Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, a Vós me consagro, assim como toda minha família.
Consagramos a Vós nosso próprio ser, toda nossa vida, tudo o que somos, tudo o que temos, e tudo o que amamos. A Vós damos nossos corações e nossas almas. A Vós dedicamos nosso lar e nosso país. Conscientes de que, através desta Consagração nós, agora, Vos prometemos viver cristãmente praticando as virtudes de nossa religião, sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.
Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, por favor, aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós, através deste ato de Consagração. Nossa esperança é colocada em vós, com a certeza de que jamais seremos confundidos.
Sacratíssimo Coração de Jesus, tende misericórdia de nós.
Coração Imaculado de Maria, sede nossa salvação.
"Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras" (Rm 1,20).
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Amizade
Senhor, quão poucos são os verdadeiros amigos, porque imperfeitos, limitados! Muitas vezes decepciono-me, esquecida(o) de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição, uma santidade e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque humanos. Fazei-me, obstante as dificuldades, bondosa(o) e verdadeiramente amiga(o) para com todos, sem nada esperar, nem mesmo um só agradecimento. Sois, Senhor, o melhor e mais perfeito amigo entre todos os meus amigos. Vós que me amais com um amor perfeito, ensinai-me a amar com o Vosso coração, a olhar com Vossos olhos e a viver sempre como testemunha digna da profunda amizade e amor que sempre tivestes e tendes para comigo. Amém.
Abandono em Deus
Meu Pai, entrego-me a Vós. Fazei de mim o que for do Vosso agrado. O que quiserdes fazer de mim, eu Vos agradeço. Estou pronto para tudo, aceito tudo, desde que Vossa vontade se realize em mim e em todas as Vossas criaturas. Não desejo outra coisa, meu Deus! Deponho minha alma em Vossas mãos. Eu vo-la dou, meu Deus, com todo amor do meu coração porque Vos amo e porque para mim é uma necessidade de amor dar-me, entregar-me em Vossas mãos, sem medida, com uma confiança infinita, pois sois meu Pai.
Convite a Oração
Paz e Bem!
"Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes" (Jer.33:3).
Para perceber os sinais de Deus em nossas vidas e necessário está em constânte sintônia com o coração do criador e isso só é possível por meio da oração. O verdadeiro e sincero dialógo direto da nossa alma sedenta com a forte inesgotável de vida eterna que é Deus.
Deus, por meio de seu filho nos chama à oração:
Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.(Mt. 6:6)
Quando somos capazes de perceber os apelos de Deus nos fatos e acontecimento a nossa volta, na dor de um irmão que padece, na miséria que destrói a esperança de muitos, na criança abandonada e explorada que se torna vitima de uma sociedade excludente. E diante de tudo isso nos tornamos sensivéis, é o Senhor que nos convida a uma verdadeira intimidade com o seu coração. "fechar a porta"não significa se isolar em nossa piedade egoista e sentimental mas sim, receber de Deus a força para transformar essa realidade de morte, tão presente em nossa sociedade, em vida e esperança. Todo aquele que começar a ler sua palavra com o coração aberto, inevitavelmente entrará em necessidade interior. E nisto vem o convite do Pai: "Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás (Sl. 50:15).
Jesus foi a "oração personificada" Ele não tinha necessidade de oração pois a sua ligação com o Pai era perfeita “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30) mas, Ele quis nos convidar a entrar nessa mesma intimidade com o Pai
"Disse-lhes Jesus uma parábola, sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer" (Lc. 18:1). "Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e achareis; batei. e abrir-se-vos-á" (Mt. 7:7). Ele, o Filho de Deus, portanto, nos urge a intensificar a nossa oração. Pois "pedir" é um perguntar passivo, "buscar" já é uma perseverança decidida, porém "bater" significa penetrar até à presença de Deus, continuar até que a porta do Santíssimo se abra.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Por que o número sete para os sacramentos?
Contra os Reformadores protestantes, o Concílio de Trento ensinou: “Se alguém disser que os sacramentos da nova lei são mais ou são menos que sete... ou que algum destes sete não é verdadeira e propriamente sacramento, seja anátema”. Portanto, são sete os sacramentos, nem mais nem menos! Mas, que significa isso? Interessa ao Concílio não a questão do número dos sacramentos em si, mas sim afirmar que o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção, a Ordem e o Matrimônio são realmente sacramentos e somente estes o são! Eis alguns exemplos interessantes: sabemos que o sacramento da Ordem é constituído por três graus (episcopado, presbiterato e diaconato), todos os três realmente graus sacramentais. Assim, se afirmássemos que os sacramentos são nove, considerando que o episcopado e o diaconato também são verdadeiros sacramentos, não estaríamos dizendo nenhuma heresia, apesar de alterar o número sete! Não estaríamos inventando sacramentos, mas simplesmente arrumando de modo diferente os sacramentos instituídos por Jesus Cristo . Teríamos a seguinte relação: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção, Episcopado, Presbiterato, Diaconato e Matrimônio. Um outro exemplo interessante: suponhamos que algum teólogo afirmasse que o Batismo e a Confirmação são um só sacramento com dois graus, teríamos, então, seis sacramentos e, nem assim, estaríamos ferindo o Concílio de Trento, desde que se mantenha firme que a Confirmação realmente comunica a graça de um modo peculiar! Assim, a insistência no número sete é simbólica!
Mas, então, por que o número sete? Já vimos em outros artigos que, na Bíblia, o número sete significa plenitude e totalidade: é a soma de três (que indica Deus) e quatro (que significa o mundo); então, Deus e o mundo, tudo quanto existe! Quando a Igreja afirma que são sete os sacramentos, quer simplesmente afirmar que eles conferem a totalidade da graça de Cristo e também que cobrem a totalidade da existência humana e a coloca sob a ação benfazeja e salvadora da graça de Deus que veio a nós por Jesus Cristo na força do Espírito Santo. Claro que a graça não nos vem somente através dos sacramentos; mas é certo que os sacramentos são canais privilegiados desta graça divina e nos coloca em contato com ela na sua plenitude. Toda a existência humana, em todos os seus momentos, é marcada pela graça do Cristo Jesus!
Quem celebra os sacramentos?
Para responder a isto é necessário compreender uma coisa importante: no Novo Testamento há um só sacerdote, que eleva ao Pai o culto verdadeiro e santo, Jesus Cristo! Mas todos nós, cristãos, participamos do seu sacerdócio: os leigos, pelo Batismo; os bispos, padres e diáconos, pelo sacramento da Ordem; os leigos como membros do Corpo do Cristo-único sacerdote e os ministros ordenados como representantes do Cristo-Cabeça do Corpo, que é a Igreja.
Assim, os sacramentos são para a Igreja e quem os celebra é a Igreja, comunidade dos batizados, enquanto Corpo do Cristo Cabeça. Ao participarmos da celebração dos sacramentos nós somos concelebrantes, cada um, porém do seu modo específico. Por exemplo: na Eucaristia é toda a Igreja quem celebra, todos os batizados que dela participam. Nenhum cristão assiste à Missa; o cristão participa da Missa! Já um não-batizado, mesmo que esteja lá e responda e cante, apenas assiste! Participamos da celebração dos sacramentos porque somos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Mas um é o modo de participar dos leigos e outro o modo de participar do sacerdote: o padre torna presente o Cristo Cabeça do Corpo que é a Igreja, enquanto os batizados participam como membros do Corpo de Cristo.
Então, quem celebra os sacramentos? A Igreja, Corpo de Cristo, unida à sua Cabeça, que é o Cristo, tornado presente na Comunidade pelos ministros ordenados.
Qual é a finalidade da celebração dos sacramentos?
Cristo morreu e ressuscitou para derramar sobre nós o Espírito Santo que nos dá a vida divina, nos torna semelhantes ao Cristo ressuscitado e, assim, nos faz filhos do Pai, à imagem do Filho Jesus. Por isso no dia mesmo da Ressurreição o Senhor derramou seu Espírito sobre a Igreja. Ora, é exatamente este dom do Espírito (que nos cristifica, nos torna imagem do Filho Jesus e, assim, vai nos fazendo filhos do Pai até a vida eterna) que recebemos em cada sacramento. Celebrando os sacramentos, recebemos o Espírito que nos faz semelhantes ao Filho Jesus e, assim, filhos do Pai e herdeiros do Céu.
Qual, então, a finalidade dos sacramentos? Cristificar-nos, fazendo-nos templos do Espírito e filhos de Deus Pai e, por isso, herdeiros do Céu. Cristificando-nos, os sacramentos nos inserem cada vez mais no Corpo do Senhor, que é a Igreja. Por isso, podemos dizer também que os sacramentos constróem a Igreja, Corpo de Cristo
Quem instituiu os sacramentos e como os instituiu?
É convicção da Igreja que os sacramentos todos foram instituídos por Cristo. Somente assim eles têm de fato um valor salvífico verdadeiro. Corrigindo os erros de Lutero e Calvino, pais do protestantismo, o Concílio de Trento ensinou de modo infalível, com a autoridade que Cristo deu aos Apóstolos e seus legítimos sucessores, os Bispos: “Se alguém afirmar que os sacramentos da nova lei não foram todos instituídos por Jesus Cristo, nosso Senhor... seja anátema (= seja separado da Igreja)”. Mas, onde, na Bíblia aparece a instituição dos sete sacramentos, um por um? Antes de responder esta questão é necessário compreender o que o Concílio quis afirmar com a palavra “instituir”. Quando estudamos as atas do Concílio de Trento, vemos explicado lá que os Bispos participantes do Concílio afirmaram que Cristo “instituiu” no sentido que é ele, Jesus Cristo, diretamente, quem confere eficácia, poder, efeito ao rito celebrado. Em outras palavras: a força do sacramento vem de Cristo e só dele, é manifestação da sua obra de salvação. Os sacramentos não são, como dizia erradamente Calvino, instituições da Igreja. Para compreender isto é necessário reler o que escrevi sobre Jesus Cristo, o Sacramento primordial e sobre a Igreja, sacramento de Cristo! Jesus é a presença de salvação, visível e eficaz, de Deus no nosso meio – por isso ele é o Sacramento do Pai; a Igreja, por sua vez, é continuadora da presença de Cristo: o Senhor fez dela sinal visível e eficaz de sua palavra e de sua ação – ela é sacramento de Cristo! Então, ao instituir a Igreja o Senhor Jesus tinha a intenção clara que ela fosse sacramento de sua presença e que seus gestos e palavras fossem sinais eficazes de sua ação e de sua presença. Neste sentido toda a Igreja é sacramental: Jesus não quis apenas os sete sacramentos; quis muito mais: desejou a própria estrutura sacramental da Igreja; quis que sua presença graciosa e salvífica fosse vista, concreta, palpável nos ritos, gestos, ação de serviço que a Igreja realiza entre os homens. É isto que Trento quer ensinar: a estrutura sacramental da Igreja não vem nem dos Apóstolos, nem da própria Igreja, mas do próprio Cristo Jesus, Sacramento primordial! E isto é dogma de fé!
Uma observação importante: o Concílio não quis entrar na questão de como cada sacramento foi instituído por Jesus durante sua vida terrena e muito menos se preocupou em catar versículos da Escritura para provar, tintim por tintim a instituição de cada sacramento. Esta tarefa a Igreja deixa para o estudo dos exegetas e teólogos! Interessa à Igreja que, biblicamente, está mais que dito que Cristo fez de sua Igreja sacramento de sua presença, prolongamento de seus gestos e palavras salvíficos! No entanto, isto não significa que não possamos ver no próprio Novo Testamento o embrião da prática de cada um dos sacramentos. Vejamos somente alguns exemplos – existem outros:
- para o batismo: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5); “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...” (Mt 28,19).
- para a eucaristia: “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e pronunciou a bênção. Depois, partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é o meu corpo’. Em seguida, tomando um cálice, depois de dar graças, deu-lhes, dizendo: ‘Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, derramado por muitos, para o perdão dos pecados’” (Mt 26,26ss; cf. Mc 14,22-24; Lc 22,19s; 1Cor 11,24s).
- para a penitência: “E eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagem sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18s); “Após essas palavras, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados’” (Jo 20,22s).
- para a confirmação: “Quando os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouviram que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram uma oração pelos novos fiéis a fim de receberem o Espírito Santo, visto que ainda não havia descido sobre nenhum deles. Tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus” (At 8,14ss); “Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6 Pela imposição das mãos, Paulo fez descer sobre eles o Espírito Santo. Falavam em línguas e profetizavam” (At 19,5s).
- para a ordem: “E tomando um pão, deu graças, partiu-o e deu-lhes dizendo: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim’” (Lc 22,19); “Por este motivo eu te exorto reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6).
- para o matrimônio: “Não lestes que no princípio o Criador os fez homem e mulher e disse: Por isso o homem deixará o pai e a mãe para unir-se à sua mulher, e os dois serão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu” (Mt 19,4-9); “Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo. Maridos, amai vossas esposas, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim os maridos devem amar suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Decerto, ninguém odeia sua própria carne mas a nutre e trata como Cristo faz com sua Igreja, porque somos membros de seu corpo. Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne .Grande é este mistério. Quero referir-me a Cristo e sua Igreja” (Ef 5, 21-32).
- para a unção dos enfermos: “Há algum enfermo? Mande, então, chamar os presbíteros da Igreja, que façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará e, se tiver cometido pecado, será perdoado” (Tg 5,14s).
Vejam bem: estes textos não são provas do momento em que os sacramentos foram instituídos! Eles simplesmente mostram como o embrião de cada ação sacramental da Igreja estava presente na ação de Cristo e dos Apóstolos por ele enviados! Assim, todos e cada sacramento remota a Cristo, que fez de sua Igreja sacramento de salvação!
Por agora, basta. No próximo artigo continuaremos: como a Igreja chegou a compreender estes sete gestos sagrados
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