprovado pela Santa Sé como candidato episcopal, e reiteradas vezes lhe fora solicitado que não aceitasse a ordenação episcopal sem o mandato pontifício".

Além disso, segundo recorda a Radio Vaticano em seu boletim em português, a nota oficial recorda ainda que também "os bispos, que participaram da ordenação episcopal ilegítima e se expuseram às sanções previstas pela lei da Igreja, devem referir à Santa Sé acerca de sua participação na cerimônia religiosa".

Por outro lado, expressa apreço por "aqueles sacerdotes, aquelas pessoas consagradas e aqueles fiéis leigos que rezaram e jejuaram pela desistência do Rev. Yue Fusheng, pela santidade dos bispos e pela unidade da Igreja na China".

O comunica convida "todos os católicos na China, Pastores, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos" a "defenderem e a salvaguardar aquilo que pertence à doutrina e à tradição da Igreja", para que "mesmo nas presentes dificuldades eles olhem com confiança para o futuro, confortados pela certeza de que a Igreja é fundada na rocha de Pedro e de seus Sucessores".

Ademais, confiando "no efetivo desejo das autoridades governamentais chinesas de dialogar com a Santa Sé – prossegue a nota –, a Sé Apostólica faz votos de que as autoridades chinesas não favoreçam gestos contrários a tal diálogo".

E "também os Católicos chineses esperam passos concretos no mesmo sentido, em primeiro lugar, evitando as celebrações ilegítimas e as ordenações episcopais sem mandato pontifício, que criam divisão e trazem sofrimento para as comunidades católicas na China e na Igreja universal".

Por fim, a nota da Santa Sé indica como "motivo de apreço e de encorajamento" a ordenação do Rev. Tadeu Ma Daqin como bispo auxiliar da Diocese de Xangai, celebrada no último sábado, 7 de julho. Todavia, "a presença de um bispo que não se encontra em comunhão com o Santo Padre" é definida como "inoportuna", e é uma demonstração de "falta de sensibilidade para com uma ordenação episcopal legítima".

Segundo recorda também a Radio Vaticano, a nota desta terça-feira, 10 de julho, segue à do último dia 3, assinada pela Congregação para a Evangelização dos Povos, na qual já se condenava a prevista ordenação do Rev. Fue Fusheng, "programada de modo unilateral" e destinada a produzir "divisões, dilacerações e tensões na comunidade católica na China". 

Fonte: ACI Digital

Oração oficial da JMJ Rio 2013 será lançada nesta sexta-feira



A oração oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio de Janeiro 2013 será lançada na próxima sexta-feira, 13, durante a "Vigília dos Jovens Adoradores", evento organizado pelo Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 e pelo Setor Juventude da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

A Vigília acontece todas as segundas sexta-feiras de cada mês, com o objetivo de preparar espiritualmente a juventude do Rio para o encontro; e rezar pelos preparativos do evento, pelos jovens do mundo inteiro e pelo Papa Bento XVI. Contudo, devido a ocasião especial, o encontro de julho terá algumas peculiaridades.

Diferentemente dos outros meses, em que a Vigília foi realizada dentro da igreja de Sant'Ana, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, neste mês ela começará no Largo da Carioca, às 17h30, com apresentações musicais.

O lançamento da oração oficial acontecerá logo após Santa Missa presidida pelo presidente do COL e arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Terminada a apresentação da oração, começará a procissão com o Santíssimo Sacramento até a Igreja de Sant'Ana, Santuário de Adoração Perpétua do Rio de Janeiro, onde os jovens ficarão em vigília até às 6h do sábado, 14.

Iniciada em setembro de 2011, a "Vigília dos Jovens Adoradores" tem levado cerca de mil jovens. A expectativa, segundo os organizadores do evento, é que o público desta edição seja superior.

Fonte: Gaudium Press

Igreja Episcopal dos EUA aprova uniões de casais gays

  A Igreja Episcopal dos Estados Unidos, uma das maiores denominações religiosas do país, aprovou em convenção nesta terça-feira (10) que seus padres poderão conduzir cerimônias para abençoar casais do mesmo sexo.

A decisão foi aprovada por uma convenção de bispos da Igreja na segunda, por 111 votos a favor e 41 contra, com apenas três abstenções, segundo a CNN. Após a votação, a medida foi submetida a nova convenção nesta terça em Indianapolis.

O californiano Billy Bradford segura bandeiras em frente à sede da Corte, em São Francisco, enquanto aguardava a decisão sobre o casamento gay, nesta quinta-feira (12) (Foto: Eric Risberg / AP)Militantes do movimento gay participam de manifestação em frente a corte de São Francisco, nos EUA, pela aprovação do casamento gay, em 2010 (Foto: Eric Risberg / AP)
Na nova votação, após mais de uma hora de debate, a medida foi aprovada por 78% dos membros representativos da Igreja e 76% dos clero.
Com isso, a Igreja Episcopal se tornou a maior denominação religiosa dos EUA a reconhecer oficialmente relações entre pessoas do mesmo sexo. A Igreja tem quase 2 milhões de fiéis nos Estados Unidos.
A cerimônia de bênção de casais não é considerada um casamento, explica a porta-voz da Igreja Nancy Davidge. “Nós estamos autorizando a bênção, que é diferente do casamento. A bênção é uma resposta teológica para um relacionamento comprometido e monogâmico.”
Um casamento, ela explica, requer o envolvimento de autoridades civis e muitos estados norte-americanos não permitem uniões gays.

Bispos homossexuais

Desde 2010, a Igreja Episcopal americana vinha se posicionando favorável a uniões homossexuais. Naquele ano, a igreja nomeou pela segunda vez um homossexual como bispo, neste caso uma mulher, cuja eleição provocou uma reação violenta do chefe da Igreja Anglicana, da qual depende a Igreja Episcopal.Mary Glasspool, 56 anos, que mantém abertamente uma relação com outra mulher desde 1988, foi nomeada bispo pela diocese episcopal de Los Angeles, durante uma cerimônia que reuniu 3.000 pessoas.

Em 2003, o reverendo Gene Robinson foi nomeado bispo em New Hampshire (nordeste do país). A eleição de Robinson envolveu a Igreja Episcopal e toda a Igreja Anglicana em uma tormenta, provocando um cisma por parte de algumas dioceses e paróquias conservadoras.

 Fonte: G1

terça-feira, 10 de julho de 2012

Nota da Santa Sé sobre ordenação episcopal ilegítima na China - 10/07/2012 - 15:20



A Santa Sé condena, com uma nota oficial, a ordenação episcopal ilegítima do Rev. Joseph Yue Fusheng, celebrada em Harbin – situada na província de Heilongjiang – na China, sexta-feira passada, dia 6. Ordenado sem mandato pontifício, o Rev. Yue Fusheng incorreu automaticamente na excomunhão, como previsto pelo Código de Direito Canônico.

Ao mesmo tempo, a Santa Sé expressa apreço por todos os chineses que rezaram pela desistência do reverendo e confia no efetivo desejo de diálogo das autoridades governamentais chinesas.

"A Santa Sé não reconhece o Rev. Yue Fusheng como bispo da Administração Apostólica de Harbin e ele está desprovido da autoridade de governar os sacerdotes e a comunidade católica na província de Heilongjiang", lê-se na nota.

O reverendo "fora de há muito informado que não poderia ser aprovado pela Santa Sé como candidato episcopal, e reiteradas vezes lhe fora solicitado que não aceitasse a ordenação episcopal sem o mandato pontifício".

Além disso, a nota oficial recorda que também "os bispos, que participaram da ordenação episcopal ilegítima e se expuseram às sanções previstas pela lei da Igreja, devem referir à Santa Sé acerca de sua participação na cerimônia religiosa".

Por outro lado, expressa apreço por "aqueles sacerdotes, aquelas pessoas consagradas e aqueles fiéis leigos que rezaram e jejuaram pela desistência do Rev. Yue Fusheng, pela santidade dos bispos e pela unidade da Igreja na China".

Daí, o convite a "todos os católicos na China, Pastores, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos" a "defenderem e a salvaguardar aquilo que pertence à doutrina e à tradição da Igreja", para que "mesmo nas presentes dificuldades eles olhem com confiança para o futuro, confortados pela certeza de que a Igreja é fundada na rocha de Pedro e de seus Sucessores".

Ademais, confiando "no efetivo desejo das autoridades governamentais chinesas de dialogar com a Santa Sé – prossegue a nota –, a Sé Apostólica faz votos de que as autoridades chinesas não favoreçam gestos contrários a tal diálogo".

E "também os Católicos chineses esperam passos concretos no mesmo sentido, em primeiro lugar, evitando as celebrações ilegítimas e as ordenações episcopais sem mandato pontifício, que criam divisão e trazem sofrimento para as comunidades católicas na China e na Igreja universal".

Por fim, a nota da Santa Sé indica como "motivo de apreço e de encorajamento" a ordenação do Rev. Tadeu Ma Daqin a bispo auxiliar da Diocese de Xangai, celebrada no último sábado, dia 7. Todavia, "a presença de um bispo que não se encontra em comunhão com o Santo Padre" é definida "inoportuna", uma demonstração de "falta de sensibilidade para com uma ordenação episcopal legítima".

A nota desta terça-feira, 10 de julho, segue à do último dia 3, assinada pela Congregação para a Evangelização dos Povos, em que desde já se condenava a prevista ordenação do Rev. Fue Fusheng, "programada de modo unilateral" e destinada a produzir "divisões, dilacerações e tensões na comunidade católica na China". Última Alteração: 15:20:00

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Cidade do Vaticano

Morre Dom Eugênio, cardeal mais antigo da igreja católica


O cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio, morreu às 22h30 desta segunda-feira (9), aos 91 anos, após sofrer um infarto em casa.
Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, velório e enterro serão na catedral da cidade: o velório nesta terça de manhã, e o enterro, na quarta, às 15h.

Dom Eugênio participa de missa no Vaticano em 2005 (Foto: Arquivo/AP)
Nascido em Acari (RN), em 11 de novembro de 1920, Dom Eugênio Sales foi ordenado bispo aos 33 anos, em Natal (RN), com apenas 11 de sacerdócio. Em 1968, tornou-se arcebispo de Salvador e, em 1971, arcebispo do Rio.
Ficou à frente da arquidiocese carioca até 2001, onde se tornou referência na defesa de perseguidos políticos. Em 2008, soube-se que ele abrigou mais de 4.000 pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul entre 1976 e 1982.
Ele foi um dos prelados brasileiros que mais cargos ocuparam no Vaticano. Em nota, a arquidiocese lamentou a morte e registrou: "Dom Eugênio de Araujo Sales, o mais antigo Cardeal da Igreja Católica, era Cardeal Presbítero da Santa Igreja Romana, do Título de São Gregório VII. Seu lema, fundamentado na Carta de São Paulo aos Coríntios, foi: 'Impendam et Superimpendar' (2Cor 12,15: 'De muito boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós')".
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou luto de três dias. Ele e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, divulgaram notas em que lamentam a morte do religioso.
O atual arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, afirmou que "Dom Eugênio Sales foi um homem que seguiu Jesus Cristo, que soube estar presente nos momentos do Brasil, na questão dos refugiados, dos perseguidos. Ao mesmo tempo, teve sua presença junto ao Vaticano. Ele deixa marcada sua vida pela sua presença significativa na Igreja e no Brasil. Lembramos de sua atuação na Favela do Vidigal, ajudando os mais necessitados. Foi alguém que nunca deixou a fidelidade ao seu amor à Igreja e ao Santo Padre” 
Trajetória
Dom Eugênio Sales nasceu em 8 de novembro de 1920 e entrou para o seminário em 1936. Após o Curso de Humanidades, foi enviado ao Seminário Maior da Prainha em Fortaleza, onde permaneceu de 1937 a 1943.
Sua ordenação diaconal ocorreu no dia 16 de março de 1943. Na manhã do dia 21 de novembro do mesmo ano foi ordenado sacerdote por Dom Marcolino, na antiga Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, e celebrou a primeira missa por ocasião da festa da padroeira com a homilia proferida por Monsenhor Paulo Herôncio.
No início do seu ministério sacerdotal recebeu a nomeação para coadjutor da Paróquia de Nova Cruz e capelão do Colégio Nossa Senhora do Carmo. Em 1944, transferido para Natal, foi designado capelão do Colégio Marista, diretor espiritual e professor do Seminário São Pedro.
Em 1954, aos 33 anos, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo Papa Pio XII. Em 6 de janeiro de 1962, foi nomeado administrador apostólico de Natal, função exercida até 1964.
Naquele ano, foi também nomeado administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador. No dia 29 de outubro de 1968, foi nomeado pelo Papa Paulo VI arcebispo de Salvador.
Em 28 de março de 1969, o Papa Paulo VI comunicou oficialmente a escolha de Dom Eugenio Sales para o Colégio Cardinalício. Durante o Consistório realizado entre os dias 28 de abril e 01 de maio de 1969, é criado Cardeal.
No dia 13 de março de 1971, foi nomeado arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro pelo Papa Paulo VI. Ocupou o cargo de 27 de março de 1971 a 25 de julho de 2001.
Atuação durante o regime militar
Reportagem do site do jornal "O Globo" lembra que, "em 67 anos de vida dedicada à Igreja, o cardeal foi rotulado tanto como líder conservador quanto 'bispo vermelho', por ter, no início do sacerdócio, ajudado a criar os primeiros sindicatos rurais no Rio Grande do Norte. Um capítulo importante da vida de Dom Eugenio remonta à ditadura, quando atuou de maneira silenciosa, abrigando no Rio mais de quatro mil pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul, entre 1976 e 1982, especialmente argentinos".

Fonte: G1

segunda-feira, 9 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Líbano em contagem regressiva para receber o Papa; entrevista com o coordenador libanês - 04/07/2012 - 13:57


Anunciado oficialmente nesta terça-feira, o programa da Viagem Apostólica do Papa ao Líbano, entre os dias 14 e 16 de setembro, movimentou a coordenação do evento em Beirute. O colega da redação italiana, Alessandro Gisotti, entrevistou Padre Marwan Tabet, que está à frente da equipe de coordenação.
“O programa da visita do Papa foi muito bem recebido pelos libaneses. No mesmo momento em que o Vaticano fez o anúncio, também o Governo libanês o fez, assim como o Centro de Informação Católico em Beirute. O programa foi muito divulgado pelos meios de comunicação do Líbano. Os preparativos estão em fase avançada para receber Bento XVI no Líbano”.
A Viagem Apostólica no Líbano está fundada na assinatura da Exortação Apostólica pós-Sinodal para o Oriente Médio. Tal fato é também um sinal de esperança para todos os cristãos da região, não somente aos libaneses.
“Durante a visita o Papa vai encontrar também os líderes religiosos muçulmanos. Além disso, terá outro encontro com os líderes religiosos ortodoxos e, ao mesmo tempo, no Palácio presidencial, encontrará as autoridades civis, culturais e sociais do Líbano. Terá, portanto, ocasião de dirigir-se a eles e de escutá-los. O Papa terá, assim, a possibilidade de encontrar a sociedade civil no Líbano e não somente os cristãos ou os católicos”.
Um dos momentos mais esperados da Visita Apostólica é o encontro do Papa com os jovens.
“Temos muitos jovens comprometidos para este evento e não temos bastante espaço para acolher todos aqueles que deveriam estar presentes. Deveremos fazer escolhas e dar oportunidade a todos os variados movimentos para que estejam representados. Dois dias antes da chegada do Papa, em um dos grandes estádios do Líbano, será organizada uma grande reunião para os jovens, justamente em preparação para a visita do Papa”.
O papel de peregrino da paz de Bento XVI ajudará o Oriente Médio a buscar a reconciliação.
“Esta certamente é a mensagem do Papa: ele vem com a paz de Cristo. O Papa quer justamente isso: trazer a paz, rezar junto com as pessoas – sejam elas cristãs ou muçulmanas – e dar vida a um novo clima: o clima da convivência entre as diferentes religiões.

Evento em mais de 50 cidades celebra o dia do Catecismo Jovem


Há um ano, o YouCat foi lançado, ao menos simbolicamente, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Madrid, sendo que cada peregrino ganhou o seu exemplar, como um presente pessoal do próprio Papa Bento XVI.

No prefácio do YouCat, o Santo Padre fez um convite a todos os jovens: “Estudai o Catecismo com paixão e perseverança! Para isso, sacrificai tempo! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o enquanto casal se tiverdes a namorar, formai grupos de estudo e nas redes sociais, partilhai-o entre vós na internet! Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé!”.
Inspirados neste convite, cinco seminaristas criaram o projeto que hoje é reconhecido pela Arquidiocese de Florianópolis, Igreja local em que surgiu. Através das redes sociais, partilham, estudam e motivam a utilização do YouCat pela juventude brasileira.
Em comemoração ao aniversário de um ano do projeto, e em vistas da aproximação da JMJ em julho do ano que vem, foi criado e motivado a realização do Dia do Catecismo Jovem. Em todo o Brasil, mais de 50 iniciativas se espalham em comemoração ao dia, que será celebrado com estudos, partilhas, shows, e divulgação do YouCat.
Na capital paulista e na sede da comunidade, em Cachoeira Paulista (SP), a Canção Nova promove o primeiro Aprofundamento Youcat School, nos dias 7 e 8 de julho, em comemoração ao Dia do Catecismo Jovem. Com o tema "Um jeito jovem de aprender a fé", o encontro tem o objetivo de atender o apelo do Santo Padre.
Em Porto Seguro (BA), o encontro será no dia 8 de julho, na Paróquia São Sebastião. Os jovens serão convidados a uma programação com diversas palestras, além de um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento e o Terço da Misericórdia. No final do dia, o encerramento será com o Show do cantor católico Eros Biondini.

Em Pará de Minas (MG), o encontro ocorre no sábado, 7 de julho, na Paróquia São Francisco. Além da apresentação do YouCat, sua história, estrutura e objetivos, haverá a montagem de um painel pelos próprios jovens, com temas relacionados ao YouCat.
Em Florianópolis (SC), o encontro foi organizado pela equipe que coordena o projeto no Brasil e acontece neste domingo (8), na Paróquia da Santíssima Trindade. Na programação, dois momentos, de informações sobre a JMJ e de espiritualidade com base nos intercessores jovens. O encontro conta com a presença do Pe. Hélio Luciano, doutor em Bioética, que apresenta um estudo e bate-papo sobre temas polêmicos, como aborto, eutanásia e outros, de interesse dos jovens.