sexta-feira, 29 de julho de 2016

Há 10 anos, Bento XVI estremeceu o mundo com este discurso em Auschwitz

CRACÓVIA, 29 Jul. 16 / 09:00 am (ACI).- Transcorreu uma década e ainda permanece na memória de muitos o enérgico e emocionado discurso pronunciado pelo Papa Bento XVI no campo de concentração de Auschwitz (Polônia), onde o Papa Francisco também esteve presente hoje, no contexto da JMJ Cracóvia 2016. 
Auschwitz foi o maior centro de extermínio nazista, onde morreram 1.100.000 pessoas – 90 % judeus –, e entre os quais estiveram São Maximiliano Kolbe e Santa Edith Stein.
“Em um lugar como este faltam as palavras, no fundo pode permanecer apenas um silêncio aterrorizado um silêncio que é um grito interior a Deus: Senhor, por que silenciaste? Por que toleraste tudo isto?”, expressou Bento XVI no dia 28 de maio de 2006.
O então Pontífice pediu “que este silêncio se torne depois pedido em voz alta de perdão e de reconciliação, um grito ao Deus vivo para que jamais permita uma coisa semelhante”.
O Santo Padre disse que para ele era muito difícil tomar a palavra, como cristão e como Papa alemão, neste “lugar de horror, de acúmulo de crimes contra Deus e contra o homem”.
Também enfatizou que não podia deixar de vir a esse lugar: “É um dever perante a verdade e o direito de quantos sofreram, um dever diante de Deus, de estar aqui como sucessor de João Paulo II e como filho do povo alemão, filho daquele povo sobre o qual um grupo de criminosos alcançou o poder com promessas falsas (...) com a consequência de que nosso povo pôde ser usado e abusado como instrumento da sua vontade de destruição e de domínio”.
Bento XVI recordou ao mundo que “não podemos perscrutar o segredo de Deus vemos apenas fragmentos e enganamo-nos se pretendemos eleger-nos a juízes de Deus e da história”.
Entretanto, enfatizou que “nosso grito a Deus deve ao mesmo tempo ser um grito que penetra o nosso próprio coração, para que desperte em nós a presença escondida de Deus” e não permaneçamos “na lama do egoísmo, do medo dos homens, da indiferença e do oportunismo”.
O Papa considerou particularmente necessário elevar este grito a Deus, precisamente nesta nossa hora presente, na qual “parecem emergir de novo dos corações dos homens todas as forças obscuras: por um lado, o abuso do nome de Deus para a justificação de uma violência cega contra pessoas inocentes; por outro, o cinismo que não conhece Deus e que ridiculariza a fé n'Ele”.
“Nós gritamos a Deus, para que impulsione os homens a arrepender-se, para que reconheçam que a violência não cria a paz, mas suscita apenas outra violência uma espiral de destruição, na qual todos no fim de contas só têm a perder”, concluiu.

TEXTO: Palavras do Papa Francisco em sua visita ao Hospital Pediátrico

CRACÓVIA, 29 Jul. 16 / 11:50 am (ACI).- Como já se tornou habitual em seu pontificado e, de modo especial em suas viagens internacionais, o Papa Francisco fez uma visita ao Hospital Pediátrico de Prokocim, em Cracóvia, no marco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016.
A seguir, o discurso que pronunciou diante das crianças, médicos, funcionários e familiares:
Queridos irmãos e irmãs!
Na minha visita a Cracóvia, não podia faltar o encontro com os pequeninos pacientes deste hospital. A todos vos saúdo e agradeço cordialmente ao senhor Primeiro-Ministro as amáveis palavras que me dirigiu. A minha vontade era poder demorar-me um pouco com cada criança doente, junto da sua cama, abraçar-vos uma a uma, ouvir nem que fosse só por um momento cada uma de vós e, juntos, guardar silêncio perante certas perguntas para as quais não há resposta imediata. E rezar.
Várias vezes o Evangelho nos mostra o Senhor Jesus, que encontra os doentes, acolhe-os e vai também de bom grado ter com eles. Sempre Se dá conta deles, fixa-os como uma mãe olha para o filho que não está bem e, dentro d’Ele, sente-Se movido à compaixão.
Como gostaria que nós, como cristãos, fôssemos capazes de permanecer ao lado dos doentes à maneira de Jesus, com o silêncio, com uma carícia, com a oração. Infelizmente a nossa sociedade encontra-se poluída com a cultura do «descarte», que é o contrário da cultura do acolhimento. E as vítimas da cultura do descarte são precisamente as pessoas mais fracas, mais frágeis; isto é uma crueldade. Diversamente, é bom ver que, neste hospital, os mais pequeninos e necessitados são acolhidos e cuidados. Obrigado por este sinal de amor que nos ofereceis! O sinal da verdadeira civilização, humana e cristã, é este: colocar no centro da atenção social e política as pessoas mais desfavorecidas.
Às vezes, as famílias veem-se sozinhas a tomar conta deles. Que fazer? A partir deste lugar, onde se vê o amor concreto, gostaria de dizer: multipliquemos as obras da cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão, amor a Jesus crucificado, à carne de Cristo. Servir com amor e ternura as pessoas que precisam de ajuda faz-nos crescer, a todos, em humanidade; e abre-nos a passagem para a vida eterna: quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte.
Desejo encorajar a todos aqueles que fizeram, do convite evangélico a «visitar os doentes», uma opção pessoal de vida: médicos, enfermeiros, todos os profissionais de saúde, assim como os capelães e os voluntários. Que o Senhor vos ajude a bem realizar o vosso trabalho, tanto neste como em qualquer outro hospital do mundo. E que Ele vos recompense dando-vos a serenidade interior e um coração sempre capaz de ternura.
Obrigado a todos por este encontro! Levo-vos comigo, no afeto e na oração. E também vós, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Primeiro dia de festival Halleluya tem público recorde

   CRACÓVIA, 19 Jul. 16 / 05:00 pm (ACI).- A uma semana do início da JMJ FORTALEZA, 21 Jul. 16 / 11:00 am (ACI).- Celebrando seus 20 anos, o Festival Halleluya teve início na quarta-feira, 20, em Fortaleza (CE), e contabilizou um público recorde neste primeiro, 150 mil pessoas. A expectativa total dos organizadores é contabilizar um público de 1 milhão de participantes nos cinco dias deste evento que é promovido pela Comunidade Católica Shalom.
  A 20ª edição do Halleluya teve início com a Santa Missa presidida pelo Padre Antônio Furtado, missionário da Comunidade Shalom. O sacerdote refletiu sobre a parábola do semeador, segundo a qual um homem sai para semear e algumas sementes caem ao longo do caminho, outras em terreno pedregoso e outras ainda entre espinhos e nenhuma dessas dá frutos. Por outro lado, as sementes que caíram em boa terra deram bons frutos.
“Jesus é o semeador e o nosso coração é a terra que Ele escolheu para semear”, disse Pe. Furtado, ressaltando que quando a semente cresce, ela deve ser anunciada pelos novos profetas e semeada em outros corações.
O sacerdote relembrou ainda a origem da palavra Halleluya, que vem do hebraico e significa “louvor ao Senhor”. Segundo ele, essa alegria é vivida pelos novos profetas. “Deus nos ama, nos conhece, nos consagrou e agora Ele nos envia para anunciar Seu amor e Sua misericórdia”, acrescentou.
Além da Missa, o evento contou ainda com os shows no palco principal de Filhos de Davi, Lucimare, Batista Lima e, encerrando a noite, Adoração e Vida.
Para a segunda noite do Festival, nesta quinta-feira, a batida forte no palco principal será a do rock das bandas Rosa de Saron e André Leite e ID2. Para completar o time de atrações de hoje, haverá ainda as canções empolgantes de Diego Fernandes e Adriana.
Uma das novidades deste ano é uma competição de b-boy no espaço Halleluya Adventure. Haverá DJs todos os dias animando e conduzindo a noite, além de competição de skate, patins e BMX na pista. O Adventure este ano tem a proposta de uma pista de frente para a arena principal, melhorando a acessibilidade. Esse espaço encontra-se na Arena Cultural, ambiente do Festival Halleluya criado especialmente para os jovens.
O Festival Halleluya segue até domingo, 24, no Condomínio Espiritual Uirapuru – CEU, em Fortaleza (CE).
Confira mais informações sobre o evento no site oficial: http://festivalhalleluya.org/

Reta final para JMJ 2016: Acompanhe o Papa com a oração oficial do evento

CRACÓVIA, 21 Jul. 16 / 06:00 pm (ACI).- A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Cracóvia 2016, terá início em poucos dias na Polônia. O evento que reunirá centenas de milhares de jovens do mundo inteiro e terá a presença do Papa Francisco acontecerá de 26 a 31 de julho. Para que todos rezem pelo bom êxito deste grande encontro e por seus frutos na vida da juventude, apresentamos a seguir a oração da JMJ:
Deus, Pai misericordioso, Que revelaste Teu amor em Teu Filho Jesus Cristo
e, no Espírito Santo, Consolador, o derramaste sobre nós, a Ti confiamos o futuro do mundo e de todos os homens. 
De maneira especial a Ti confiamos os jovens de todos os idiomas, povos e nações.
Guiai e protegei-os nos complicados caminhos de hoje e dê-lhes a graça de poder colher abundantes frutos a partir da experiência da Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia.
Pai celeste,faça-nos testemunhas da Tua misericórdia. 
Ensina-nos a levar a fé aos que duvidam, a esperança aos desanimados,
o amor aos indiferentes, o perdão a quem fez o mal e a alegria aos infelizes.
Fazei com que a centelha do amor misericordioso que acendeste dentro de nós
converta-se em uma chama que transforma os corações e renova a face da Terra. 
Maria, Mãe de Misericórdia, rogai por nós.
São João Paulo II, rogai por nós.
Santa Faustina, rogai por nós.

Hoje é a festa de Santa Maria Madalena, a primeira mulher que viu Cristo ressuscitado

   REDAÇÃO CENTRAL, 22 Jul. 16 / 05:00 am (ACI).- Santa Maria Madalena é uma das discípulas mais fiéis e que o Senhor escolheu para ser testemunha de sua ressurreição ante os apóstolos, do mesmo modo é exemplo para toda mulher da Igreja e da evangelização autêntica, isto é, de uma evangelizadora que anuncia a alegre mensagem central da Páscoa.
  No dia 10 de junho deste ano, o Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, emitiu um decreto no qual, seguindo a vontade do Papa Francisco, estabeleceu-se que a memória litúrgica Santa Maria Magdalena se eleve à festa.
   Referindo-se a ela, Bento XVI expressou em 2006 que “a história de Maria Madalena recorda a todos uma verdade fundamental:  discípulo de Cristo é aquele que, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de lhe pedir ajuda, foi por Ele curado e se pôs no seu seguimento de perto, tornando-se testemunha do poder do seu amor misericordioso, mais forte do que o pecado e a morte”.
   Nos Evangelhos, fala-se de Maria Madalena, a pecadora (Lc 7,37-50); Maria Madalena, uma das mulheres que seguiram o Senhor (Jo 20,10-18); e Maria de Betânia, a irmã de Lázaro (Lc 10,38-42).
A liturgia romana identifica as três mulheres com o nome de Maria Madalena, assim como a antiga tradição ocidental desde a época de São Gregório Magno.
Maria Madalena seguiu Jesus até o Calvário e esteve diante do corpo falecido do Senhor. No domingo da Ressurreição, foi a primeira a ver o Cristo ressuscitado e teve a honra de ser enviada pelo Senhor para anunciar esta boa notícia aos discípulos.
Oração:
Ó Deus, o vosso filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal; dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

VÍDEO: Esta é a verdade sobre a Irmã Cecília que as carmelitas pedem divulgar

SANTA FE, 28 Jun. 16 / 12:00 pm (ACI).- A Irmã Cecília Maria do Mosteiro das Carmelitas Descalças em Santa Fé (Argentina) pediu que suas irmãs de comunidade prometessem que sempre diriam a verdade sobre ela. Ante o alvoroço por uma das fotografias que tiraram dias antes da sua morte, as religiosas pedem divulgar a maravilhosa verdade sobre sua vida.
         
 Nas redes sociais, milhares de pessoas compartilharam as fotos que a Cúria Generalícia das Carmelitas Descalças divulgou sobre os últimos dias da Irmã Ceci, religiosa argentina de 42 anos que faleceu no dia 23 de junho depois de uma dura luta contra o câncer, chamada hoje por muitos como “a religiosa do sorriso”.Uma das imagens de sua agonia na qual aparece com os olhos fechados foi apresentada por internautas e alguns meios de comunicação como se fosse de um cadáver, entretanto, na verdade foi registrada dias antes da sua morte.
“A questão que está sendo mencionada nas redes a partir desta foto – tirada dias antes da sua morte –, muda a atenção do que é bonito e importante, como viveu, a uma questão irrelevante, se já morta ela tinha ou não um sorriso. Buscam algo fantástico em vez do essencial”, explicou a Irmã Maria Madalena de Jesus do Mosteiro de Santa Fé ao Grupo ACI.