segunda-feira, 7 de maio de 2012

As Quatro Marcas da Igreja


As Quatro marcas da Igreja ou Quatro Características da Igreja são um grupo de quatro adjetivos considerados como características que descrevem as marcas distintivas da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, sendo elas - una, santa, católica e apostólica. Essa crença é partilhada pela Igreja Católica, Ortodoxa, Nestoriana, Não-Calcedoniana, e pelo protestantismo histórico, que por vezes é chamado de Atributos da Igreja.
Estas características foram dogmatizadas pelo Credo Niceno-Constantinopolitano, em 381, que professa: "Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica". Embora nenhuma afirmação de fé pode expressar a totalidade da teologia e crença cristã, as quatro marcas representam um resumo de algumas das afirmações mais importantes dela. Estas palavras foram usadas durante a Reforma Católica para distinguir a Igreja Católica das demais denominações surgidas da Reforma Protestante.
Esta composição foi defendida por diversos Padres da Igreja nos três primeiros séculos do cristianismo. Uma referência a ela é encontrada nas epístolas de Santo Inácio, Bispo de Antioquia, por Eusébio de Cesareia, Santo Atanásio e etc. O Primeiro Concílio de Nicéia realizado em 325, que desenvolveu o Credo Niceno, cita a catolicidade e apostolicidade da Igreja. Estas características foram dogmatizadas pelo Credo Niceno-Constantinopolitano, em 381: "Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica".
Quatro marcas
- Una
"Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos". (Ef 4:5-6). "Una" descreve a unidade do Corpo de Cristo. Essas palavras do Credo falam dos seguidores de Jesus Cristo, unidos em sua crença em um só Deus, um só Senhor, no Cenáculo. No discurso final de Jesus com seus discípulos, na noite de sua prisão, ele orou três vezes pedindo que eles pudessem ser apenas "um" (Jo. 17:20-23). Ele reza para que os cristãos possuam unidade, afirmando que esta unidade irá fornecer a evidência mais convincente para o mundo que ele é o seu Salvador.
- Santa
A palavra "santa" significa a procura constante da Igreja pelo aperfeiçoamento e amadurecimento espiritual, uma vez que todos os cristãos foram "chamados a serem santos" (Romanos, 1: 7). Jesus fundou sua Igreja terrestre para continuar a sua obra redentora e santificadora do mundo, sendo a santidade da Igreja derivada da santidade de Cristo. Porém isto não implica que os membros da Igreja são livres do pecado.
- Católica
Porque a Igreja é universal e está espalhada por toda a Terra; é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé; "leva e administra a plenitude dos meios" necessários para a salvação" (incluindo os sete sacramentos), dados por Jesus à sua Igreja; "é enviada em missão a todos os povos, em todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que eles pertençam"; e nela está presente Cristo.
Então Jesus veio para eles e disse:
"Toda a autoridade no céu e na terra foi dada a mim.
Portanto ide e fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e
ensinando-os a obedecer tudo o que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos ".
Mateus 28:18-20
- Apostólica
Porque ela é fundamentada na doutrina dos Apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura. Segundo a Doutrina Católica, todos os Bispos da Igreja são sucessores dos Apóstolos e o Papa, Chefe da Igreja, é o sucessor de São Pedro ("Príncipe dos Apóstolos"), que é a pedra na qual Cristo edificou a sua Igreja.
A palavra para "Pedro" e para "pedra" em aramaico são a mesma (Cepha, também transliterado Kipha), assim Pedro é a rocha da Igreja, o princípio da unidade e de estabilidade. Nos países da Antiguidade, a chave é um símbolo de autoridade, deste modo, dando a Pedro as "chaves do reino dos céus" Cristo promete que Ele vai conferir ao apóstolo o poder de governar o Igreja, no seu lugar como seu Vigário. Em todos os evangelhos do Novo Testamento, Pedro encabeça os apóstolos (Mt 10,1-4; Mc 3,16-19; Lc 6,14-16; At 1,13). Pedro era o primeiro que falava em nome dos apóstolos (Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 12,41; Jo 6,69), e preside muitas cenas notáveis (Mt 14,28-32; Mt 17,24, Mc 10,28). "Em cada Evangelho, ele é o primeiro discípulo, à ser chamado por Jesus."

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